Índice
O jogo da venerável franquia de RPGs está prestes a ser lançado e nós trazemos aqui tudo sobre Final Fantasy XVI que você precisa saber dele antes do lançamento. Não deixamos nem um chocobo ou moogle sequer para trás, então não deixe de conferir abaixo nossa cobertura antecipada do jogo!
Estamos quase lá, só mais um mês de espera
Falta pouco para finalmente podermos colocar nossas mãos no mais novo jogo da série Final Fantasy. Final Fantasy XVI chega no próximo dia 22 de junho, sete anos depois do lançamento de Final Fantasy XV, cujo desenvolvimento problemático custou à Square Enix uma verdadeira fortuna, com atrasos e mais de um reinício do projeto.
A décima sexta edição da querida e longínqua franquia promete ser um dos melhores jogos do ano, pelo que vimos do mostrado até o momento. Há uma enorme variedade de tipos de jogo para se curtir e um mundo envolvente com uma história aparentemente digna de estar entre as muitas excelentes aventuras que os fãs puderam aproveitar nos títulos anteriores da série.
O game é dirigido por Naoki Yoshida, o responsável pela repaginada de Final Fantasy XIV, o excelente MMORPG – RPG online massivo com diversas classes de personagens baseadas nos RPGs clássicos da série, como dragoons, gunbreakers, magos vermelhos e muito mais – da Square Enix. Yoshida assumiu o projeto após o jogo online passar por muitas dificuldades técnicas em diversas áreas e fracassar quase que por completo logo no lançamento.
Naquele momento, o segundo MMO da série a ser lançado pela empresa – o primeiro foi Final Fantasy XI, que estreou em 2002 para PC e PlayStation 2 – contou com o árduo trabalho de Yoshida e sua equipe. Graças a isso, foi capaz de dar uma surpreendente volta por cima, passando por uma reformulação radical e vindo a se tornar um dos mais populares jogos entre fãs do gênero, fazendo uma frente parruda a gigantes da categoria, como World of WarCraft. Recentemente, bateu a marca de 42 milhões de assinantes ao redor do mundo e está em sua quarta expansão.
O que se passa no mundo do jogo
Final Fantasy XVI se passa em um mundo medieval chamado Valisthea. Há séculos, as pessoas que vivem nele vêm contando com o poder dos enigmáticos Cristais-Máter, brilhantes montanhas de cristais encontradas em todos os cantos dos reinos deste mundo.
Com o éter advindo dessas formações de cristais, é possível conjurar todo tipo de magia, garantindo ao povo grande conforto e riqueza. Os reinos que se formaram ao redor dos Cristais-Máter gozam de paz, mesmo que ela seja relativamente frágil, já que a fraqueza humana de sempre querer mais e mais poder se faz presente também no mundo do jogo, com a disputa dos últimos resquícios do cintilante cristal entre os reinos de Rosaria e Waloed, principalmente.
No mundo do jogo existem também poderosos seres mágicos chamados Eikons, equivalente aos summons dentro do cânone de Final Fantasy, capazes de manipular os elementos naturais como fogo, vento, terra e água. Eles concedem habilidades únicas para seus Dominantes. Esses, por sua vez, são homens e mulheres que recebem essas dádivas monstruosas – ou melhor, uma maldição, quem pode dizer? – e são capazes de controlá-las.
Alguns dos reinos de Valisthea consideram os Dominantes dádivas dos deuses, admirando sua capacidade elemental e o poder advindo dela. Em contrapartida, outros países os tratam como verdadeiros párias, forçando os Dominantes a servir suas vontades como verdadeiras armas-vivas, colocadas em serviço forçado durante guerras, sem qualquer pudor.
Uma minoria das pessoas desse mundo, chamada Portadores, é capaz de utilizar magia sem o auxílio dos Cristais-Máter, e vivem ao gosto dos costumes de seus respectivos reinos, bem como os Dominantes. Isso porque a vasta maioria da população somente é capaz de fazer uso de magia com o uso de cristais para tal.
Para piorar as coisas, há a chegada da Praga, um misterioso mal que passa a afligir a população, ameaçando a todos sem qualquer distinção. Jogando esse ingrediente e misturando-o com a já instável situação política de Valisthea, um conflito para abalar essa frágil paz entre os reis é quase que garantido.
É aí que o jogo começa.
Os personagens do jogo e o decorrer de suas vidas
Final Fantasy XVI conta uma história que se desenrola através de diversos pontos da linha temporal do jogo. Veremos acontecimentos marcantes da vida de seus protagonistas e antagonistas em diversos pontos da cronologia, eventos que por sua vez irão forjar a personalidade e caráter de cada um deles.
Vindo do reino de Rosaria, Clive Rosfield, o personagem principal, é filho do arquiduque do país, cuja existência se vê ameaçada pela Praga. Todos esperavam que ele fosse o herdeiro das chamas da Fênix, uma das Eikons e, com isso, tornar-se a sua Dominante. Entretanto, seu irmão mais novo, Joshua, acaba se tornando o responsável pelo fardo.
