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Depois de sete anos dominando o mercado de consoles com o PlayStation 4, a Sony está pronta para dar o próximo passo em seu histórico de videogames de sucesso com o tão aguardado PlayStation 5, que tudo indica será lançado ainda esse ano.
Com o lançamento tão próximo, já temos muitas informações sobre o novo console da Sony, assim reuniremos aqui tudo o que já sabemos sobre o PS5.
O que esperar do PlayStation 5
Em um evento virtual no dia 11 de junho, a Sony divulgou as primeiras imagens oficiais do novo console, que será um tanto diferente dos outros videogames da empresa. Essas diferenças já começam no design, que abandona as formas retas dos consoles anteriores da empresa e entrega um design mas “moderno”, com curvas e cantos arredondados.
O motivo por trás deste novo design pode ser uma mudança na forma como a Sony imaginou o uso do console: enquanto os outros videogames da linha PlayStation foram pensados para serem usados da forma “deitada”, o trailer do PlayStation 5 deixa claro que o console foi desenvolvido para ser usado “em pé”. Mas não se preocupe: a empresa já deixou claro que, assim como todos os outros PlayStations, o PS5 irá funcionar normalmente tanto deitado quanto em pé, e fica a critério do usuário decidir como irá posicionar o console.
Outra coisa interessante está no tamanho do aparelho: de acordo com as especificações de medidas divulgadas pela Sony, o PlayStation 5 será o maior console já lançado na história da empresa — superando até mesmo a primeira versão do PlayStation 3, apelidado de “fat” (“gordo” em português) devido ao seu tamanho avantajado.
Além disso, está confirmado também que o PlayStation 5 será lançado no mercado já com duas versões distintas: o PlayStation 5 e o PlayStation 5 Digital Edition. A única diferença entre ambas será que o modelo Digital Edition não terá um leitor de discos, o que significa que as pessoas que comprarem esta versão do console só terão acesso a jogos na forma digital (aquelas comprados através da PlayStation Store) e não conseguirão rodar jogos em mídia física.
Outra grande mudança na arquitetura do PS5 que deverá ser rapidamente sentida pelos usuários é o uso de um dispositivo de armazenamento SSD ao invés de um HD padrão. A principal vantagem da migração para o SSD é uma maior velocidade de leitura de arquivos, o que na prática tornará as telas de “loading” (“carregamento” em português) dos jogos muito mais rápidas.
Isto é um dos principais argumentos de “venda” do PlayStation 5 desde o ano passado, quando a empresa ainda não havia revelado como seria o console e falava dele apenas a portas fechadas. Em uma apresentação privada ocorrida no início do ano passado — e que veio a público após um dos participantes gravar ilegalmente o que estava sendo mostrado e publicar na internet — é possível ver claramente como o uso do SSD irá afetar as telas de loading, com uma transição de mapas do jogo Spider-Man que demora 8 segundos para carregar no PS4 Pro e leva menos de um segundo para ser executada no PlayStation 5.
De acordo com a Sony, essa velocidade de carregamento pode acabar variando de jogo para jogo, mas a média é que os tempos de loading no PS5 sejam dezoito vezes menores quando comparado com o PS4. O uso do SSD também irá afetar outras áreas fora dos jogos, e tornará as também bem mais rápidas as instalações de jogos e atualizações.
Quanto à capacidade de armazenamento, as especificações técnicas do console falam que este SSD customizado do PlayStation 5 conseguirá armazenar até 825 GB de informações — mais do que os 500 GB presentes na primeira versão lançada do PlayStation 4.
Outro ponto importante que deverá receber modificações é o controle. Assim como com o console em si, a primeira mudança clara é no design, que abandona o que vinha sendo mantido pela empresa desde o primeiro PlayStation e aposta em um design mais ergonômico (e que lembra ligeiramente o controle do Xbox One), mas ainda mantendo a característica dos dois analógicos estarem posicionados paralelamente um ao outro.
