The last case of benedict fox

REVIEW: Investigue o oculto em The Last Case of Benedict Fox

Avatar de eduardo rebouças
Junte-se a um detetive do sobrenatural em uma aventura pra lá de amedrontadora; veja nossa dedução a seguir

The Last Case of Benedict Fox é mais um daqueles jogos que emulam o estilo cunhado pelos clássicos Metroid e Castlevania, mas graças aos seus quebra-cabeças envolventes e sua temática, consegue se destacar na multidão.

Um mundo diferente e desconhecido

The last case of benedict fox
Tudo começa com a morte do pai de Benedict. (Imagem: Divulgação)

No papel de Benedict, um detetive com especialidade no oculto, o caso que atualmente está investigando é um dos mais importantes de sua carreira, já que a vítima é seu próprio pai. Chamado por um amigo, ao chegar na mansão da família que há muito não tem contato, ele descobre que para chegar à chave da questão, terá que mergulhar a fundo nas memórias do falecido.

Por se tratar de um jogo com temática ocultista, não será de surpreender para você que Benedict rotineiramente conversa com uma misteriosa voz com trejeitos de Cthulhu, nem que a sociedade é regida por uma irmandade secreta cujos tentáculos controlam basicamente todos os aspectos da vida cotidiana. Ah, e claro, nosso amigo é membro de um grupo que é arqui-inimigo desse pessoal, travando uma guerra no submundo a fim de livrar a todos dessa ameaça.

Pois bem, sabendo disso, você pode ficar mais que alegre em saber que The Last Case of Benedict Fox lida com seus muitos quebra-cabeças de um modo que remete aos jogos de aventura das antigas, nos quais era necessário anotar combinações para usá-las sabe-se lá onde. No jogo, isso acontece rotineiramente e requer que você explore a fundo o chamado limbo, o mundo por baixo do mundo em que vivemos, dentro das recordações tanto do pai de Benedict quanto de outras pessoas que ele encontra durante sua aventura. 

Bem como suas inspirações

The last case of benedict fox
O mundo dentro das memórias dos mortos é estranho e fantástico. (Imagem: Divulgação)

Toda essa nostalgia pelo passado deve ter lhe deixado um tanto esperançoso pelo resto do jogo, visto que se trata de um daqueles games que fazem você adquirir novas habilidades antes que possa explorar certas partes do extenso mapa. Nesse quesito, The Last Case of Benedict Fox funciona bem e não exagera na dose, dando ao detetive em questão uma vasta gama de poderes sobrenaturais em troca da tinta obtida ao derrotar os monstros do limbo, sob a forma de tatuagens.

Há também as vantagens esperadas, como o salto duplo, que são destravadas bem cedo no jogo, ainda bem, já que o mapa dentro do limbo é vasto e requer muita agilidade para se navegar. No entanto, as muitas capacidades adquiridas por meio das tatuagens funcionam mais para o combate, e com elas, as batalhas contra as monstruosidades desse mundo obscuro ficam mais legais de se travar. 

Sem elas, por outro lado, as lutinhas são bem fracas, ainda mais porque o personagem principal não responde tão bem aos comandos do controle, havendo um intervalo demasiadamente grande entre comandos, o que, pelo menos nos momentos iniciais, leva a vários game overs

Esse é um equilíbrio que os desenvolvedores conseguem acertar e ao mesmo tempo mostrar que tal faceta de jogo estava em segundo plano, pois todo o resto de The Last Case of Benedict Fox é muito mais interessante. Há diversas pontas soltas que são descobertas no decorrer do game que fazem com que a exploração e mais importante, todo o caráter investigativo do protagonista, se tornem a força motriz que carrega a aventura, muito mais que a porradaria, enquanto busca por respostas a essas questões levantadas.

Uma aventura com apresentação ímpar 

The last case of benedict fox
Muito cuidado ao enfrentar os perigos do limbo. (Imagem: Divulgação)

Por se tratar de um jogo com pegada ocultista, toda a sua apresentação é baseada nas bizarrices com as quais Benedict está acostumado a tratar no seu dia-a-dia como detetive do sobrenatural, e é nela que o pessoal da Plot Twist deitou e rolou ao desenvolver o game. 

Todo o design visual de fase é de cair o queixo de tão bonito, sem falar nos personagens, todos desenhados de um modo bastante angulado, contrastante do ambiente em que se encontram, mais realista, enquanto que o limbo se trata de um dos lugares mais bizarros já vistos em um jogo.

As vozes dadas aos personagens, principalmente o companheiro de Benedict, são também espetaculares. Muitas serão as vezes em que você provavelmente irá colocar seu controle no colo para ouvir toda a leitura das falas, servindo de dicas sutilmente escondidas aos seus objetivos atuais dentro de The Last Case of Benedict Fox

Conclusão

The last case of benedict fox
Cuidado com quem você confia. (Imagem: Divulgação)

The Last Case of Benedict Fox é um jogo investigativo de plataforma que traz uma temática muito bem explorada nas cinco horas necessárias para se zerá-lo. Mesmo não tendo combate de muita qualidade, seu lado mais criativo, de dedução e quebra-cabeças, é de longe o maior trunfo, e é onde a aventura de Benedict realmente brilha.

O mundo no qual o jogo se baseia, mesmo utilizando uma temática um tanto cansada, ainda mais entre videogames, consegue ser um dos mais criativos usos do universo de Cthulhu e similares, e todo o lado investigativo de The Last Case of Benedict Fox é tão bem desenvolvido e único fazem desta uma aventura imperdível. 

E não se esqueça: donos de Xbox e PC têm acesso a The Last Case of Benedict Fox através da assinatura do Xbox Game Pass. Se você já é um assinante do serviço, não deixe passar a oportunidade de jogá-lo!

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Revisão do texto feita por: Pedro Bomfim (19/07/23)

The Last Case of Benedict Fox

The Last Case of Benedict Fox
90 100 0 1
90/100
Total Score
  • História
    90/100 Incrível
  • Apresentação
    100/100 Excelente
  • Jogabilidade
    80/100 Ótimo
  • Diversão
    90/100 Incrível

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