Explosão de estrela, coronae borealis

Rara explosão de estrela poderá ser vista a olho nu em 2024

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A NASA anunciou neste domingo que a estrela distante Coronae Borealis vai explodir em breve, em um acontecimento único, em 2024. Veja como assistir

A grande notícia do campo da astronomia das últimas semanas foi o eclipse total solar, mas a NASA acabou de anunciar que haverá um acontecimento ainda mais espetacular que vai acontecer ainda este ano. Trata-se da explosão de estrela T Coronae Borealis, localizada a 3 mil anos-luz do nosso planeta! Saiba mais a seguir.

Entenda o fenômeno

Explosão de estrela, coronae borealis
No espaço, há muito, muito tempo, em uma galáxia não muito distante da nossa… (Imagem: NASA)

Previsto para acontecer até setembro deste ano,

A estrela-anã branca chamada T Coronae Bortalis, ou T CrB, está prestes a passar por um fenômeno único, previsto para acontecer até setembro deste ano: uma erupção de classe nova, que segundo os cientistas acontece a cada 80 anos. E o melhor: será possível vê-lo daqui da Terra!

A última vez que a explosão aconteceu foi em 1946, e a NASA acredita que sua magnitude será muito maior agora em 2024, tanto que mesmo muito longe de nosso planeta, a explosão poderá ser vista por nós, com um grau de brilho equivalente ao da Estrela do Norte, também conhecida como Polaris. A força da erupção será tão grande que por alguns dias, possivelmente uma semana ou mais, você poderá ver o acontecimento no céu sem o auxílio de lentes, e por ainda mais tempo através de um telescópio, a partir do momento em que o brilho do evento alcançar seu ponto mais alto.

A constelação Corona Borealis, também conhecida como a Coroa do Norte, é pequena, de formato semi-circular, e fica entre as constelações Bootes e Hércules. É importante frisar que o acontecimento que está prestes a ocorrer não é a única explosão de classe nova a acontecer na nossa galáxia; trata-se do quinto evento dessa magnitude. Isso porque a constelação possui tanto uma estrela-anã quanto um astro vermelho.

As estrelas, por estarem perto o suficiente do astro vermelho, se desestabilizam devido ao aumento de temperatura e pressão causados por essa proximidade. Com isso, elas começam a se desfazer de suas camadas externas, e os resquícios delas se depositam na superfície dessas estrelas. A partir daí, devido à atmosfera rarefeita da estrela-anã e o aumento de sua temperatura, ocorre uma reação termonuclear, a explosão que iremos ver daqui de nosso planeta e que permanecerá visível no céu por tanto tempo em um acontecimento único.

A NASA já sabia da existência da estrela antes do anúncio de sua explosão, já que a mesma aconteceu há praticamente 80 anos. A diferença é que esse acontecimento é bem difícil de prever, e ironicamente, não faz parte das mais de dez explosões do tipo que são conhecidas pelos cientistas da agência espacial estadunidense, chamadas por eles de “novas recorrentes””.

Por “nova recorrente” estamos falando de uma explosão que acontece periodicamente. No caso da T Coronae Borealis, ela é um exemplo perfeito desse acontecimento incrível.

William J. Cooke, Gerente do Programa de Meteoróides Ambientais da NASA

Com base em cálculos matemáticos, a NASA é capaz de ter um grau satisfatório de certeza que a explosão da estrela irá acontecer dentro de alguns meses. Essa conta é feita baseando-se no fato de que a última explosão aconteceu em 1946, o que coloca 2024 dentro da janela de tempo para o evento ocorrer novamente.

Mas também há outros sinais de que a T Coronae Borealis está para entrar em erupção: antes da nova, estrelas tendem a ficar menos brilhantes cerca de um ano antes da explosão, e isso vem ocorrendo com esta estrela desde março do ano passado. Sabendo disso, os cientistas estipularam que está prestes a passar pelo fenômeno de novo daqui a alguns meses. Graças a essa estabilidade de eventos, a nova explosão da T Coronae Borealis pode ser prevista com precisão.

Segundo Meredith MacGregor, professora-assistente especialista em atividades estelares que trabalha junto de William H. Miller III no Departamento de Física e Astronomia da Faculdade John Hopkins, há muitas outras explosões de classe nova acontecendo pelo espaço sideral, mas não é sabido se a vasta maioria delas virão a acontecer novamente. O espaço de tempo dentre explosões repetidas em classe nova podem variar exponencialmente, acontecendo dentro de um ano até milhões: é o que Richard Townsend, professor de astronomia da Univerdade de Wisconsin-Madison disse à BBC quando consultado.

Saiba como assistir à explosão da estrela T Coronae Borealis

Explosão de estrela, coronae borealis
Não seja pego desprevenido! Saiba como encontrar a constelação na hora de observar o fenômeno! (Imagem: NASA)

Pelo fato de ter uma magnitude maior que o normal em termos de brilho, a explosão da T Coronae Borialis deste ano será visível a olho nu para os habitantes da Terra, diz a NASA. Como já explicado anteriormente, o grau de visibilidade da estrela-anã será parecido com o de Polaris, uma estrela que faz parte dos pontinhos luminosos do céu que vêm fazendo a alegria dos curiosos e astrônomos há séculos.

Rara explosão de estrela poderá ser vista a olho nu em 2024. A nasa anunciou neste domingo que a estrela distante coronae borealis vai explodir em breve, em um acontecimento único, em 2024. Veja como assistir
Visível apenas no Hemisfério Norte, Corona Borealis fica entre as constelações Hércules e Bootes (Imagem: NASA)

Para assistir a este evento astronômico, é necessário estar no Hemisfério Norte. Quem quiser participar desse acontecimento único, basta olhar para o céu à noite durante a explosão da estrela e procurar pela Coroa do Norte — a constelação Corona Borealis — e será lá você encontrará o que os pesquisadores estão descrevendo como uma nova e brilhante estrela, “uma explosão magnífica”, como descrita pela agência espacial. A dica de ouro é procurar pelas constelações Hércules e Bootes, entre elas fica a que você vai querer observar!

Eu não sei você, mas já estou ansioso para vê-la!

Veja o vídeo

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Fontes: BBC, NASA (1) e (2)

Revisado por Glauco Vital em 15/4/24.


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