Tal acontecimento faz com que Clive decida cedo em sua vida se dedicar ao caminho da batalha, para quem sabe nele encontrar uma nova razão de viver. Ao vencer um torneio em sua juventude, acaba sendo nomeado protetor da chama da Fênix, tornando-se o Primeiro Escudo de Rosaria, que lhe possibilita o uso de parte de seu poder elemental. Um trágico encontro com Ifrit, outro Eikon, muda completamente o rumo de sua vida, transformando-o em um homem cujo objetivo de vida é traçar uma sangrenta jornada em busca de vingança.
Joshua, o irmão caçula de Clive por cinco anos, despertou para seu papel como Dominante logo ao nascer. O oposto de seu irmão mais velho em praticamente todos os quesitos, Joshua é uma pessoa recatada, com medo de praticamente tudo à sua volta. Mesmo assim, não se deixa levar por sua posição de privilégio na nobreza, agindo com bondade perante a todos no ducado. Ele vive lamentando os percalços da vida de Clive e acaba tragado pelos acontecimentos dramáticos que dão início à história de Final Fantasy XVI.
Os irmãos são acompanhados pelo fiel cão Torgal, trazido ainda filhote pelo duque de Rosaria dos reinos derrotados na guerra com o Norte. Separado dos dois por muito tempo, acaba os reencontrando já crescido, passando a fazer parte do grupo após a queda do ducado e a quase extinção da linhagem da família Rosfield. Feroz contra seus inimigos e terno e gentil com seus mestres, Torgal é uma força a ser respeitada.
Por sua vez, Jill Warrick, bem como Torgal, veio do Norte. Trazida pelo duque de Rosaria em sua infância, vive entre Clive e Joshua como uma irmã adotada. Apesar disso, o destino tem planos para Jill e, como consequência de acontecimentos dramáticos, acaba despertando seu papel como Dominante da gélida Eikon Shiva.
Detentora do controle sobre Garuda como sua Dominante, a fria e calculista Benedikta Harman age como a impetuosa líder dos espiões do reino de Waloed, que considera todo o continente ocidental como seu, o que o coloca como adversário número um do ducado de Rosaria. Durante sua missão de encontrar um suposto segundo Eikon com o poder de fogo, por coincidência a mesma de Clive, Benedikta se vê forçada a encarar figuras de seu passado, como Cidolfus.
O Cid da vez em Final Fantasy XVI – tradicionalmente, sempre há um personagem chamado Cid em algum lugar em um jogo da série, bem como Wedge e Biggs – Cidolfus Telamon é um homem da ciência que pesquisa um modo para ajudar aqueles que não tem escolha a não ser viver nas terras mortas de Valisthea. Trabalha em prol dos Dominantes e Portadores explorados mundo afora. Possui o controle sobre Ramuh, cuja capacidade foi florescida em algum momento de seu misterioso passado.
Figura em ascensão na árida república de Dhalmekia, Hugo Kupka é o ambicioso Dominante do Eikon Titan e utilizou-se de seu recém-adquirido poder para rapidamente escalar a pirâmide social do país, virando uma figura proeminente tanto política quanto militarmente. À primeira vista, Hugo parece estar satisfeito em viver do que conquistou por si só, mas Benedikta o mostra que nem tudo o que um homem pode oferecer ao mundo é material.
Temido por seus inimigos e venerado como uma divindade reencarnada em forma de homem pelo povo de seu lar, o abastado Sacro Império de Sanbreque, Dion Lesage é um dragoon, cavaleiro-alado de dragões, a tradicional classe de personagem dentro do universo de Final Fantasy. Mesmo com toda essa adoração e poder, é bem possível que não seja capaz, mesmo com a luz de Bahamut, de conter a ameaça que aos poucos toma controle do seu tão adorado império.
E por último, mas nem de perto o menos importante personagem, está Barnabas Tharmr, um cavaleiro que literalmente partiu do zero nas Costas Cinzentas de Valisthea até chegar ao posto máximo de poder dentro do reino de Waloed. Temido pelos homens-besta da região, Barnadas usou seu Eikon, Odin, para domá-los, tomando à força todo o continente oriental. Mesmo possuindo uma vasta armada, prefere levar a guerra pessoalmente, cavalgando seu corcel espectral, empunhando a infame espada negra tipicamente usada pelos cavaleiros negros, outra das tradicionais classes de Final Fantasy.
Um gameplay cheio de ação e variedade
Final Fantasy XVI segue uma linha parecida com a de Final Fantasy VII Remake em termos de combate. Ao contrário dos jogos clássicos da franquia até a geração passada, no novo jogo as batalhas ocorrem em tempo real, e você controla diretamente seus personagens, de modo semelhante a um jogo de ação.