Por conta dessa mudança no design, a Sony também está mudando o nome de seu controle. Assim, ao invés de se chamar DualShock 5 como o esperado, a empresa resolveu batizar o controle do PlayStation 5 com o nome de DualSense.
Além de um novo nome e design, o DualSense também terá algumas melhorias em relação ao atual DualShock 4 (o controle do PlayStation 4). Uma dessas mudanças será a introdução da tecnologia de haptic feedback (“resposta tátil” em tradução livre), que fará com que os botões de gatilho do controle (L2 e R2) fiquem mais “leves” ou mais “pesados” de acordo com a ação que está ocorrendo no jogo.
Esta tecnologia permitiria que, por exemplo, ao se jogar The Last of Us, o botão R2 (que no game é usado para atirar com a arma que o personagem está equipado) dispare com a pistola com um leve toque, mas caso o usuário tente usar o arco será necessário pressioná-lo com bastante força para que a arma funcione (emulando o fato de que, na vida real, é necessário fazer um certo esforço para se puxar a corda de um arco).
Outra novidade no DualSense será a adição de um microfone embutido no próprio controle, além da manutenção de um alto-falante próprio (algo que já existe no controle do PS4). Isto fará do PlayStation 5 um ótimo videogame para aqueles que gostam de jogar online, já que permitirá a comunicação por chat em áudio mesmo para aqueles que não possuem um headset para conectar no console.
Uma terceira mudança é a troca do botão “Share”, presente no controle do PS4, pelo botão “Create”. A Sony não explicou ainda qual será a diferença entre os dois botões, mas circulam alguns rumores de que o “Create” introduziria algumas ferramentas de edição de vídeo às funções já presentes no “Share”, permitindo que os criadores de conteúdo não só postem suas gameplays de forma mais rápida como possam também fazer algumas edições básicas no vídeo pelo próprio console.
Também podemos esperar, claro, melhorias nas questão de qualidade gráfica do PlayStation 5 quando comparado ao PS4 (até porque esse é o principal motivo para se lançar um novo console), mas um ponto bem legal e que é pouco comentado é o fato do PS5 já vir de fábrica com a tecnologia de áudio 3D, que permitirá ao usuário ter a sensação da direção do áudio independente do tipo de saída de som que está usando. Por exemplo, se no jogo alguém à esquerda do seu personagem está falando com você, o som parecerá que está vindo do lado esquerdo de onde o jogador está no mundo real.
No PlayStation 4, este tipo de áudio só é possível em videogames conectados a home theaters ou a fones de ouvido profissionais, mas o PlayStation 5 permitirá que mesmo aqueles que estejam utilizando os alto falantes de uma TV “basicona” possam experienciar a mesma sensação.
Já na qualidade gráfica, o PlayStation 5 promete uma nova revolução naquilo que experienciamos dentro de um jogo. Isto talvez não seja possível de ver ainda nos trailers dos jogos mostrados até o momento, mas fica claro em um vídeo pela Epic Games em maio deste ano e que mostra todo o potencial da Unreal Engine 5 rodando em tempo real no novo videogame da Sony.
Retrocompatibilidade
Um dos pedidos mais antigos de qualquer fã dos videogames da Sony é pela retrocompatibilidade do PlayStation 5 — ou seja, que o novo console dê suporte e consiga rodar jogos lançados originalmente para o PlayStation 4. E, para a felicidade geral da nação, a empresa já confirmou que isso irá sim acontecer.
De acordo com Mark Cerny, lendário designer e programador que atua como consultor no desenvolvimento do PlayStation 5, já desde o lançamento o console será compatível com quase todos os 100 jogos de PS4 mais jogados.
