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Alex Spiro, advogado do ex-chief executive officer (CEO) do Twitter, Elon Musk, enviou uma carta para Meta em que acusa a empresa dona do Instagram, Facebook e do recém lançado Threads de ferir direitos de propriedade intelectual da rede social de microblog, além de violar segredos de mercado e de tomar ex-empregados do Twitter para criar a nova plataforma. Detalhes do texto da carta, como a Meta está lidando com o caso e as primeiras repercussões você vê aqui, no Showmetech. Acompanhe:
O que diz a carta do advogado de Musk para a Meta?
O aplicativo rival do Twitter, lançado na quarta-feira (05), acendeu um alerta no setor jurídico da rede social comandada por Musk e, agora, pela nova CEO, Linda Yaccarino: o novo app funciona com publicações em texto, com opções muito parecidas a rede do passarinho (curtir, comentar, republicar etc.), mas sem envio de mensagens privadas, por enquanto.
Assim que o Threads estava disponível para os usuários, Alex Spiro resolveu mandar uma carta para o próprio CEO da Meta, Mark Zuckerberg. O advogado afirma no texto que a apropriação intelectual e comercial com o lançamento da rede social Threads foi “sistemática, proposital e em desacordo com a lei“. Trecho da carta a seguir:
O Twitter tem a intenção de reforçar estritamente seus direitos de propriedade intelectual, e demanda que a Meta tome medidas imediatas para parar de usar qualquer segredo de mercado do Twitter ou quaisquer outras informações confidenciais.
Alex Spiro, em representação jurídica pelo Twitter.
Spiro ainda avisa que o Twitter pode buscar reparações na esfera cível e “medidas judiciais a qualquer momento, para prevenir a apropriação ou violação” de segredos de mercado e de “propriedade intelectual“. Ao fim da carta, o advogado avisa que os serviços da rede social podem ser utilizados, mas desde que em acordo com a estrutura em código do Twitter, além da permissão dada pelo consentimento da empresa.
Meta já reagiu
A briga comercial entre os dois empresários já atingiu diferentes níveis. Recentemente, Musk, por exemplo, tentou chamar Zuckerberg para uma luta em um octógono. Fora dos ringues, o dono do Threads já está contrapondo a versão do corpo jurídico do Twitter. Em resposta, o diretor de comunicações da Meta, Andy Stone, publicou no próprio site (confira na imagem) que “ninguém na equipe de engenheiros do Threads foi um funcionário do Twitter — isso não é uma questão“.
Depois que chegou ao Twitter, Musk promoveu demissões em massa. Em entrevista para BBC, ele disse que tinha dispensado 6 mil funcionários. O corte, no fim das contas, resultou em uma diminuição de equipe em 80%. Segundo o empresário, a empresa tinha uma “situação negativa de fluxo de caixa em US$ 3 bilhões“, o que representa mais de R$ 14,7 bilhões, na conversão atual.
Qual o alcance atual do Threads?
Além do BlueSky e do Koo, o Twitter vai ter que enfrentar o crescimento do Threads: segundo Zuckerberg, só nas 12 horas seguintes ao lançamento da nova rede, 30 milhões de pessoas já ingressaram no aplicativo. No momento, para acessá-lo, é necessário ter uma conta no Instagram. O foco é tão grande nos usuários da rede de fotos que o CEO do Instagram, Adam Mosseri, já descreveu o Threads como um meio mais acessível.
[…] Facilitamos este processo com a integração [com o Instagram], permitindo que você preencha automaticamente as informações da sua conta e siga as pessoas.
Adam Mosseri
Por hora, Zuckerberg já tem mais de um milhão de seguidores no aplicativo rival do Twitter. No entanto, é um pouco cedo para prever se todos eles vão continuar por lá. Além disso, há o peso de um histórico complicado no investimento em outros projetos: iniciativas da Meta como Poke e Parse foram encerradas, por exemplo.
O Threads veio num momento conturbado para o Twitter. Já no sábado (01), quem abriu a timeline da rede do passarinho viu que estava com limite no número de publicações disponíveis: uma das principais restrições era poder ler até 600 tuítes, no caso de pessoas sem o selo de verificação. Em relação ao problema, Musk relacionou a adoção da medida à extração de dados da rede social.
Acha que o novo aplicativo Threads pode acabar sendo prejudicado nessa história? Fala aí, nos comentários do Showmetech!
Veja também:
Fonte: Engadget | Semaphor | CNN Business | The Washington Post | Forbes
Revisão do texto feita por: Pedro Bomfim (06/07/23)
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Deve ser mais um lixo criado pelo Zuckerberg. Twitter nas mãos do Musk subiu de nível consideravelmente!.