Índice
“Um pequeno passo para o homem, um grande salto para a humanidade“. Certamente você já escutou a famosa frase dita por Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na lua, na expedição Apollo 11, realizada em julho de 1969.
As palavras ditas em um dos maiores marcos tecnológico, científico e histórico da humanidade, rodaram o mundo, ultrapassando gerações que estudam esse momento nas séries primárias da vida escolar. Mas, qual o verdadeiro impacto da expedição? O que foi a Missão Apollo 11 na lua? O que foi deixado para trás? Qual o contexto por trás de uma missão como essa? As respostas, você encontra a seguir.
Como surgiu a missão que levou o homem a Lua?
A Missão Apollo 11 fez parte do que é conhecido como corrida espacial, uma das muitas disputas entre Estados Unidos e União Soviética durante a Guerra Fria. O módulo de comando denominado Columbia foi enviado para a lua em julho de 1969, após um longo processo de desenvolvimento.
Dois importantes programas antecederam o Apollo 11, colaborando para o sucesso final da missão, foram eles Mercury e Gemini, o segundo fundamental por realizar uma série de testes: foi por meio do Gemini que expedições não tripuladas e tripuladas foram realizadas entre 1963 e 1966.
Também através desse programa que a NASA iniciou seu processo de recrutamento de astronautas. Os testes realizados no Gemini consistiam em analisar o funcionamento dos sistemas e equipamentos, o efeito da permanência no espaço no corpo humano e a aproximação e acoplagem das naves.
Inicialmente, o programa Apollo havia sido criado para percorrer a órbita lunar, porém, foi modificado para viabilizar uma expedição tripulada à lua. Assim, o homem pisou pela primeira vez na superfície lunar; local aonde ninguém jamais voltou após 1972, ainda que governos nacionais e organizações sem fins lucrativos esperem repetir o feito.
Foi necessária uma década de estudos para que o homem pudesse ser enviado. Oito etapas antecederam o Apollo 11 na Lua, sendo a primeira delas denominada Apollo 1, que terminou em um completo desastre. Em 27 de janeiro de 1967, três astronautas foram lançados ao espaço, sendo eles Gus Grisson, Edward White e Roger Chaffe, porém uma falha elétrica provocou um incêndio no interior da cápsula, resultando na morte dos três.
Após a investigação do acidente, ocorreram diversas mudanças no programa. A segunda expedição, batizada de Apollo 4, ocorreu em 9 de novembro de 1967, dessa vez sem tripulação e com todas as etapas concluídas com sucesso.
Em seguida, Apollo 5 testou o pouso de um módulo lunar em 22 de janeiro de 1968, também obtendo sucesso. Em 14 de abril de 1968, foi lançado o Apollo 6, com a intenção de realizar testes semelhantes ao do Apollo 4, porém, a expedição apresentou algumas falhas de execução que foram prontamente solucionadas.
Em 11 de outubro de 1968, a primeira missão tripulada (após o Apollo 1) foi enviada à órbita terrestre, durando 11 dias e tendo a bordo os astronautas Wally Sihirra, Donn Eisele e Walter Cunningham, que chegaram a transmitir imagens em tempo real.
A última expedição realizada em 1968 ocorreu no dia 21 de dezembro, levando Frank Borman, James Lovell e Willaim Anders pela primeira vez para a órbita lunar, permanecendo por 20 horas.
As últimas duas expedições (Apollo 9 e 10) realizaram testes de pouso na lua (alunissagem), manobras e acoplagem; ambas foram tripuladas e ocorreram em março e maio de 1969.
O que foi o Apollo 11?
Em 20 de julho de 1969, Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins adentraram a órbita lunar com a missão de realizar o primeiro pouso tripulado na Lua e retornar à Terra, porém, os astronautas contavam com missões secundárias, como a exploração da Lua a partir do módulo Eagle, além da instalação de câmeras para a realização das imagens via satélite e alocação de sensores de medidas do vento solar e atividade sísmica, retrorrefletores e coleta de amostras de rochas e pó do solo lunar.
Foram coletados 20 kg de amostras do solo, além da instalação dos aparelhos de pesquisa, após 20 minutos de expedição, Armstrong hasteou a bandeira dos Estados Unidos no solo lunar. Dentre os tripulantes do Apollo 11, apenas Armstrong e Aldrin pisaram em solo lunar, Collins foi o responsável em guiar o módulo de controle na órbita lunar.
