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Em uma conferência realizada na última segunda-feira (26), a Tesla apresenta lucro de US$ 1,1 bilhões gerado nos últimos três meses, o melhor registro já feito pela empresa. Com uma receita bruta de US$ 11,958 bilhões, os resultados ultrapassaram a expectativa de Wall Street e marca enorme avanço de Elon Musk no mercado automotivo, mesmo após o início da crise dos chips e a falta de peças para produção dos veículos.
A Tesla também notificou US$ 1,14 bilhão em receita líquida, que fechou o último trimestre com mais do que o dobro do gerado em janeiro, fevereiro e março (US$ 438 milhões). É a primeira vez que os lucros da companhia passam de US$ 1 bilhão. Neste cálculo, a venda de créditos de emissão para outras montadoras, fonte lucrativa da Tesla, não chegou a ser incluída. Sua renda fechou em US$ 354 milhões só nos últimos três meses. O negócio de armazenamento de energia de Musk também aumentou suas vendas graças a “projetos megapack“, conseguindo implementar 1,28 GWh de baterias e 85 MW de painéis solares.
Desvalorização do Bitcoin e a crise dos chips
Elon Musk conseguiu aumentar a produção e diminuir os custos da empresa mesmo enquanto lidava com diversos empecilhos. Um dos fatores que frearam o crescimento da Tesla foi a desvalorização do Bitcoin, que registrou para a Tesla uma perda no valor de US$ 23 milhões.
A crise dos chips obrigou corporações a procurarem outro tipo de matéria-prima para não incapacitar suas fábricas. Isso afetou não só a empresa de automóveis, mas também outras áreas, como a produção de PCs, e abriu até espaço para venda de componentes falsos no mercado. A equipe da Tesla se pronunciou a respeito, afirmando que “trabalhou arduamente para manter a produção funcionando o mais próximo possível da capacidade total”. No caso, a estratégia deu certo, porém diversas montadoras tiveram suas portas fechadas.
Como praticamente todo o ecossistema da Tesla necessita de semicondutores, Musk disse na conferência que sua empresa buscou chips alternativos para compensar a falta de peças e componentes especiais. A princípio, o resultado tem sido positivo e o empresário espera poder usar esse caminho enquanto ainda for possível. “Fomos capazes de substituir chips alternativos e, em seguida, escrever o software em questão de semanas. Não é apenas uma questão de trocar um chip, você precisa também reescrever o software”, disse Musk.
Os agentes dos bons resultados financeiros
Como parte da readaptação do seu cronograma, a Tesla foi obrigada a adiar o lançamento do Tesla Semi, o seu caminhão elétrico, para 2022. A justificativa foi problemas que a empresa enfrentou no fornecimento de baterias apropriadas. Já o esperado Cybertruck, uma de suas maiores inovações, ainda está em desenvolvimento. O lançamento do novo Model S também teve de ser adiado.
A produção deve se concentrar, principalmente, nas novas fábricas que serão inauguradas em Berlim, na Alemanha, e em Austin, no Texas, nos Estados Unidos. A previsão de início é em 1º de julho. A construção dessas duas filiais reduzem o preço dos veículos na região, mas também fortalecem a produção em escala mundial. Dessa forma, a Tesla conseguiu combater a crise com as vendas ainda em alta. Durante o segundo trimestre de 2021, por exemplo, a Tesla entregou 201.250 carros e teve um aumento significativo nas vendas gerais, que totalizou 800 mil veículos.
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Fontes: Business Insider | Ars Technica | The Verge
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