Demorou, mas comprar e vender celular usado virou negócio “de gente grande”.
Na Europa, já é bem comum empresas especializadas em comprar e revender celulares usados, seja pela consciência ecológica de reutilização ou pela praticidade do negócio em si. Aqui no Brasil, áreas como imóveis e automóveis trabalham com um vasto mercado de usados.
Quando o assunto são os smartphones, o destino dos usados fica entre a gaveta e uma ou outra venda eventual. Se o objetivo fosse comprar um usado, então as coisas ficavam ainda mais difícil. Na maioria das vezes, era necessário recorrer a vendedores sem nenhuma garantia de idoneidade, em sites de leilão virtual, fazendo da compra de um celular usado uma atividade alto risco.
Para resolver esta questão, o nicho conhecido como “recommerce“, termo que designa empresas que negociam com itens usados, chegou ao mercado de smartphones e tablets. A iniciativa demanda pouco espaço e pouco investimento inicial e, por esta razão, tem atraído empresários de pequeno porte e gente fissurada em tecnologia. Bom conhecimento técnico, no entanto, é imprescindível para avaliar os equipamentos.
Aqui no Brasil já existem várias empresas atuando nesse nicho, com pequenos detalhes, todas seguem mais ou menos os mesmos protocolos. Cadastrar o aparelho, saber a avaliação, enviar o aparelho para inspeção e, em se confirmando as condições informadas, receber o valor acordado.
A startup Brused, especializada em aparelhos da Apple, compra e vende iPhones, iPads, iPods e até Macbooks, também aceita trocas com diferença em dinheiro, mas só recebe aparelhos funcionando e sem defeitos. Há previsão de iniciar em breve a compra de aparelhos com defeito, que serão reparados e depois vendidos.
Já a Uzlet compra smartphones em qualquer estado de conservação, ainda não vende usados, mas já há previsão desse serviço no site.
Outra empresa que também está focada nesse nicho é a Ziggo, que compra e revende smartphones e tablets de várias marcas e dá garantia de 90 dias para os aparelhos vendidos.
A previsão é que o mercado brasileiro de aparelhos usados seja da ordem de 300 mil unidades por ano, isso significa movimentação de algo como 255 milhões de reais e quanto mais lançamentos novos aparecem, maior será o mercado para os aparelhos usados, especialmente para os late adopters, aqueles consumidores que preferem modelos mais antigos a precinhos bem camaradas.
O que você prefere, um modelo mediano novo ou um celular top de linha usado?
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