Os astronautas permaneceram na lua por 21 horas e 30 minutos e, após um descanso de sete horas, iniciaram o retorno para a Terra, 44 horas após o início da expedição, concluída em 24 de julho de 1969.
Como ficou o local de pouso na lua?
Um novo sistema de radar conseguiu captar novas imagens da lua, incluindo das regiões de pouso das missões do projeto Apollo, permitindo que imagens detalhadas chegassem à Terra sem a necessidade da ida de pessoas para o solo lunar. Veja como ela se encontra hoje, quase 50 anos depois da primeira missão realizada.
O local de pouso da Missão Apollo 11 é conhecido hoje como Tranquility Base (Base da Tranquilidade), situado no Mare Tranquillitatis, considerado hoje como um grande local de importância histórica e científica. A área também conta com uma série de objetos deixados pelos astronautas na superfície lunar, sendo alguns bastante interessantes.
Apesar de provavelmente já ter se deteriorado com o tempo, devido às condições intensas de calor e frio da atmosfera lunar, a bandeira dos Estados Unidos foi um dos objetos mais importantes deixados na Lua. Fincada no chão e criada com um mecanismo para deixar o símbolo norte-americano em pé, já que não havia vento na lua, o marco da missão foi derrubado quando a Apollo 11 levantava voo para retornar a Terra.
Além da bandeira, outros objetos comemorativos foram deixados como um marco da passagem humana pelo território lunar. Por exemplo, nas escadas da base que serviu para suportar a Apollo 11 em seu pouso, há uma placa de metal com a assinatura dos tripulantes do voo e também do presidente dos Estados Unidos na época, Richard Nixon.
Ao redor da superfície onde o pouso foi realizado, Buzz Aldrin também depositou outros objetos: uma insignia da missão da Apollo 1, em homenagem aos astronautas que morreram em missão um ano e meio antes, em que a cabine pegou fogo; duas medalhas comemorativas em honra aos cosmonautas sovietes Yuri Gagarin e Vladimir Komarov, pioneiros das missões espaciais que também foram mortos em acidentes. Por fim, um disco contendo mensagens dos 73 líderes de estado de diferentes países, assim como um Ramo de Oliveira como símbolo de paz global.
Entretanto, não foram apenas objetos comemorativos deixados na Lua. Em caráter científico, um Sismômetro foi instalado na superfície lunar, para medir as vibrações do solo e transmitir esses dados para a Terra, onde a NASA poderia analisá-lo com maior cuidado, entretanto, poucos meses depois, ele parou de funcionar. Também foi colocado um Refletor de Laser Lunar, que ainda se mantém ativo até hoje e que pode devolver um raio de luz na mesma direção em que foi enviado, sendo utilizado para saber a distância do nosso planeta da Lua.
O que foi visto em outras expedições?
A última viagem do homem à Lua ocorreu pouco mais de três anos após o primeiro pouso, em dezembro de 1972, sendo a última vez que a NASA realizou uma expedição desse nível, com o Apollo 17.
Havia planos de realizar novas missões e seguir com o projeto Apollo, porém, um corte orçamentário gerou mudanças de planos. Foi no Apollo 17 que o primeiro cientista foi enviado a lua.
A tripulação era composta por Eugene Cernan, comandante da missão; Ronald Evans, piloto do módulo de comando e Harrison ‘Jack’ Schmitt, piloto do módulo lunar e primeiro cientista treinado para expedições como essa.
Considerada pela NASA “a última, mais longa e mais bem-sucedida” missão tripulada de pouso na lua, o Apollo 17 realizou novas descobertas sobre o solo lunar. Além da montagem de uma estação cientifica para transmissão de dados, os astronautas também coletaram amostras da superfície, realizaram medições de gravidade, além de descobrirem um solo alaranjado em meio a poeira cinza durante as caminhadas da expedição.
Com as amostras coletadas, foi descoberto que o solo laranja era composto de vidro vulcânico, além de ser possível observar que esse material se originou na própria Lua e não numa colisão com algum meteorito.
