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Vai imprimir? Entenda as medidas dos papéis A1, A2, A3, A4, A5 e outras

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Muito usadas em nosso cotidiano, as medidas dos papéis vão fazer toda a diferença na sua impressão. Confira a tabela de tamanhos e entenda como surgiu esse padrão internacional

Apesar de vivermos em um mundo digital, os materiais impressos ainda fazem parte de nosso cotidiano. E na hora de imprimir aquele panfleto, banner, ou até mesmo um documento, é importante saber quais são as medidas dos papéis que iremos usar.

Você já se perguntou porque esses padrões foram definidos? Ou até mesmo quem teve a ideia de dar nome e medidas para todas as folhas? Nesse artigo nós te explicamos a origem de todos esses padrões que são muito usados para imprimir diversas publicações.

Novas medidas dos papéis, regulamentadas pela din
Normas de papéis para impressão

Primeiro a tabela

Confira as medidas para cada formato:

TAMANHO DA FOLHA MEDIDAS EM MICRÔMETROS MEDIDAS EM MILÍMETROS MEDIDAS EM CENTÍMETROS MEDIDAS EM METROS
4A0 1682000 x 238000 µm 1682 x 2378 mm 168.2 x 237.8 cm 1.683 x 2.378 m
2A0 1189000 x 1682000 µm 1189 x 1682 mm 118.9 x 168,2 cm 1.189 x 1.682 m
A0 841000 x 1189000 µm  841 x 1189 mm 84.1 x 118.9  cm 0.841 x 1.189 m
A1 594000 x 841000 µm 594 x 841 mm 59.4 x 84.1  cm 0.594 x 0.841 m
A2 420000 x 594000 µm 420 x 594 mm 42.0 x 59.4  cm 0.420 x 00.594 m
A3 297000 x 420000 µm 297 X 420 mm 29.7 x 42.0 cm 0.297 x 0.420  m
A4 210000 x 297000 µm 210 x 297  mm 21.0 x 29.7  cm 0.210 x 0.297 m
A5 148000 x 210000 µm 148 X 210  mm 14.8 x 21.0  cm 0.148 x 0.210 m
A6 105000 x 148000 µm 105 x 148 mm 10.5 x 14.8 cm 0.105 x 0.148 m
A7 74000 x 105000 µm 74 x 105 mm 7.4 x 10.5  cm 0.074 x 0. 105 m
A8 5200 x 7400  µm  52 x 74  mm  55.2 x 7.4 cm  0.052 x 0.074 m
A9 37000 x 52000 µm 37 x 52 mm 3.7 x 5.2 cm 0.037 x 0.052 m
A10 26000 X 37000 µm 26 X 37mm 2.6 X 3.7 cm 0.026 X 0.037 m

 

Um pouco de história

Em 1768, o escritor, filósofo e matemático alemão Georg Christoph Lichtenberg achava as medidas de papéis muito diferentes, e começou a pensar em uma padronização que deixaria a vida de todos mais fácil. O estudioso pensou que se todas as folhas tivessem a a mesma razão, poderiam ser dobradas sem problemas que influenciassem no conteúdo da obra.  A proporção dos lados do papel seria a mesma, independente do tamanho.

Georg christoph lichtenberg, idealiizador da padronização das medidas dos papéis
Georg Christoph Lichtenberg foi o idealizador das novas medidas dos papéis

Lichtenberg citou seu plano em uma carta para Johann Beckmann no mesmo ano em que decidiu desenvolver a padronização, e, no início do século XX, Walter Porstmann colocou em prática a ideia do cientista alemão. Porstmann padronizou todos os tamanhos de papel, com norma introduzida pela DIN, em 1922. Isso daria lugar a  uma vasta variedade de  formatos que eram usados na época.

DIN Deutsches Institut für Normung e.V) é a organização da Alemanha que padroniza várias técnicas e está localizada em Berlim. Se traduzirmos o nome para o português, ela passa a se chamar: Instituto Alemão para Normatização. Essa organização pode ser classificada como uma “ABNT alemã”, pois também é responsável pela padronização de normas e técnicas usadas em diversas áreas. 

Sede da din, primeira organização a tornar as medidas dos papéis padrão
A organização foi a primeira a padronizar as medidas

Aceitação rápida em vários países do mundo

DIN 476, a normatização das medidas dos papéis publicada em 1922, foi rapidamente aderida por vários países. Antes da Segunda Guerra Mundial, ela passou a ser usada pela:

  • Bélgica (1924);
  • Países Baixos (1925);
  • Noruega (1926);
  • Suíça (1929);
  • Suécia (1930);
  • União Soviética (1934);
  • Hungria (1938);
  • e Itália (1939).

