O Uber tem enfrentando problemas em várias cidades do mundo, inclusive em São Paulo, onde taxistas estão pressionando o governo a proibir o aplicativo. O impasse vem desde o ano passado, quando o app começou a funcionar no Brasil.
Pouco depois do lançamento do aplicativo um projeto de lei, a PL 349/2014, foi criado visando “impedir o uso de carros particulares cadastrados em aplicativos para o transporte remunerado de pessoas.” Esse projeto deve entrar em votação amanhã (30).
Para tentar impedir a aprovação do projeto, o Uber começou uma campanha solicitando apoio dos usuários de São Paulo. Em um post no blog oficial da empresa, eles pedem que os cidadãos enviem um email para os vereadores líderes de partido da Câmara Municipal da cidade. A mensagem já está pronta e só requer a assinatura de quem quiser ajudá-los.
Segundo o texto do Uber, o projeto “representa o retrocesso da inovação e das políticas de mobilidade urbana de São Paulo, passando por cima do Plano Diretor de nossa cidade.”
Se a medida for aprovada pela Câmara de São Paulo e sancionada pelo prefeito Fernando Haddad, o motorista que descumprir a regra terá que pagar multa de R$ 1.700, terá o veículo apreendido e poderá sofrer outras sanções, de acordo com essa publicação da Câmara Municipal de SP.
Tensão
Em uma audiência sobre o Uber na Câmara dos Deputados, Antônio Matias dos Santos, presidente do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores nas Empresas de Táxi do Município de São Paulo chegou a dizer que “não temos como conter a categoria, vai ter morte.”.
Na França, a situação já chegou numa tensão ainda pior. Em protesto contra o app em Paris, taxistas locais bloquearam importantes vias de acesso a aeroportos e estações de trem, chegaram a atacar motoristas do app, seus respectivos carros e usuários do aplicativo. Por lá, os taxistas protestam contra o UberPOP, o equivalente francês ao UberX, que recentemente estreou em São Paulo e transforma praticamente qualquer carro em um veículo Uber.
Dois líderes do Uber na Europa, Thibaud Simphal e Pierre-Dimitri Gore-Coty, foram presos hoje em Paris. Os dois executivos foram acusados de executar operações de táxi ilegais e de esconder documentos digitais, atrasando as investigações da polícia francesa sobre o UberPOP. Um porta-voz do Uber disse que “dois representantes da empresa foram voluntariamente até a polícia e que estão disponíveis a responder qualquer questão relacionada ao serviço.”
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