A “luta do século“, entre Floyd Mayweather Jr. e Manny Pacquiao movimentou milhões de pessoas e milhões de dólares. Não foram revelados números oficiais, mas as vendas do pay-per-view podiam alcançar um rendimento de mais de US$ 300 milhões só nos Estados Unidos. Por lá só era possível assistir por meio da TV a cabo, adquirindo o acesso a US$ 89, na qualidade padrão, e US$ 99, em HD.
Muitas pessoas não estavam dispostas a gastar com o pay-per-view, outras não eram assinantes de TV a cabo. O que acabou gerando um número impressionante de espectadores em transmissões nos aplicativos Periscope e Meerkat. E o público não vinha apenas dos Estados Unidos, mas do mundo todo, que acompanhou a luta por meio de transmissões em festas, bares ou em salas silenciosas. Houve até mesmo uma pessoa que transmitiu direto do MGM Grand, local onde ocorreu o embate.
A qualidade não era das melhores e em muitas transmissões pouco se conseguia ouvir. Mas para muitos, foi a única maneira de participar de um dos maiores eventos que o boxe já proporcionou.
Conforme a transmissão ia ganhando audiência e os “likes” aumentavam, era normal que fosse derrubada. Os curadores do aplicativo estavam de olho em quem transmitia o evento e tentaram evitar a reprodução ilegal. Porém, foi como secar gelo.
Abre-se mais uma vez a discussão sobre as plataformas online de distribuição de conteúdo e os direitos autorais. Empresas de TV a cabo e emissoras já estão de olho em aplicativos de streaming. A HBO (um dos canais que transmitiu a luta), declarou no mês passado que o Periscope poderia ser uma ferramenta para a “infração de direitos autorais em massa.”
Será interessante ver como a indústria de entretenimento irá lidar com essa nova forma de pirataria. Do outro lado, de qual forma os aplicativos irão agir? Esse foi o momento em que Periscope e Meerkat ganharam mais atenção desde o lançamento.
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