A internet das coisas ganhou uma grande aliada nessa semana. A Wi-Fi Alliance, associação de pesquisas sem fins lucrativos que inclui centenas de grandes empresas de tecnologia, anunciou um novo tipo tecnologia Wi-Fi, que estava em desenvolvimento há três anos.
Chamado de Wi-Fi Aware, a nova tecnologia permite que dispositivos se comuniquem diretamente desde que estejam próximos, sem depender de pacote de dados ou conexão com internet estabelecida. Na teoria, ele é bem parecido com as soluções de Bluetooth ou NFC, mas funciona de uma maneira bem mais otimizada.
A novidade leva em conta o perfil definido pelos usuários para transmitir e receber dados com os dispositivos ao redor. É possível selecionar quais tipos de informações e quais aplicativos estão autorizados a publicar e se inscrever para receber a conexão.
Os aplicativos são parte essencial do funcionamento da tecnologia e serão os responsáveis pelo envio de informações relevantes. Por exemplo, se você estiver próximo de uma loja que costuma interagir no Facebook, receberá uma notificação. Placas informativas pela cidade podem oferecer dados importantes, como uma rota no mapa. Museus podem utilizar a tecnologia para dar detalhes sobre uma obra. As possibilidades são infinitas.
Segundo Edgar Figueroa, presidente e CEO da Wi-Fi Alliance, os primeiros aplicativos compatíveis com o recurso serão lançados até o final do ano.
De acordo com a associação, o Wi-Fi Aware estará rodando em segundo plano constantemente, mas terá um ótimo desempenho quando se trata de consumo de energia, melhor do que o Wi-Fi tradicional. Mas a confirmação sobre esse fato deve depender de testes práticos, quando a tecnologia chegar aos nossos roteadores e smartphones.
Além da adaptação dos aplicativos, é necessário que o hardware também seja compatível. Os primeiros chips certificados com a tecnologia são:
- Broadcom BCM4358;
- Intel® Dual Band Wireless-AC 7260;
- Marvell Avastar 88W8897 802.11ac low power Wi-Fi combo chip;
- Realtek RTL8812AE 2×2 a/b/g/n/ac MiniCard;
Vai demorar alguns anos para tecnologia ter uma adoção massiva, mas o potencial para o avanço da internet das coisas é imenso.
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