Quando a Foxconn anunciou seus planos para o Brasil em 2011/2012, chegou a ser dito que 100 mil empregos seriam gerados em um investimento de R$ 1 bilhão. À época, o plano foi anunciado com estardalhaço por autoridades governamentais que chegaram a indicar um ponto de inflexão na indústria de eletrônicos no país.
De fato foram instalados dois galpões industriais no interior de São Paulo, em Jundiaí. O primeiro ficou pronto em 2011, para montagem de iPhones. O segundo foi concluído no ano seguinte para receber uma linha de iPads.
No entanto, segundo relatado pela revista IstoÉ Dinheiro, a Foxconn Brasil se prepara para fechar as linhas de produção no país após dificuldades na economia e uma série de fatores ligados A problemas com o “estilo de gestão asiática” e baixa produtividade.
Fechamento da linha de produção de iPads
A linha de produção do iPad já teria sido desativada. A produção voltou a ser concentrada na Ásia e coincide com recentes notícias sobre a instalação de novas unidades industriais da Foxconn na Índia. Conforme apurado pela revista, funcionários da Foxconn no Brasil já trabalham na desmontagem, realocação e venda dos equipamentos da fábrica.
Dos dois galpões usados pela empresa em Jundiaí, o que era utilizado para produção de iPads já estaria esvaziado. O segundo, que abriga a produção de iPhones, deve seguir o mesmo caminho, com a linha de produção sendo desmontada e desativada em breve.
Ainda conforme a revista, é comentado nos bastidores que a linha dura do presidente dos EUA, Donald Trump, em exigir a produção local de produtos com marcas norte- americanas, teria influenciado nas decisões dos gestores Taiwaneses.
Tudo indica que o país saiu do radar de investimentos estratégicos da Foxconn. Nos últimos meses a empresa tem se dedicado ativamente para incorporar a unidade de semicondutores da Toshiba em conjunto com outros sócios, além de priorizar a produção nos países asiáticos.
Apesar de a produção local de produtos da Apple não ter significado uma mudança de fato para os usuários brasileiros, haja visto os preços praticados terem continuado os mesmos, é um fim melancólico para um projeto que fora anunciado como fundamental para a indústria local de eletrônicos.
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