Certas habilidades, no entanto, são influenciadas por um sistema de cooldown, ou seja, não podem ser utilizadas repetidamente, mas somente após um certo tempo. Seu uso também pode depender de quantos pontos de mana você possui no momento.
Como pôde ser visto na apresentação especial do State of Play realizada pela Sony em abril, o sistema de luta do game conta também com combos de ataques, de um modo que lembra muito a jogabilidade de Strangers of Paradise: Final Fantasy Origin, jogo de ação e spin-off da série, produzido pela Team Ninja, lançado ano passado.
Há também uma variedade grande de estilos de jogo dependendo do personagem controlado. Na apresentação, vimos diversos tipos de jogabilidade, com destaque a uma espécie de ode ao clássico Panzer Dragoon, de Sega Saturn, em que Phoenix voava nos céus e atirava contra vários inimigos e Bahamut, outro Eikon, utilizando-se de um sistema de mira bastante parecido com o daquele jogo.
Houve uma palhinha de combate mano a mano, a boa e velha pancadaria, em que o Eikon Titan partia para a porrada contra Garuda. Em alguns segundos do vídeo, também foi mostrada uma parte em que o feroz cão de batalha Torgal entrava em ação. Eles cansaram dos carinhos que damos a eles, amigos. A hora de deixá-los descer a lenha nos inimigos chegou!
Como descrito pela equipe da Showmetech depois daquele State of Play, Final Fantasy XVI está com cara de ser uma baita de uma montanha-russa em termos de diferentes tipos de jogabilidade combinados. Não nos surpreenderemos se ainda houver mais tipos de gameplay ainda mais malucos escondidos no jogo, esperando serem descobertos quando a versão final estiver disponível ao público.
E os outros aspectos do jogo, como a navegação e a trilha sonora por exemplo, como ficaram?
Em entrevista à PLAY Magazine, Yoshida revelou que Final Fantasy XVI é um RPG com estrutura mais próxima ao que vimos em títulos mais antigos da série, como o décimo e décimo segundo jogos, ou seja, nada de mundo aberto totalmente aberto como o do último Final Fantasy.
Isso significa que para navegar pelo mundo do jogo, vamos visitar uma zona central chamada The Hideaway, onde há um mapa-múndi, e a partir dele podemos escolher para onde ir, dependendo do ponto em que nos encontramos na aventura. Cada um desses locais conta com conteúdo único, e há a possibilidade de usar um sistema de viagem rápida entre eles, contando que já tenham sido visitados pelo menos uma vez.
Segundo o diretor, há sempre algo novo a se fazer nesses locais, atividades que não são necessariamente associadas à missão principal, ou seja, são prometidas bastantes side quests para gastar horas e horas se perdendo em Valisthea.
O esconderijo também conta com opções de treino para que os jogadores possam colocar suas habilidades em dia, repetir essas missões o quanto quiserem, e também assistir novamente aos filmes de jogo caso deseje.
Lembrando que Masayoshi Soken, outro nome conhecido pelos fãs da franquia e cujo trabalho mais conhecido é toda a parte musical de Final Fantasy XIV, empresta seu talento para o mais novo volume.
Ele traz o seu conhecido toque de roqueiro para a trilha do jogo, com muito metal. Uma música em especial, pontuada por um coral, trouxe um toque à la Final Fantasy VIII e seu amado e nostálgico Liberi Fatali, música-tema da maga Ultimecia, ao pouco do que pudemos ver do décimo sexto jogo da série.
Estamos prontos! À batalha!
Foi anunciado pela Square Enix que dentro de duas semanas antes do jogo sair, haverá uma demo para testar o game antecipadamente. Não sabemos detalhes sobre isso ainda, mas não se preocupe; logo que soubermos de qualquer novidade, você ficará a par tintim por tintim de como curtir o game antes de comprá-lo.
Final Fantasy XVI será lançado dia 22 de junho para computadores e como lançamento exclusivo para consoles no PlayStation 5. Não houve confirmação por parte da produtora do jogo por quanto tempo essa exclusividade durará até o momento desta postagem. As más linguas dizem que versões para outros consoles sairão no mínimo seis meses após o lançamento inicial, portanto, em algum momento do ano que vem, mas ainda não há nada confirmado de fato.
E é claro, fique de olho no site pelo nosso review completo do jogo, que chegará muito em breve!
Fique por dentro das mais poderosas magias e artefatos tecnológicos conferindo mais matérias da Showmetech:
Como usar o Pokémon HOME
Nintendo x Pirataria: Big N fecha o cerco contra emuladores
Fontes: IGN, PC Gamer, PLAY Magazine, Site Oficial do jogo, Sony PlayStation, The Verge
Revisão do texto feita por: Pedro Bomfim (18/05/23)
Descubra mais sobre Showmetech
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.