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A nova série live-action Avatar: O último mestre do ar estreou na quinta-feira (22 de fevereiro) na plataforma de streaming Netflix e já tem dado muito o que falar nas redes sociais, recebendo críticas em sua maioria positiva de fãs de todo o mundo. Continue lendo para saber mais:
Adaptações passadas
A série não é a primeira versão live-action do popular desenho a ser produzida, já houve uma versão em filme que não foi bem recebida pelos fãs e pela crítica. O filme, lançado em 2010 e dirigido por M. Night Shyamalan (diretor de filmes com O Sexto Sentido), foi duramente criticado pelo embranquecimento dos personagens, além de terem resumido demais a história, resultando em um filme que contou a história da primeira temporada completa de maneira rasa em um filme com duração de apenas 1h46m.
Também foram produzidas 28 histórias em quadrinhos sobre a A Lenda de Aang e 4 sobre A Lenda de Korra, nas quais o leitor pode descobrir mais sobre a vida de Aang, Korra e outros personagens após os acontecimentos retratados na animação.
História
A história dessa nova adaptação live-action vai ser baseada na animação original Avatar: A Lenda de Aang, adorada pelos fãs e cujo sucesso levou o estúdio a investir na continuação A Lenda de Korra, que conta a história da próxima encarnação do Avatar, dessa vez na tribo da água – que por sua vez também foi bem aceita pelos fãs.
Na série, o mundo é dividido por nações que podem manipular um dos quatro elementos ou ‘dobrar’ — como é chamada essa habilidade na série — sendo assim, somos apresentados à tribo da água, ao reino da terra, à nação do fogo e aos nômades do ar (dos quais o Aang é o único sobrevivente). O avatar é o único que pode dobrar todos os quatro elementos e seu dever é usar esse dom para trazer paz ao universo.
A série promete ser fiel ao original, contando a história de Aang e seus amigos lutando contra o mal e ajudando as pessoas enquanto viajam buscando bons professores para ajudá-lo a desenvolver suas habilidades de dobra de terra, água e fogo – em aventuras que também o ajudam a aperfeiçoar suas habilidades de dobra de ar (nação onde renasceu).
Elenco
Aang
O personagem principal, Aang, também conhecido como Avatar, é interpretado pelo ator Filipino-Canadense Gordon Cormier. Ele até então tem poucos personagens em seu currículo, o mais conhecido sendo Joe na minissérie The Stand.
Katara
A personagem Katara, amiga do Aang e quem acha ele congelado e o liberta, é interpretada pela atriz da tribo Mohawk Kiawentiio Tarbell. Ela ficou conhecida por interpretar Ka’kwet na série Anne With An E e o personagem Beans no filme A Pequena Guerreira, que conta a história real de um confronto entre duas comunidades Mohawk e forças governamentais que ocorreu em 1990 no Quebec, Canadá.
Sokka
O trio principal é completo com o personagem Sokka, interpretado pelo ator americano Ian Ousley, conhecido por interpretar Robby Corman na série da Netflix 13 Reasons Why e Zeke Breem na série da Apple TV Physical.
Zuko
Outro personagem importante na série é o filho do Senhor do Fogo, Príncipe Zuko, interpretado pelo ator americano Dallas Liu, conhecido por interpretar Ruihua no filme da Marvel Shang-chi e a Lenda os Dez Anéis e o personagem Shuji Ishii-Peters na série PEN15.
Ozai
O personagem Senhor do Fogo Ozai é interpretado pelo ator americano nascido na Coreia do Sul Daniel Dae Kim, conhecido por interpretar Jin-Soo Kwon na série Lost e Dr. Jackson Han em The Good Doctor.
Azula e Iroh
A irmã do mal de Zuko, Princesa Azula, é interpretada pela atriz americana Elizabeth Yu, que interpretou Mary Atherton-Yoo no filme Segredos de um Escândalo. Já Iroh, o tio da dupla, é interpretado por Paul Sun Hyung Lee, o ator sul-coreano-canadense é conhecido por interpretar Appa na série Kim’s Convenience e o Capitão Carson Teva na série The Mandalorian.
Principais destaques
Não tem como escrever sobre essa série sem frisar que a Netflix fez o que o filme live-action se recusou: contratar um elenco e equipe quase 100% de origem asiática. Isso deu à série um precedente necessário, já que divergir disso foi um dos motivos pelo qual o filme começou a ser rejeitado antes mesmo de lançado.
