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A empresa do Elon Musk quer distribuir internet aos seus usuários no mundo inteiro, com uma estratégia muito comum entre operadoras telefônicas A novidade é que Starlink lança agora uma conexão de internet com um novo equipamento, que torna possível essa conectividade para várias regiões, por meio do roaming.
O que pode atrapalhar os planos para conseguir fazer o novo serviço ser popular são os custos e de onde os usuários vão utilizar a conexão. Veja mais a seguir porque essas dificuldades podem ser uma pedra no sapato nos planos da empresa.
Afinal, o que é roaming?
Quando você se viaja de uma cidade a outra, geralmente, acontece o velho problema de faltar o sinal da sua operadora. Acontece que o roaming é justamente a solução para isso: uma linha de conexão é ativada fora da área onde existe cobertura para o sinal que você utiliza. Essa funcionalidade é usada quando a operadora não tem sinal onde você está, permitindo que consiga ter uma conexão a partir de uma outra rede.
Outro ponto para saber mais essa tecnologia de remanejamento de sinais tem a ver com o acordo de operadoras com outras empresas. Para conferir se há alguma compatibilidade, a rede da pessoa que procura o sinal do roaming envia um código internacional, chamado de IMSI, sigla para International Mobile Subscriber Identity (Identidade do Usuário de Rede Móvel Internacional, em tradução livre). Essa informação confirma que a pessoa é realmente usuária da linha e, partir disso, pode ser concedido o sinal à rede parceira.
No Brasil, não existe cobrança por roaming a nível nacional. Se você estiver em um outro país e tiver que recorrer ao IMSI, a coisa pode ficar bem mais cara nesse revezamento de sinal, com valores podendo ultrapassar a casa dos mil reais — para chegar nesse montante, basta ficar conectado por 30 minutos no Japão, utilizando os dados móveis de alguma grande operadora brasileira.
Quais são os custos envolvidos nos planos da Starlink?
Anteriormente custando US$ 150 (valor próximo de R$ 780,00 cotação atual da moeda), o plano mais barato atual de US$ 200, cerca de mil reais, cobre o sinal de internet para dispositivos móveis, caso você seja assinante dos serviços da Starlink e viva numa região onde não existe conexão. O valor modificado vem para mitigar essa situação de lugares sem internet, com o plano Starlink Roam, que substitui o anterior Starlink for RV.
Porém, tem um custo a mais: os usuários que optam por esse serviço mais básico vão ter que custear também o hardware, que você vê na imagem a seguir. Os satélites que transmitem o sinal estão com valores a partir de US$ 599,00, o que fica próximo de R$ 3.131,00, sendo que os assinantes pagam uma vez para ter o sinal do equipamento.
Os planos da Starlink também oferecem um serviço para as pessoas que procuram ter o serviço de conexão em um veículo. Se você está em movimento e deseja ter à disposição o sinal do roaming da companhia, o preço sobe para US$ 2.500, o que dá mais de 13 mil reais. Ainda, otarlink valor exorbitante vem acompanhado de uma exigência: você deve estar no mesmo continente onde está o endereço de onde você utiliza o serviço.
Como contratar os planos no Brasil?
Se você deseja ter os serviços da Starlink por aqui mesmo, vai ter que custear o hardware por um preço que começa em 2 mil reais. Aliado a esse custo, vem também a cobrança pelo sinal de internet: R$ 230. Em uma simulação de contratação feita pela nossa equipe, o valor final fica acima de 3 mil reais, considerando o custo para o interior de São Paulo.
O site oficial da Starlink já conta com uma interface em português para receber pedidos de brasileiros que queiram contratar os serviços de conexão da empresa. Quanto à instalação, o próprio comprador deve ser responsável por esse procedimento. Mas o que pode ser um alívio para os leigos em tecnologia e antenas é que a empresa tem um app que pode facilitar encontrar o melhor canto para colocar a antena.
Como a localização interfere no roaming da Starlink
O plano principal do novo serviço da Starklink é alcançar uma conexão via satélite, mesmo em áreas onde esse sinal não está disponível. No caso da empresa do empresário Elon Musk, a conectividade tem uma série de regras.
Além da questão do endereço de assinatura, há também a questão do uso da rede em um país estrangeiro: as pessoas que assinam o serviço da empresa e estão viajando pelo mundo podem receber uma solicitação de mudança de endereço para continuar usando o roaming. Assim, elas vão dispor de um serviço de internet global, como a empresa promete.
A empresa que fez o anúncio do serviço de hiperconexão atenta que o roaming vai alcançar lugares que não tenham muito sinal ou que, simplesmente, não possuam nenhuma conectividade. Assim, a Starlink pretende oferecer dois tipos de serviço para atender os seus clientes, com diferentes planos e características de rede distintas. Enquanto a categoria Flat High Perfomance Starlink coloca à disposição uma conexão de baixa latência e alta velocidade, a outra, de nome Standard Starlink, é voltada para uso portátil, sendo possível aproveitá-la em qualquer local em que haja sinal da companhia do Musk.
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Fonte: Yahoo News | XDA Developers | Benzinga | Notebook Check
Revisado por Glauco Vital em 16/03/23.
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