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Os três minutos que uniram ciência e religião

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Veja como uma conversa com o Papa fez ciência e religião terem um propósito único na luta por um planeta melhor

Ciência e religião são comumente lados opostos de discussões morais como o aborto, mas houve um breve momento em que ambas se uniram em prol do planeta – e todos podem sair ganhando. Recentemente, o Papa Francisco chamou atenção por entregar uma carta ao presidente dos EUA Donald Trump sobre o aquecimento global. Mas, você sabia que o apoio público do Papa à causa decorreu de uma conversa rápida de três minutos com um cientista?

Essa é a história do pesquisador indiano Veerabhadran Ramanathan, ou Ram, professor de Ciências Oceânicas Aplicadas na Universidade da Califórnia. Embora ele fosse consultor do Vaticano desde 2004, suas recomendações não haviam ganhado força na comunidade religiosa – ao menos até 2014. Foi quando ele teve a oportunidade de falar diretamente com o Papa Francisco. O problema? Exatos 180 segundos para convencê-lo sobre o efeito estufa.

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Dr. Ram teve 3 minutos para convencer o Papa

A grande sacada do Dr. Ram foi levar a conversa para o lado moral e ético. Em vez de convencer o Papa com dados, disse rapidamente quais são os efeitos do aquecimento global para bilhões de pobres no mundo. Algo que, por sua vez, é causado principalmente pelos mais ricos. Ciência e religião finalmente encontraram um ponto em comum.

Todo mundo quer água limpa, ar fresco e energia de sobra. Mas, nem todos acreditam no aquecimento global que ameaça isso tudo. “Foram os três minutos mais importantes da minha carreira”, diz o pesquisador.

A voz do Papa

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Papa Francisco se tornou defensor inesperado do meio ambiente

O resultado disso o mundo já conhece. O Papa Francisco foi o primeiro líder da Igreja Católica a combater publicamente o aquecimento global. Desde então, ele vem ajudando a convencer uma massa de religiosos no mundo. A questão é simples: em geral, as pessoas tendem a acreditar mais na pessoa que leva a mensagem do que na mensagem em si dita por quem elas não confiam.

O convencimento está mais relacionado ao tipo de argumento do que à origem do problema. Para uns, basta falar que o efeito estufa é uma ameaça ao ecossistema para trazê-los a bordo. Para outros, é preciso recorrer à empatia com os mais pobres, como no caso do Papa. Ou até à liberdade comercial, como acontece com uma das fundadoras do Tea Party, nos EUA. Símbolo do conservadorismo, ela se tornou uma das vozes contra o aquecimento global para uma parte grande do país.

A palavra do Papa não foi suficiente para fazer Trump permanecer no Acordo de Paris. Mas, se mais líderes morais do mundo aderirem à agenda climática, a pressão popular pode ajudar a reverter esse tipo de ação que ameaça o planeta.

No vídeo abaixo, você confere outros detalhes dessa história que colocou ciência e religião juntos na luta contra o aquecimento global:

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=-qfI3DZmmQw]


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