A declaração de imediato deixou alguns gamers preocupados — afinal “quase todos os 100 jogos mais jogados do PS4” é uma parcela muita pequena da biblioteca do console. De acordos com dados da Wikipédia, já foram lançados pelo menos 2779 jogos para o PlayStation 4, o que faz com que o número de “100 jogos” seja o equivalente a cerca de 3,5% de toda a biblioteca disponível para o console. Assim, rodar “quase todos os 100 jogos mais jogados do PS4” significa que o PS5 seria compatível com menos de 3,5% de todo o catálogo de seu antecessor.
Mas, de acordo com os vazamentos mais recentes, o PlayStation 5 deverá sim ser retrocompatível à grande maioria dos jogos do PS4, indicando que Cerny só estava sendo muito cuidadoso na hora de confirmar se o próximo console da Sony teria ou não essa função.
Uma das possibilidades para ter esse cuidado todo na hora de anunciar essa função tão esperada pelos jogadores pode ser porque essa retrocompatibilidade do PS5 não irá “abraçar” todo o catálogo do PlayStation 4 de uma vez, mas se iniciar com uma lista de jogos retrocompatíveis — os tais “quase todos os 100 jogos mais jogados do PS4” — que será aos poucos aumentada com atualizações mensais.
É preciso deixar claro que isto é apenas uma suposição baseada nos fatos que temos até aqui e que não há nenhuma confirmação da Sony de que esse será o caminho utilizado por ela, mas há exemplos bem recentes de que uma estratégia dessa pode dar certo, já que foi a mesma adotada pela Microsoft para tornar o Xbox One retrocompatível com os jogos do Xbox 360.
Outra possibilidade é de que esta retrocompatibilidade seja diferente do que a maioria dos usuários espera — que é conseguir simplesmente instalar seus jogos no PS5 e acessá-los a qualquer momento como já fazem no PS4 — e esteja mais interconectada ao uso da nuvem.
Isto porque existem muitos indícios de que a PS Now (o sistema de streaming de jogos em nuvem da Sony) receberá uma grande atualização junto com o lançamento do PlayStation 5, e é possível que a tal “retrocompatibilidade” do novo console esteja atrelada ao uso deste sistema, que já permite que usuários do PS4 tenham acesso a uma enorme biblioteca de jogos não apenas do próprio console em si mas também outros que foram lançados apenas para o PlayStation 3. Mas, novamente, isto é apenas uma suposição baseada no que já sabemos do console, e não há nenhuma confirmação da Sony de que essa retrocompatibilidade será baseada na nuvem.
O mesmo vazamento que confirmou que a maioria dos jogos do PS4 poderão ser acessados no PlayStation 5 também revelou que o novo console da Sony também será retrocompatível com o controle do PS4, e irá aceitar que os usuários utilizem o DualShock 4 no console.
Mas é um pequeno “porém” nesta história: o DualShock 4, apesar de ser retrocompatível, não será suportado pelos jogos do PlayStation 5. Isso quer dizer que você poderá usar o controle do PS4 para acessar os menus ou mesmo jogar jogos de PS4 aproveitando a retrocompatibilidade do novo console, mas ele não irá funcionar caso você inicie um jogo desenvolvido para o PlayStation 5.
Apesar deste detalhe, isto não é motivo de desespero: como já explicamos aqui, o controle DualSense terá algumas funções novas que atualmente não existem no DualShock 4, e seria injusto obrigar os desenvolvedores que utilizam essas novas funções a adaptarem seus jogos para funcionar também com o controle do PS4.
Jogos do PlayStation 5
Faltando apenas alguns meses para ser lançado, já temos a confirmação de diversos títulos que serão lançados para o PlayStation 5. A maioria deles são jogos do tipo cross-gen, que serão lançados tanto para a atual geração de consoles (PS4) quanto na próxima (PS5), mas também já nos foi revelado alguns títulos que serão exclusivos para o novo videogame da Sony.
