O tema dos veículos que andam sozinhos (autônomos), antes abordado apenas em filmes de ficção, está novamente tomando as mídias do mundo todo. Recentemente, a Mercedes anunciou uma S500 modificada para direção autônoma e também o Google apresentou sua versão para a tecnologia. Porém, muitas pessoas ainda estão se perguntando como isso tudo é possível e o principal, é seguro? Empresas dizem que até 2020 isso será uma realidade. O Google divulgou que produzirá até 2015 em torno de 200 veículos autônomos para ampliar seus testes.
Ambos os fabricantes prometem que você estará seguro com seus veículos e que suas tecnologias autônomas são seguras. A Mercedes divulgou que a segurança é o ponto principal do projeto e que seu carro pode reagir à diferentes situações sem a intervenção humana, ou seja, o veículo poderá detectar um pedestre, cruzamentos, veículos, sinais de trânsito e até mesmo sinalizações na via. O Google não fica atrás e divulgou que seu protótipo já rodou mais de 1 milhão de km sem um único acidente provocado pela tecnologia. Alguns acidentes foram registrados com o carro do Google, porém em todos eles a empresa garante que os culpados foram os motoristas que assumiram a direção durante os testes, em nenhum caso houve gravidade nem mesmo vítimas feridas.
Mas, para que esses veículos possam ganhar nossas ruas, um fator principal será conquistar a confiança do consumidor. Eu, particularmente, sou um apaixonado por tecnologia e confesso que não sei como me sentiria em um carro sem volante e pedal de freio. Sou um usuário constante do “piloto automático” do carro e sempre me pergunto o que fazer se um dia esse sistema falhar.
Você talvez já deve ter ouvido que “seres humano cometem erros, as máquinas não”. Temos que lembrar de um pequeno detalhe: quem programou a máquina foi um ser humano e portanto um erro humano de programação poderá fazer com que a máquina não funcione corretamente.
Por outro lado, existem há anos tecnologias autônomas capazes de pousar aviões sem a interferência humana e ela comprovadamente se sai melhor que os humanos em situações de pouca (ou nenhuma) visibilidade. Por outro lado, situações que requerem ações emergenciais são mais confiáveis quando humanos estão no controle.
O motorista muitas vezes sofre algum acidente por perder a atenção no trânsito por alguns segundos, seja conversando, ouvindo música ou mexendo no smartphone. O carro autônomo e seus sensores não estariam sujeitos a esse tipo de distração: a tecnologia permite que o carro faça um mapeamento completo de todo o ambiente. Veja como o carro da Google “vê” todo o ambiente em volta:
O fato é que a tecnologia está cada dia mais presente em nosso dia a dia e a tendência é que elas passem a atuar em situações cada vez mais complexas. Quando eu estava na faculdade, li um texto do Warren Bennis no qual ele dizia que “a fábrica do futuro terá apenas dois empregados: um homem e um cachorro. A função do homem será alimentar o cão. A do animal impedir o homem de tocar no computador”. Talvez essa frase possa ser um pouco forte, mas vamos pensar na quantidade de acidentes de trânsito que temos hoje em dia, será que um sistema autônomo ajudaria a reduzir esse número? Ou aumentaria?
Sven Beiker, do Centro de Pesquisa Automotiva da Universidade de Stanford, tem dado algumas entrevistas alertando sobre os contratempos envolvidos na tecnologia. Um do pontos interessantes apontados por ele é sobre a possibilidade de crackers tomarem o controle de veículos, visto que eles dependerão de satélites e possivelmente sensores espalhados pela cidade. Outro contratempo seria fazer com que o carro fosse inteligente a ponto de permitir a reação em algumas situações como um sinal naquela rua deserta às 3 da manhã em que ele insiste em não avançar.
Algumas fontes indicam que o Google estaria envolvido em parcerias para disponibilizar a curto prazo veículos autônomos atuando como taxis e entregas de encomendas. O primeiro passo foi conseguir em alguns estados americanos a regulamentação do veículo autônomo que já pode transitar pelas ruas de Nevada, por exemplo.
Sem dúvida alguma a tecnologia será muito bem vinda em situações em que a pessoa não possa dirigir por problemas de saúde ou deficiências físicas, além de abrir portas para mais alguns ramos de empresas como por exemplo taxi e entregas sem motoristas. Provavelmente você poderá imaginar diversas outras aplicações benéficas para essa tecnologia.
Nos resta portanto torcer para que as empresas consigam realmente desenvolver mecanismos de segurança que façam com que esses veículos se tornem mais seguros do que um veículo guiado por um ser humano. Muitos testes e ajustes serão necessários, mas a cada dia isso parece ser uma realidade mais próxima.
E você meu amigo leitor, o que pensa sobre isso?
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