Mark Cerny, arquiteto-chefe por trás do PlayStation 4, revelou nesta terça-feira (16), em entrevista ao portal Wired na sede da Sony, Califórnia (EUA), detalhes sobre o vindouro PlayStation 5. Segundo o executivo, o novo console da Sony terá suporte a gráficos 8K, ray tracing, retrocompatibilidade com jogos de versão anterior e a substituição do disco rígido por um SSD, que promete a jogabilidade ainda mais rápida.
Primeiras revelações do PlayStation 5
De acordo com Cerny, vários estúdios têm trabalhado em conjunto, e a Sony acelerou recentemente a implantação de devkits para que os criadores de jogos tenham o tempo necessário para ajustar mudanças. Com isso, os testes devem ser feitos ao longo de 2019 e o lançamento deve ocorrer somente em 2020.
O que já foi revelado sobre essa próxima geração é que a CPU e a GPU vão ficar ainda melhores, capazes de fornecer fidelidade gráfica e efeitos visuais anteriormente inatingíveis. Outro detalhe está relacionado à memória do sistema, que aumenta em tamanho e velocidade já que os arquivos de jogos necessitam cada vez mais espaço para downloads, além de mídias com maior capacidade.
Configurações potentes
Sobre as configurações, o console tem um chip AMD, baseado na terceira geração da linha Ryzen da empresa com contém oito núcleos da nova microarquitetura Zenn de 7nm. O resultado de todas essas melhorias de hardware é um console com suporte a gráficos 8K.
A GPU, uma variante personalizada da família Navi da Radeon, suportará ray tracing, uma técnica que simula interações complexas em ambientes 3D, inclusive áudio, e que ainda não foi gerenciável por nenhum outro console.
“Se você quisesse executar testes para ver se o jogador pode ouvir certas fontes de áudio ou se os inimigos podem ouvir os passos dos jogadores, o ray tracing é útil para isso”.
Mark Cerny, arquiteto-chefe por trás do PlayStation 4
Com isso, segundo Cerny, a imersão do jogador que será muito melhor, com sons vindos de várias direções, de cima, de trás e dos lados. Embora o efeito não exija nenhum hardware externo, ele funcionará por meio dos alto-falantes da TV e do som surround.
A outra grande mudança que vem para o PlayStation 5 é a substituição do disco rígido por um SSD, que a Sony promete melhorar o tempo de carregamento e jogabilidade. Para provar o poder de SDD no novo console, o executivo fez um pequeno teste rodando o game Spider-man, exclusivo para a plataforma de 2018, em um PS4 Pro. O modelo levou 15 segundos para iniciar. Um outro teste foi feito em outra máquina, provavelmente com as configurações do novo console, com o mesmo jogo, e levou a metade do tempo de inicialização do PS4 Pro (0.8 segundos).
Em outro exemplo, ele explicou que as telas de carregamento podem durar minutos enquanto o jogo extrai o que precisa do disco rígido. O mesmo vale para quando os personagens transitam entre pontos distantes dentro de um jogo. Até mesmo abrir uma porta pode demorar mais de um minuto, dependendo do que está do outro lado e de quanto mais dados o jogo precisa carregar. E isso vai melhorar e muito com a unidade SSD.
Ainda, Cerny menciona que tanto o PlayStation 4 como o PlayStation 5 são baseados parcialmente na mesma arquitetura, e isso significa que o vindouro console terá retrocompatibilidade com games da geração passada.
Cerny deixou claro que o console não deve chegar a qualquer momento em 2019 e que principalmente não é apenas uma atualização do PS4. O executivo atuou como arquiteto-líder na quarta geração do console, integrando os anseios dos desenvolvedores e suas expectativas de jogos. Para os mais de 90 milhões de pessoas que possuem PS4, isso é uma boa notícia.
“A questão-chave é se o console adiciona outra camada aos tipos de experiências que você já tem acesso, ou se permite mudanças fundamentais no que um jogo pode ser”.
Mark Cerny, “arquiteto chefe” por trás do PlayStation 4
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