Durante a Guerra, Uruguai  (1942), Argentina (1943) e Brasil (1943) também adotaram o padrão normatizado na Alemanha. Depois do acordo para as batalhas acabarem, a DIN 476  se popularizou ainda mais. Vários países passaram a usar o novo padrão de medidas de papéis, veja:

  • Espanha (1947);
  • Áustria (1948);
  • Romênia (1949);
  • Japão (1951);
  •  Dinamarca e Checoslováquia (1953);
  • Israel e Portugal (1954);
  • Reino Unido e Iugoslávia (1956);
  • Índia e Polônia (1957);
  • Venezuela (1962);
  • Nova Zelândia (1963);
  • Islândia (1964);
  • México (1965);
  • África do Sul (1966);
  • França, Peru e Turquia (1967);
  • e Chile, juntamente com a Grécia (1968).

Nos anos seguintes, outras nações também aderiram a nova padronização, como :

  • Zimbábue e Singapura (1970);
  • Bangladesh e Tailândia (1972);
  • Barbados (1973);
  • Austrália e Equador (1974);
  • e Colômbia e Kuwait (1975).

DIN 476 tornou-se tão popular que foi estabelecida como padrão ISO em 1975, e também como o formato de documentação oficial das Nações UnidasA DIN 476 então passaria a se chamar ISO 216.

O padrão ISO 216 e uma breve surpresa

ISO é uma organização internacional não governamental independente, que possui 162 organismos nacionais de normalização. ABNT DIN fazem parte do conglomerado, e basicamente todos eles se reúnem para desenvolver normas baseadas no consenso e na atual situação do mercado mundial. Todas as regras aprovadas apoiam a inovação e fornecem soluções para os desafios globais.

Vai imprimir? Entenda as medidas dos papéis a1, a2, a3, a4, a5 e outras. Muito usadas em nosso cotidiano, as medidas dos papéis vão fazer toda a diferença na sua impressão. Confira a tabela de tamanhos e entenda como surgiu esse padrão internacional
Novo padrão foi então globalizado, mas não agradou americanos e canadenses

Como dissemos acima, o ISO 216 foi aprovado em 1975, e ele foi criado para padronizar de vez a DIN 476. Ele definiu que todos os países participantes da organização teriam que utilizar os mesmos tamanhos de papel, pois todos entenderam que isso seria útil para facilitar  o redimensionamento de documentos entre seus tamanhos, por terem todos a mesma proporção. Isso também previne a perda de qualidade de imagem.

Mas EUA Canadá não gostaram de todas essas regras impostas e escolheram como padrão o papel de carta ( US Letter). Países como Filipinas, México Colômbia adotaram ao ISO 216, mas  o uso do papel de carta (216mm × 279mm) ainda é bastante comum.

Para as nações que aceitaram a padronização, todos eles teriam de produzir e distribuir apenas o que estava dentro do que foi acordado. A mais comum delas é A4 (tamanho padrão das folhas  sulfite), mas outras também existem.

Repare que quanto maior o número que o nome ganha, menor é o tamanho da folha. Por enquanto, EUA Canadá  ainda não são adeptos do padrão, que já pode ser considerado mundial, e por enquanto não há indícios de que os dois países da América do Norte irão aderir ao ISO 216.

Mas isso não foi problema para o padrão se tornar famoso em território americano ou canadense, pois programas de edição de imagem e até mesmo diagramação que possuem origem norte-americana (Photoshop e InDesign) usam como base esses tamanhos de folhas.

A padronização nas medidas dos papéis foi ótima para todo o mundo

A ideia de vários países se unirem ao para a padronização nas medidas dos papéis foi uma ação bastante inteligente, pois desse jeito o trabalho de vários profissionais pode ser mais fácil. Não seria necessário trabalhar em projeto e depois mudar as configurações dele para um outro tamanho de papel.

Países que já aderiram as novas medidas de papéis no acordo iso 216
Os países que já aderiram ao ISO 216 estão marcados com azul. Fonte: Wikipedia

E mesmo que tenha mudar o papel,  as medidas de todos os tamanhos usados no padrão ISO 216 permitem uma fácil adaptação dos documentos. Resta saber se EUA Canadá irão se juntar ao resto do mundo e entrar de vez na padronização, ou vão continuar usando o já conhecido US Letter. Essa ação não influencia na reputação dos dois países, mas seria conveniente eles globalizarem os trabalhos produzidos por lá. Isso traria melhorias para todos.

Fontes: DINWikiwand, Wikiquote, University of Cambridge, ISO  e Paper Sizes.


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