As passagens aéreas estão mais caras? Estudo explica motivos. A pandemia de covid-19 causou mudanças nos preços das passagens aéreas e as empresas ainda operam no vermelho, mesmo após três anos de seu início

As passagens aéreas estão mais caras? Estudo explica motivos

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A pandemia de COVID-19 causou mudanças nos preços das passagens aéreas e as empresas ainda operam no vermelho, mesmo após três anos de seu início

Quem voltou a viajar após uma pequena melhora na pandemia de COVID-19 já percebeu que os preços das passagens aéreas para lugares de todo o mundo estão mais caros, com disponibilidade cada vez mais limitada. Outra grande diferença está na quantidade de voos sendo realizados em relação ao mesmo período de 2019, momento em que ainda não vivíamos com a COVID-19 e a oferta de trechos era mais ampla.

Um relatório desenvolvido pelo The Demographics Group mostra que estes problemas são respostas do mercado em relação às perdas da COVID-19, já que as empresas ainda operam no vermelho e seguem lutando para se restabelecer em meio às contas que não fecham. Confira os detalhes.

Preço de passagens aéreas está nas alturas

Agora que as pessoas estão mais confiantes de saírem de casa e pegar voos para as mais diversas partes do mundo, a procurando por passagens aéreas deu um salto. E se há uma alta na demanda sem que a oferta acompanhe, também teremos uma alta nos preços. O primeiro dado do relatório mostra que os preços praticamente dobraram, isso sem considerar taxas e impostos que deixam as passagens ainda mais caras. Veja:

Destino Preço em setembro de 2019Preço em setembro de 2022
Dos EUA para a Europa US$ 390US$ 428
Dos EUA para a Ásia US$ 469US$ 562
Dos EUA para a Austrália US$ 536US$ 746
Da Europa para a Ásia US$ 293US$ 289
Da Europa para a Austrália US$ 604US$ 803
Da Ásia para a AustrálaUS$ 268US$ 346

A principal explicação para esta alta nos preços está no desequilíbrio entre oferta e demanda. A regra é clara: quanto maior a procura, maiores serão os preços, pois as empresas precisam investir mais para atender mais pessoas.

Calculadora para cálculo de preço de passagens aéreas
Alta nos preços está impactando viagens para destinos de todo o mundo (Foto: Reprodução/Internet)

Pessoas dispensadas de seus empregos por conta da baixa causada pela pandemia de COVID-19 agora precisam ser recontratadas, o que gera um maior investimento por conta das empresas. Joe Leader, diretor-executivo da APEX, que cuida da experiência de passageiros em voos, cita que “Temos um desequilíbrio genuíno entre oferta e demanda“.

Menor oferta de passagens

De acordo com dados da OAG, plataforma fornecedora de dados sobre voos realizados em todo o mundo, as companhias aéreas estão investindo menos em viagens após o período mais crítico da pandemia de COVID-19. É possível perceber são realizados cerca de 100 mil voos a menos em relação ao período em que não vivíamos com o vírus que causou a grande pandemia.

Avião aterrissando em um aeroporto
Há menos passagens, o que causa um aumento nos preços com a alta procura (Foto: Reprodução/Internet)

Se em dezembro de 2019, eram realizados 716.727 voos para destinos de todo o mundo, as primeiras semanas do mesmo mês em 2022 registraram 616.330 voos. Esta baixa compreende os voos em todos os continentes:

Destino Voos até 02 de dezembro de 2019Voos até 05 de dezembro de 2022
Ásia 229 mil194 mil
América do Norte 198 mil 169 mil
Europa 149 mil 121 mil
América Latina 67 mil63 mil
África 28 mil 27 mil
Sudoeste do Pacífico22 mil 20 mil

As empresas estão com receio em colocar muitos aviões disponíveis e nem todas as passagens aéreas forem vendidas, o que significa um prejuízo, já que a partir de uma venda for realizada, é necessário realizar a viagem, independente da porcentagem vendida.

Menos conexões em cidades famosas

Para evitar gastos, as empresas também estão evitando realizar voos para destinos conhecidos. Dados da Cirium mostram que as empresas Cathay Pacific Airways e British Airways fizeram 95 voos que saem de Hong Kong e aterrissam no Aeroporto de Londres Heathrow em dezembro de 2022. Durante o mesmo período de 2019, foram feitos 234 voos na mesma rota. E a mudança acontece em outras partes do mundo:

Destino Voos recebidos até dezembro de 2019Voos recebidos até dezembro de 2022
Londres (Heathrow)19.30017.500
Cingapura 16.00011.200
Hong Kong 14.0004.100
Doha9.3008.200

Menor disponibilidade de assentos

Finalizando os dados, foi possível perceber que voos internacionais estão com menos assentos disponíveis se compararmos com o período anterior à pandemia de COVID-19. As companhias aéreas ainda estão lutando para reconstruir as frotas que eram abundantes antes do período de restrições, já que voos internacionais podem causar mais infecções. Compare:

Destino Voos até 2 de dezembro de 2019Voos até 05 de dezembro de 2022
Europa Ocidental 14 milhões 12,3 milhões
Nordeste da Ásia 5,9 milhões 1,9 milhões
Sudeste da Ásia 4,4 milhões 2,6 milhões
América do Norte 3,4 milhões 3,2 milhões

Com estes dados, fica fácil ver que a alta no preço das passagens aéreas ainda tem como principal motivo a pandemia de COVID-19. Por mais que as pessoas tenham voltado a viajar, ainda há o risco de infecção da doença, e as festas de final de ano também estão colaborando para que a alta de casos volte a acontecer.

Cabine de avião
Empresas também realizam viagens com menores capacidades (Foto: Reprodução/Internet)

Para evitar prejuízos, as companhias seguem operando em sua capacidade mínima, demonstrando um certo receio com um possível fechamento dos aeroportos em um futuro não tão distante. É importante lembrar que ainda estamos vivendo em um mundo pandêmico, e algumas restrições voltaram para diminuir o contágio e a lotação nos hospitais. Todo cuidado é pouco.

Você percebeu uma alta no preço das viagens de avião? Diga pra gente nos comentários!

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Em novembro de 2022, o uso de máscara em aeroportos brasileiros voltou a ser obrigatório. Confira os detalhes para não ter problemas.

Com informações: Bloomberg


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