Cernan e Schmitt permaneceram um total de 22 horas e 4 minutos fora do módulo lunar, ultrapassando o tempo de Armstrong e Aldrin durante o Apollo 11.
Curiosidades sobre a ida do homem à lua
- O personagem Buzz Lightyear, de Toy Story, uma das mais famosas animações da Pixar, foi inspirado em Buzz Aldrin, astronauta que esteve na Missão Apollo 11. O nome real do astronauta é Edwin Eugene Aldrin, porém em sua infância foi apelidado de Buzzer (cigarra) devido à dificuldade de sua irmã caçula em pronunciar a palavra Brother (irmão). Posteriormente o apelido virou Buzz, nome que Aldrin adotou. Em relação ao personagem, seu primeiro nome é em homenagem ao astronauta, enquanto a palavra “Lightyear” significa anos-luz, velocidade usada para medir distâncias entre os astros no espaço;
- Em 2018, foi lançada uma biografia sobre Neil Armstrong escrita por Jay Barbree, repórter que cobriu todos os 166 voos de Armstrong, único a conseguir tal feito;
- Conforme a mitologia grega, Apolo, deus do sol, era bastante associado as colonizações realizadas em torno do mar mediterrâneo, somado isso ao fato de Apolo ser irmão de Ártemis, deusa da Lua, a missão foi batizada com seu nome.
- Os primeiros passos de Armstrong na Lua foram transmitidos para mais de seis milhões de pessoas.
Infelizmente, mesmo com a missão mais recente do módulo Orion I sendo bem sucedida, com ele desembarcando no nosso planeta há poucas semanas, não foram divulgadas novas imagens de como se encontra a base atualmente, mesmo que a viagem tenha passado pela Tranquility Base. Segundo a NASA, enquanto sobrevoavam a região, o local não estava com iluminação para que fotos fossem feitas.
Entretanto, os humanos pretendem voltar para a Lua em breve, já que a Agência Espacial do Governo Norte-Americano pretende lançar duas novas missões espaciais em 2024 e 2025. A primeira, denominada de Artemis 2, quer alcançar a superfície lunar, mas sem desembarcar os passageiros. Já a segunda, Artemis 3, almeja explorar o Polo Sul do satélite natural, onde há água em forma de gelo.
Além disso, durante essas novas expedições, a NASA pretende leva duas mulheres, sendo uma não branca, à Lua pela primeira vez.
Ansioso para as futuras missões espaciais? Nos conte nos comentários quais as expectativas para os próximos voos da Ártemis.
Veja mais
O que podemos esperar da Inteligência Artificial em 2023?
FONTES: NASA, Neo, e The Atlantic
Talvez seja a primeira teoria negocionista que fez sucesso a de que foi tudo armação de hollywood
Foi tudo estrategia de ganhar a guerra OBVIO
Contexto político dessa “guerra” espacial foi muito interessante, infelizmente muitas vezes a evolução vem graças a guerras
Corrida pra ver quem é mais inteligente e rapido
Eu acho surreal como o ser humano já visitou o espaço e mesmo assim sabemos muito pouco dos nossos arredores do universo
ja foram o espaço e tem gente sem agua e comida no mundo todo ☝🏼☝🏼
Infelizmente só esse feito só foi realizado por conta de uma guerra
EUA sempre com a habilidade de sair como herói. Até mesmo quando perde as disputas (no caso, a corrida espacial)
A lucidez de um comentário. Estados Unidos e sua persistente mania de achar que o mundo gira ao seu redor.
Eles fingem q vão a lua e a gente finge q acredita.
Como entraram na lua se lá não tem porta?
ainda não acredito que realmente tenha acontecido, mas…. quem sou eu pra falar né.
Repetirei o feito no meu Kerbal Space Program
Louco demais pensar no quanto a tecnologia evoluiu a ponto de irmos ao espaço…
Por mais que tenha sido um pequeno passo para o homem e um grande salto para a humanidade, acho que a galera não curtiu muito o passeio, porque nunca mais voltaram….
Sim, quando “o homem foi pra lua” 🤣🤣🤣
Não julgo quem acredita e muito menos quem não acredita, mas EU tenho minhas duvidas se realmente o homem foi a lua
E pensar que isso foi tudo por causa da guerra fria