O Twitter vai acabar? Entenda a #RIPTwitter

A terceira semana de novembro de 2022 para quem usa a rede social do passarinho azul foi marcada por muita apreensão e incerteza. Após uma demissão voluntária de funcionários por conta de uma exigência de Elon Musk, muitas pessoas começaram a achar que o Twitter vai acabar.

O próprio homem mais rico do mundo acabou entrando na #RIPTwitter e, rapidamente, diversas postagens sobre o “fim” da rede social fizeram com que o assunto fosse parar nos trending topics. Mas o que está acontecendo? Vamos explicar tudo agora mesmo.

Demissão voluntária após anúncio de “nova” rede social

O tema se o Twitter vai acabar ganhou destaque após um anúncio de Elon Musk feito em 17 de novembro de 2022, duas semanas após a demissão de metade dos funcionários da empresa. Desta vez, o novo dono da rede social anunciou que os funcionários teriam que aceitar um estilo de trabalho com altas horas de trabalho e prazos apertadíssimo para criar um “Twitter 2.0”. O comunicado pode ser visto abaixo e também conta com o anúncio de que os escritórios presenciais estariam fechados até 21 de novembro de 2022.

O comunicado ainda ressalta que os funcionários que continuarem no Twitter precisam seguir as políticas acordadas no ato de contratação e que nenhum comentário sobre processos internos fossem divulgados para a imprensa ou nas redes sociais.

Musk deu a opção para quem não estivesse de acordo com estas exigências se demitirem sem perder indenizações de trabalho. E qual o problema nisso tudo? Muitos colaboradores escolheram pedir demissão em vez de continuar trabalhando para Elon Musk. De acordo com informações de fontes internas, esta decisão fez com que o Twitter amanhecesse em 18 de novembro de 2022 com menos de 2.000 funcionários. E então, começaram as postagens citando que a rede social estava em seus últimos dias de funcionamento.

Acho que quando a poeira baixar hoje, provavelmente haverá menos de 2.000 pessoas. O gerente daquela equipe foi demitido. E então o gerente daquele gerente foi demitido. A pessoa acima dele era um dos executivos demitidos no primeiro dia e então, não sobrou ninguém nessa cadeia de comando.

Fonte interna do Twitter em comentário para a BBC

A problemática está justamente na demissão de grandes líderes: pessoas que cuidavam de grandes times estão saindo da empresa, deixando seus liderados sem saber o que fazer. Diversos engenheiros estão deixando de trabalhar na rede social e o funcionamento e correção de bugs diários pode apresentar problemas. Bruce Daisley, ex vice-presidente do Twitter, abriu a possibilidade da rede social do passarinho azul deixar de funcionar no dia 21 de novembro de 2022.

Há um grande número de recursos que realmente parecem depender da presença de engenheiros no local. Se esses engenheiros foram embora, isso ameaça a sustentabilidade do produto. Então, há muitas pessoas postando onde mais você pode encontrá-las online.

Bruce Daisley, ex-vice presidente do Twitter

Os polêmicos cortes de funcionários

Para entender todo o caos dentro da rede social, precisamos voltar ao início de novembro. Noticiamos no Showmetech que uma espécie de roleta russa aconteceu logo após Elon Musk tornar-se dono do Twitter. Com a justificativa de reestruturação e cortar gastos de funcionários que não estavam sendo rentáveis, o homem mais rico do mundo demitiu 3.700 pessoas e nem o Brasil ficou de fora: por aqui, 150 pessoas perderam seus empregos do dia para a noite.

Esta decisão de Elon acabou dando a ideia para outros líderes: na semana seguinte, a Meta, controladora do WhatsApp, Facebook e Instagram, tomou a decisão de demitir 11 mil pessoas de seu time global. Outra grande empresa de tecnologia que foi no mesmo caminho foi a Amazon, que fez um corte de 10 mil colaboradores como uma forma de reestruturar seu setor de recursos humanos, dispositivos e vendas.

É interessante ver que a discussão cresceu durante a noite do dia 17 de novembro de 2022 devido a muitos colaboradores dizerem “não” para as exigências de Musk. E esta grande pressão para o lançamento do “Twitter 2.0” está acontecendo desde o primeiro dia que o homem mais rico do mundo se tornou dono da rede social.

Não podemos esquecer do caso de Esther Crawford, diretora de gerenciamento de produtos do Twitter, dormindo no chão da sede da empresa, que fica em São Francisco, na Califórnia. Ela mesma retwittou a foto postada por Evan Jones, gerente de produto do Twitter Spaces. Relembre:

Ou seja: as únicas pessoas restantes na rede social também não estão aguentando toda a pressão exigida, com prazos curtos e longas horas de trabalho. Dessa forma, a empresa pode realmente ficar sem funcionários para cuidar do funcionamento básico e resolver problemas que surgem no dia a dia.

Mas o Twitter vai acabar mesmo?

É difícil dizer sobre o futuro, mas ver o fim do Twitter por conta de falta de funcionários é algo praticamente impossível de acontecer. Isso porque precisamos lembrar que Elon Musk é dono de diversas empresas e pode facilmente redesignar colaboradores de outras companhias para que a rede social siga funcionando.

O grande rumor sobre esta história, além das diversas demissões voluntárias, foi de que a rede social interna dos funcionários deixou de funcionar na noite de 17 de novembro de 2022. Mas esta “opção secundária” não está completamente conectada com o Twitter que pessoas como eu e você usam no dia a dia.

É claro que podem acontecer problemas de instabilidade devido aos funcionários restantes não conseguirem cuidando de todos os problemas devido às altas exigências de Elon Musk, mas a rede social ser desativada é um fato difícil de se tornar realidade.

Internet comenta “fim” do Twitter

Apesar das chances serem mínimas, muitos usuários da rede social não perderam a oportunidade de fazer um último tweet no caso da rede social ser desativada nos próximos dias. Até mesmo Elon Musk entrou na hashtag #RIPTwitter e postou uma foto que já tinha mais de 1,2 milhão de likes em menos de 24 horas.

Você continuaria no Twitter ou passaria a ser o usuário mais ativo em outra rede social? Diga pra gente nos comentários!

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Com informações: BBC l Business Insider l HITC