Ainda na semana passada uma informação de que os funcionários dos Correios entrariam em greve começou a ser divulgada na imprensa e exatamente por isso, como era de se esperar, a paralisação se iniciou nessa segunda-feira (12/03). O principal motivo são as mudanças realizadas no plano de saúde dos seus funcionários, onde o reajuste tiraria de vez a cobertura de pais, cônjuges e filhos, além de uma cobrança de mensalidade.
Ladeira abaixo
Aos poucos a empresa deixa transparecer uma situação que parece vir piorando ao longo dos meses. Em resposta a isso, os Correios fizeram a seguinte declaração:
“A forma de custeio do plano de saúde dos Correios segue, agora, para julgamento pelo TST. A empresa aguarda uma decisão conclusiva por parte daquele tribunal para tomar as medidas necessárias, mas ressalta que já não consegue sustentar as condições do plano, concedidas no auge do monopólio, quando os Correios tinham capacidade financeira para arcar com esses custos.”
É óbvio que a empresa vem tendo dificuldades em acompanhar a evolução que vem acontecendo em todo o mundo e se reestruturar por causa disso, colecionando prejuízos desde cerca de 2013, e as coisas parecem não dar sinais de que irão melhorar tão cedo. Somado a isso, os brasileiros estão cada vez mais descontentes com os serviços oferecidos por ela, ainda que necessários.
Alguns fatos como as demissões que vêm acontecendo constantemente e a falta de concurso desde 2011 comprovam a situação. A empresa ainda vem tentando trazer novidades e melhorias aos seus serviços em uma tentativa de se manter a rentabilidade da empresa, como mostramos aqui.
Defesa da Greve
A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) não parece estar interessada na desculpa da empresa, e ainda afirma que “todo o desmonte promovido pela gestão dos Correios tende a prejudicar ainda mais os serviços à população”. Ela ainda se nega a ficar calada diante do planejamento para fechar cerca de 2.500 agências ou da insistência da empresa em fazer com que os funcionários saiam prejudicados entrando em planos de demissão voluntária.
A Federação ainda deixa claro que está ao lado da população e discorda dos aumentos nos valores das tarifas realizados pelos Correios. Embora a paralisação aconteça em todo o país, é provável que não tenha uma adesão completa de 100%, e acontecerá por tempo indeterminado.
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