A procura por cirurgias plásticas aumentou consideravelmente durante a pandemia da COVID-19. E uma das explicações para isso pode ser as videoconferências. Com o fim das atividades presenciais, muitas empresas viram nos aplicativos de chamadas de vídeo uma alternativa para manter as reuniões durante a pandemia. Com isso, as pessoas pararam de prestar atenção no rosto dos colegas para encarar seu próprio rosto durante as chamadas de vídeo.
Os aplicativos viraram uma espécie de espelho e muitos não gostaram da imagem refletida. As pessoas começaram a prestar atenção em detalhes do rosto como linhas de expressão, formato do nariz e pálpebras, por exemplo. O médico americano Jon Mendelsohn afirmou que “durante as consultas virtuais, 9 em cada 10 pessoas comentaram sobre perceber essas coisas no Zoom”. Inclusive, os especialistas estão chamando o aumento na procura por cirurgias plásticas de “efeito Zoom boom”.
Mas não é só o fato de as pessoas estarem atentas ao rosto durante as reuniões que está fazendo aumentar a procura por procedimentos estéticos, muitas estão aproveitando o período de home office, o isolamento social e o uso de máscaras para realizar cirurgias plásticas. Assim, elas podem recuperar do pós-operatório sem chamar muita atenção.
Em entrevista ao Washington Post, o cirurgião plástico Bruce Moskowitz informou que a procura por cirurgias estéticas cresceu tanto que alguns pacientes chegaram a propor pagar um valor extra para agilizar as cirurgias.
O número de cirurgias plásticas no Brasil também aumentou durante a pandemia
Em entrevista ao Showmetech, o cirurgião plástico especialista em reconstrução de mama e cosmiatria Dr. Agnaldo Castro informou que no início da pandemia houve uma queda no número de consultas, mas em pouco tempo os números voltaram a subir.
O profissional precisou abrir turnos extras para conseguir atender a demanda. Mas o médico ressalta que é preciso um pouco de cautela, pois, as câmeras dos aplicativos de videoconferência podem criar distorções nas proporções faciais das pessoas, gerando insatisfações que não correspondem à realidade. Como destacou Dr. Agnaldo Castro, a “câmera frontal é bastante ‘cruel’ com a nossa imagem”.
Além das distorções próprias da câmera e dos efeitos da luz sobre as marcas de expressão, estar em casa faz com que as pessoas reduzam o uso de maquiagem, deixando mais evidentes as imperfeições existentes no rosto. Essa percepção fez com que mais pessoas buscassem procedimentos minimamente invasivos, em um sinal de que estão se cuidando mais.
Dr. Agnaldo Castro destaca que os procedimentos mais procurados foram a lipoaspiração e a lipoescultura, motivados pelo acúmulo de gordura localizada durante a pandemia devido a mudanças alimentares e a pausa nos exercícios físicos. Nas mulheres, destaca-se também o aumento nas cirurgias de mamas, aproveitando para se recuperar durante o home office. Com relação à cosmiatria, houve um aumento na procura por tratamentos para o rosto para melhorar flacidez, papada e rugas. Procedimentos com ácido hialurônico, toxina botulínica e bioestimuladores de colágeno foram os mais procurados.
Apesar de as cirurgias plásticas terem aumentado durante a pandemia, uma pesquisa divulgada pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) aponta que o Brasil é o segundo país que mais realiza cirurgias e procedimentos estéticos no mundo.
O que achou do “efeito Zoom boom”? Conte para gente nos comentários. Aproveita e confira também como organizar uma convenção virtual para sua equipe.
Fonte: Dr. Agnaldo Castro; ISAPS; The Washington Post
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