Imagem mostra vídeo de divulgação de robo magnético

“Venom” da vida real: robô magnético pode ajudar médicos

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Com aparência similar ao personagem dos quadrinhos Venom, robô magnético pode ser usado na medicina e em lugares estreitos

Uma nova tecnologia que parece até brincadeira de primeiro de abril, mas não é, um robô magnético que parece o personagem Venom dos quadrinhos e filmes da Marvel foi revelado por um grupo de cientistas da Universidade Chinesa de Hong Kong é o assunto do momento no mundo da ciência.

A origem do “Robô Venom”

Publicado no dia 25 de março deste ano, no Advanced Functional Materials, uma revista de artigos científicos revisados por outros cientistas e publicada na Alemanha, o robô magnético foi criado por Li Zhang e um grupo de outros 8 cientistas da Universidade Chinesa de Hong Kong, uma das melhores universidades asiáticas. Com isso, o robô se trata de algo real e não de uma pegadinha, apesar da data em que isso se tornou público.

Do que o robô magnético é capaz?

Sendo capaz de se esticar, ser controlado remotamente através do seus ímãs para se movimentar, além de ser capaz de se “curar” ao juntar novamente pedaços caso seja cortado, a substância tem comportamentos viscoso elásticos, podendo se comportar às vezes como um sólido, ao interagir com um outro objeto e o transportar do lugar, e outras vezes mais próximos de um líquido, se adequando ao recipiente em que se encontra.

Feito de um polímero chamado álcool polivinílico, um mineral chamado bórax e partículas de ímã de neodímio, o “Robô Venom” tem uma consistência parecida com a mistura de água com amido de milho, segundo um dos cientistas. Isso significa que, quando tocado com força ou rapidamente, ele se torna sólido, porém quando tocado de forma devagar e leve, ele se torna líquido.

Entre os usos demonstrados no vídeo divulgado do robô, ele pode formar diferentes tipos de formatos quando assim desejado, como um “O” ou um “C”, assim como se esticar para se mover ou então pegar duas pontas de um fio e juntá-las em um movimento de puxar.

A imagem mostra o robô magnético recolhendo objetos fazendo um formato de c
O robô magnético recolhendo objetos fazendo um formato de C (Foto: Reprodução Zhang, L. et al)

Segundo os pesquisadores um dos exemplos do uso médico, ainda sem datas para ocorrer testes, é dentro do trato digestivo, para encapsular uma pilha engolida por uma criança, reduzindo os possíveis danos causados pelo vazamento de toxinas contidas dentro da pilha. Contudo, para um uso dentro do corpo humano ainda demandará muitas mudanças no próprio robô, porque ele mesmo é tóxico para pessoas.

Uma sugestão dada pelo pesquisador Li Zhang é que o robô seja coberto por uma camada de sílica, um dos principais componentes da areia, para criar uma camada protetora ao redor do objeto, cuja proteção dependeria de quanto tempo o robô ficaria dentro da pessoa em questão.

Em uma sugestão engraçada sobre possíveis futuras melhorias para o robô é usar tinta ou pigmentos para dar mais cor à criação, já que sua cor marrom escura e aspecto fez com que fosse chamado até mesmo de magnetic “turd” (“cocô” magnético, em tradução livre) na imprensa britânica.

Veja também:

Caso você se interesse por inovações tecnológicas e científicas, você pode se interessar sobre esse artigo sobre quantos e quais são os satélites em órbita da Terra ou então este sobre as principais tecnologias que podem brilhar em 2022!

Fontes: The Guardian, Engadget


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