Preciso também dar crédito aos produtores de elenco por conseguir achar um Aang tão parecido com o original, isso me deu muita esperança do rumo da série, mas, infelizmente, apesar de Gordon Cormier fazer um ótimo trabalho em retratar a doçura e inocência de Aang, ele por vezes não faz um bom trabalho em partes mais sérias, principalmente em monólogos mais longos onde tem que contracenar com ele mesmo ou com a marca no set do Appa. Nessas cenas ele apresenta pouca emoção e expressões faciais demasiadas. Isso parece ser um problema comum com o jovem elenco, principalmente durante o primeiro episódio, mas eles melhoram à medida que a história vai se desenvolvendo.
Outro casting perfeito foi o do Tio Iroh: Paul Sun Hyung Lee fez um trabalho brilhante e é impossível pensar em um ator com características tão naturalmente parecidas com o personagem. É como se ele tivesse ganho vida transitando da animação para o live-action.
O relacionamento entre o Tio Iroh e o Príncipe Zuko também foi muito bem representado durante a série, cenas que foram o maior destaque do ator Dallas Liu, além de momentos em que Zuko mostra uma certa desesperança.
Outro destaque é a atuação de Daniel Dae Kim, elegante e irreverente, que interpreta o lado sombrio do Senhor do Fogo de um jeito que faz isso parecer fácil. Por vezes, a barba extremamente falsa da caracterização ainda consegue chamar mais atenção que seu esplendido trabalho, já que parece ter sido comprada em uma loja de fantasia barata.
O responsável pela identidade visual claramente se preocupou em adicionar detalhes nas cenas ambientadas na Nação do Fogo: fez um bom trabalho nas cenas no mosteiro dos Nômades do Ar e Reino da Terra, mas simplesmente nem ao menos tentou durante as cenas da Tribo da Água do Sul. É uma pena que seja exatamente nessa última que a série começa, o que faz com que a série inicie nesse tom de descaso que talvez faça com que muita gente desista de continuar a assistir.
Como fã da animação original, a maior emoção que senti foi a raiva ao ver o Aang voando do nada. Isso não é algo que acontece no original — onde ele sempre usa sua pipa, o Appa ou uma esfera de ar — nunca simplesmente levanta voo sozinho. Mas pior que mudar a história por nenhuma razão aparente é fazer um trabalho horrível nisso, e infelizmente o CGI do personagem voando foi extremamente mal feito e o faz parecer uma fada da Disney.
Aspectos técnicos
Os criadores da animação original, Michael Dante DiMartino e Bryan Konietzko, saíram do projeto da série live-action em junho de 2020 alegando diferenças em sua abordagem do programa em comparação com a visão da Netflix e em agosto de 2021 Albert Kim foi anunciado como escritor, produtor executivo e showrunner. Ele já atuou como produtor executivo em séries como Nikita, A Lenda de Sleepy Hollow e Panteão.
Também foram anunciados como produtores executivos Dan Lin (Uma Aventura Lego, Uma Aventura Lego 2, Lego Batman: O Filme e Dois Papas), Lindsey Liberatore (O Dia Depois de Amanhã, Chamas da Vingança e Refém), Michael Goi (Big Sky e American Horror Story) e Roseanne Liang (Uma Sombra na Nuvem e Friday Night Bites), tendo os 2 últimos também atuado como diretores em alguns episódios.
Segundo o site Avatar News, os animais da série, como o bisão voador Appa e o lêmure voador Momo, foram criados usando efeitos práticos no set e CGI na pós-produção para chegar em um resultado mais realista sem perder a essência.
Já as vozes dos personagens Appa e Momo são feitas pelo ator Matthew Yang King, conhecido por interpretar Marty Mantle na série Riverdale e dublar os personagens Liu Kang e Fujin no videogame Mortal Kombat 11.
Conclusão
Não desanime de assistir à série pelo primeiro episódio, ela melhora. Não apenas porque os atores parecem que se conectam melhor com os personagens, mas o Aang para de sair voando do nada como se estivesse saindo da Terra do Nunca.
Onde assistir
A série live-action Avatar: O Último Mestre do Ar está disponível na plataforma de streaming Netflix desde o dia 22 de fevereiro de 2024.
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