Entre as confirmações de jogos que serão lançados apenas no PlayStation 5 os destaques ficam para Horizon Forbidden West (a continuação de Horizon Zero Dawn), Gran Turismo 7 e Spider-Man: Miles Morales (um spin off/continuação do jogo Spider-Man, lançado em 2018 para o PlayStation 4).
Até o momento em que essa matéria foi publicada, 71 jogos já haviam sido confirmado para o PlayStation 5, mas nem todos eles estarão disponíveis desde o lançamento do console. Segue a lista completa dos títulos confirmados:
- Assassin’s Creed Valhalla
- Astro’s Playroom (exclusivo PS5)
- Atomic Heart
- Battlefield 6
- Bugsnax
- Chivalry 2
- Chorus
- Control: Ultimate Edition
- Cris Tales
- Cyberpunk 2077
- Deathloop
- Demon’s Souls Remake (exclusivo PS5)
- Destiny 2
- Destruction All Star (exclusivo PS5)
- Dirt 5
- Doom Eternal
- Dustborn
- Dying Light 2
- The Elder Scrolls Online
- Far Cry 6
- FIFA 21
- Fortnite
- Ghostwire: Tokyo
- Godfall
- Gods and Monster
- Goodbye Volcano High
- Gothic Remake
- Gran Turismo 7 (exclusivo PS5)
- Grand Theft Auto 5
- Haven
- Heavenly Bodies
- Hitman 3
- Hood: Outlaws and Legends
- Horizon Forbidden West (exclusivo PS5)
- Jett: The Far Shore
- Kena: Bridge of the Spirits
- Little Devil Inside
- Madden 21
- Marvel’s Avengers
- Spider-Man: Miles Morales (exclusivo PS5)
- Maquette
- Metal: Hellsinger
- NBA 2K21
- Observer: System Redux
- Oddworld: Soulstorm
- Outriders
- Overcooked: All You Can Eat
- Paradise Lost
- The Pathless
- Planet Coaster: Console Edition
- Pragmata
- Project Athia
- Quantum Error
- Rainbow Six Quarantine
- Rainbow Six Siege
- Ratchet and Clank: Rift Apart (exclusivo PS5)
- Recompile
- Resident Evil 8: Village
- Returnal
- Sackboy: A Big Adventure (exclusivo PS5)
- Scarlet Nexus
- Sherlock Holmes: Chapter One
- Solar Ash
- Stray
- TemTem
- The Lord of the Rings: Gollum
- Vampire: The Masquerade – Bloodlines 2
- Warframe
- Watch Dogs Legion
- Worms Rumble
- WRC 9
Preço e lançamento
Por enquanto, ainda não há uma data exata para o lançamento do PlayStation 5, mas a Sony já confirmou que o console será lançado no fim deste ano. Como a Microsoft já revelou que o Xbox Series X (o próximo videogame da empresa) chega às lojas em novembro, há uma possibilidade do PS5 ser lançado no mesmo mês, o que garantiria que os dois consoles da próxima geração já estariam disponíveis nas prateleiras para as compras de Natal.
Já quanto ao preço, ainda não há nenhuma informação oficial sobre quanto o PS5 irá custar, mas rumores apontam para um preço de venda sugerido pela Sony de US$ 499 para o PlayStation 5 e de US$ 399 para o PlayStation 5 Digital Edition. Estes valores seriam relativamente maiores do que o do PS4, que em 2013 chegou no mercado a US$ 399,99, mas o aumento no valor base pode ser facilmente explicado pelas diferenças de tecnologia entre ambos (como o uso de armazenamento SSD, que é bem mais caro que um HD tradicional).
Como ainda não há um preço definido para o console, é difícil até mesmo calcular o quanto ele irá custar aqui no Brasil, entretanto especula-se que o valor do console possa girar entre R$6.000 a R$ 10.000, a depender das margens de distribuição e comercialização, além da possibilidade de subsídios da Sony. Portanto, prepare-se para quebrar o seu cofrinho!
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