O Shutterstock, um dos maiores bancos de imagens de toda a internet, acaba de anunciar uma ferramenta que facilitará, e muito, a vida de designers, publicitários e dos demais profissionais que utilizam o serviço. A ideia, batizada como ‘Composition-aware Search‘, permite buscar imagens com mais precisão, utilizando aprendizagem de máquina para identificar os elementos de uma cena.
Com a nova ferramenta do Shutterstock, será possível buscar, inclusive, a configuração de uma determinada imagem: por exemplo, digamos que você precise de uma foto com um computador à esquerda e um smartphone à direita – pois é, dá pra buscar exatamente isso, basta posicionar as os termos da busca exatamente como se quer na foto.
Olha só como é simples:
Em suma, o que o Composition-aware Search faz é reconhecer a localização espacial de cada elemento na imagem, permitindo que, durante uma busca, por exemplo, você possa reproduzir exatamente a cena que deseja. É como dizer para a máquina, ‘eu quero uma foto com dois elementos, mas um destes elementos está num ponto A e outro, por sua vez, num ponto B’.
A máquina é capaz de entender este comando e, utilizando técnicas muito avançadas de reconhecimento gráfico, pode identificar os elementos da cena, além de suas respectivas posições, para então encontrar a imagem desejada.
O mais legal é que tudo isso é feito na hora, sem a necessidade de ‘re-catalogar’ as mais de 90 milhões de imagens disponíveis no serviço.
Muita tecnologia envolvida
Segundo o próprio Shutterstock, o Composition-aware Search utiliza processamento de linguagem natural, aprendizagem de máquina (machine learning) e até mesmo técnicas de informações de arte para compreender, com exatidão, tudo o que está em cena. Também de acordo com a empresa, esta é a primeira ferramenta do tipo a ser utilizada comercialmente, isto é, com um fim prático.
Isto acontece porque, conforme as imagens se tornam cada vez mais frequentes em nossas vidas, até mesmo substituindo o texto em algumas ocasiões, é preciso achar um meio eficiente de se organizar tanta informação. É por isso que empresas como o Google e o Shutterstock, no caso, vêm investindo tanto no reconhecimento de imagens.
Nos últimos anos, fizemos as máquinas entenderem o que dizemos. Agora, o próximo passo é fazê-las entenderem o que vemos e o que está a nossa volta.
Revolução?
Poucas pessoas tem noção do quão difícil é, para um computador, reconhecer as imagens triviais para os seres humanos. Há mais de 200 mil anos, nossos cérebros têm sido treinados à exaustão para reconhecer padrões – algo que, com apenas algumas décadas de trabalho, já estamos reproduzindo em computadores.
Fonte: Shutterstock
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