O avanço do novo coronavírus COVID-19 pode desacelerar o crescimento da Tesla no mercado europeu. Em uma fase onde a empresa de Elon Musk busca pelo crescimento e expansão em outros países (inclusive no Brasil), o banco nova-yorkino Morgan Stanley informou que a montadora irá vender cerca de 10% menos carros este ano devido ao surto do COVID-19.
A instituição financeira alegou que a meta de vendas da Tesla em 2020, que era de 500 mil unidades, cairá para 452 mil. O banco também reduziu a meta de ações da empresa. Os analistas apontam que as estimativas de redução atingem o setor como um todo. O grande motivo é que o consumo vem caindo, uma vez que as pessoas evitam sair de suas casas por conta do coronavírus.
“Comprar um Tesla é muito dispendioso e de alto preço. É razoável supor que o sentimento e a força financeira do backlog da Tesla provavelmente sejam impactados pela forte correção nos mercados globais, bem como pelas preocupações com a segurança pública e a interrupção na mobilidade pessoal”.
disseram os analistas do banco Morgan Stanley.
Segundo a Bloomberg, às 6h27 em Nova York (Estados Unidos), as ações da Tesla caíram 7,6%.
Declaração de Musk sobre COVID-19 impulsiona queda de valor de mercado da Tesla
Na segunda-feira histórica (09/03), que afetou as bolsas de valores de vários países devido à crise do petróleo e o avanço do coronavírus, a montadora de Musk já havia sido impactada. A Tesla teve seu valor de mercado reduzidas para 3,1 bilhões de dólares (algo em torno de R$ 14,7 bilhões). A declaração feita pelo CEO em sua conta no Twitter, sobre o surto do COVID-19, também impulsionou as quedas. Na ocasião, Musk disse que o “pânico com o coronavírus é estúpido”.
Assim como outras empresas, a fabricante de carros elétricos tem encontrado empecilhos para manter a sua produção em meio ao coronavírus. No início de fevereiro, Tao Lin, executivo de comunicação da Tesla no mercado chinês, informou que entregas previstas para aquele mês iriam atrasar.
A falta de peça é um dos principais problemas enfrentados por muitas empresas no mundo, já que muitas delas vêm do território chinês. Sem componentes, a Tesla admitiu ter de usar uma versão antiga de um chip para não interromper a produção do Model 3.
Essa dificuldade afeta, inclusive, o Brasil, que pode ter a paralisação da produção de veículos ainda em março.
Fonte: Bloomberg.
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