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O Twitter e o Instagram já não são mais os únicos serviços online que utilizam marcas de seleção azuis. O Google adotou um ícone de verificação semelhante para ser utilizado por marcas no Gmail, representando um passo importante para a segurança e autenticidade dos e-mails.
A importância do selo azul de verificação
Na última quarta-feira (3), o blog do Google divulgou uma postagem que destacou a importância do selo azul de verificação (blue ribbon) para garantir a autenticidade dos e-mails enviados. Conforme a publicação, essa autenticação é fundamental para ajudar usuários e sistemas de segurança a identificar e bloquear o spam, além de permitir que remetentes aproveitem a confiança de sua marca.
Em 2021, o Google introduziu o protocolo “Brand Indicators for Message Identification (BIMI) (indicadores de marca para identificação de mensagens, em tradução livre)” que mostra o logotipo validado de uma marca no slot de avatar de cada e-mail enviado, em troca da adoção de autenticação forte. Com isso, o Gmail aumentou a confiança dos usuários em relação aos e-mails recebidos e diminuiu a quantidade de spam e mensagens fraudulentas.
Agora, o Google está ampliando essa iniciativa, adicionando o ícone do selo azul ao lado do nome da marca nos e-mails. Essa medida planeja aumentar ainda mais a confiança dos usuários no remetente e tornar a experiência do e-mail mais segura e confiável para todos.
Ao adotar o selo azul de verificação, que acontece automaticamente para quem já utiliza o protocolo BIMI na plataforma do Google Workspace, os remetentes conseguem aumentar a confiança nas fontes de e-mail. Além disso, a autenticação também contribui para o fortalecimento da marca, uma vez que os usuários passam a associá-la a um selo de segurança e confiabilidade.
Tutorial para uso do protocolo BIMI
O BIMI é um novo padrão de e-mail em constante evolução e passando por atualizações. O processo de configuração do BIMI podem exigir conhecimentos técnicos avançados. Caso você não seja um administrador de TI ou não possua experiência em e-mails, recomendamos considerar a utilização de um serviço de terceiros para configurar o BIMI na sua organização.
Para se cadastrar no BIMI (Brand Indicators for Message Identification) do Google, siga as seguintes etapas citadas em sua página de suporte:
- Acessar as informações de login do seu provedor de domínio: o BIMI é ativado no seu provedor de domínio, e não no Google admin Console, você precisará das informações de login do provedor de domínio. Se você precisar de ajuda para identificar seu provedor de domínio, acesse Identificar seu host de domínio;
- Registrar o logotipo da sua marca como uma marca registrada: o BIMI utiliza certificados de marca verificada (VMC) para verificar a propriedade do logotipo da marca. Pesquise o logotipo da sua organização no site da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (WIPO) para descobrir se ele está listado como uma marca registrada ativa. Após verificar se seu logotipo é uma marca registrada, entre em contato com a autoridade de certificação (CA) DigiCert ou Entrust para solicitar um VMC;
- Entender os registros TXT do DNS: Para configurar o BIMI no seu domínio, é necessário adicionar um registro (TXT) de texto DNS no console de gerenciamento do provedor de domínio. Os registros TXT são utilizados para fornecer informações sobre o seu domínio para servidores e outras origens externas. Para obter mais detalhes sobre como adicionar registros TXT, consulte as informações específicas sobre registros TXT;
- Configurar o DMARC para o BIMI: A Autenticação, Relatório e Conformidade de Mensagens Baseadas em Domínio (DMARC) é uma proteção contra fraude que confirma os registros SPF (Estrutura de Política de Remetentes) e DKIM (Correio Identificado por DomainKeys), e determina como os e-mails desalinhados devem ser tratados. Para informações detalhadas de como preencher os valores de registro e criação de sua política do DMARC, consulte aqui;
- Criar e fazer o upload do arquivo de marca no formato SVG: O logotipo da sua marca precisa ser um arquivo Scalable Vector Graphics (SVG) que você carrega no servidor público do seu domínio. Para mais detalhes, consulte as diretrizes do Google;
Saiba quais outras plataformas utilizam o selo de verificação
O selo azul de verificação já se tornou comum em diversas plataformas, sendo o Gmail um dos serviços mais recentes a adotá-lo. No entanto, o Twitter foi uma das primeiras redes sociais a utilizá-lo, com o lançamento do Twitter Blue no Brasil em fevereiro. O Tinder também oferece a opção de verificar a conta, assim como TikTok, Pinterest e YouTube.
Além disso, o LinkedIn oferece um selo para autenticar o local de trabalho dos usuários, que pode ser utilizado por meio de um e-mail corporativo ou pelo Microsoft Entra. As plataformas da Meta, como o Facebook e o Instagram, também possuem formas de autenticar os perfis das pessoas.
Recentemente, Mark Zuckerberg anunciou que a Meta começará a oferecer um sistema chamado “Meta Verified“, semelhante ao Twitter Blue. Os preços variam entre US$ 11,99 (cerca de R$ 61) na versão web e US$ 14,99 (perto de R$ 78) na versão para Android e iOS.
Em resumo, a utilização do selo azul de autenticação se torna cada vez mais importante em um mundo digital onde a segurança e a credibilidade são primordiais. Ao adotar esse recurso, as plataformas e empresas demonstram o compromisso com a autenticidade das informações e dos usuários, tornando-se referências em confiança e transparência.
Além disso, a presença do selo de verificação ajuda os usuários a identificarem facilmente contas e mensagens legítimas, evitando assim a exposição a fraudes e golpes. Por essas razões, é recomendável que as empresas e usuários façam uso desse recurso para protegerem suas identidades e reputações online.
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Fonte: PCMag, The Verge, Google
Revisão do texto feita por: Pedro Bomfim (04/05/23)
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