Índice
Com um preço médio de R$ 3.299, o Xperia XZ1 chegou ao mercado brasileiro com uma série de títulos: além de ser o primeiro smartphone da Sony com design unibody, o modelo também é o primeiro do Brasil a rodar o Android Oreo e o primeiro do mundo a embarcar um scanner 3D em sua câmera*.
Mas será que tudo isso o deixa em dia com os concorrentes atuais? E o Xperia XZ Premium, é alguma ameaça ao mais novo aparelho da Sony? Durante as últimas quatro semanas em que usei o Xperia XZ1, tentei responder à estas e diversas outras questões.
Confira agora a análise completa do Xperia XZ1, a mais nova opção de alta performance no portfólio da Sony. Vamos lá?
Design
Com traseira em alumínio e um Gorilla Glass 5 na parte frontal, o Xperia XZ1 é, sobretudo, discreto. Diferentemente do irmão XZ Premium, que tem chanfrados e é bastante reflexivo, o XZ1 tem arremates mais sóbrios.
Na parte frontal do aparelho, além dum belíssimo display Full HD de 5,2 polegadas, é possível encontrar um LED para notificações, a câmera frontal de 13MP, o logotipo da Sony, o sensor de luz ambiente, o de proximidade e os dois alto-falantes frontais stereo.
Já na parte traseira do modelo, se localizam o logotipo da linha Xperia, a câmera MotionEye, o flash LED, o chip NFC, o sensor RGB para a câmera e, além disso, o laser para o foco automático. O interessante de se notar nesta traseira é que, exceto pela câmera, todos os sensores e componentes que citei ficam numa pequena parte de vidro, bem ‘espremidinhos’ no centro do aparelho.
A lateral direita comporta todos os botões do Xperia XZ1. Nela, é possível encontrar as teclas de volume, o botão de duas fases para câmera e o botão liga/desliga, que além de ser bastante ergonômico, já inclui o leitor de impressões digitais. O bacana desta localização do leitor é que o desbloqueio se torna imediato – você mal tira o aparelho do bolso e ele está desbloqueado.
Enquanto a lateral esquerda não comporta nada, a não ser a porta para os cartões SIM e microSD, os componentes como a porta para fones de ouvido, a entrada USB-C 3.1 e ambos os microfones, um principal e um auxiliar, se localizam na base e no topo do aparelho.
O que dizer sobre as bordas?
Embora o desenho que acabei de descrever já esteja um pouco datado, não há como negar que as linhas escolhidas pela Sony se tornaram sua identidade visual.
Em meio a tantos concorrentes parecidos entre si, com formatos arredondados, vidro invadindo as laterais e tudo mais, a linha Xperia continua original – com o seu design sendo distinguível de qualquer outro no mercado.
Isto também vale para as bordas: embora elas tornem o aparelho desnecessariamente grande, há de se convir que não há nenhum benefício prático em bordas finas – ainda mais se pensarmos que, para termos menos bordas, as fabricantes costumam fazer gambiarras como o ‘notch’ do iPhone X e o leitor biométrico traseiro do Galaxy S8.
Desta forma, a discussão sobre borda é estritamente pessoal. O que há de objetivo para se avaliar no Xperia XZ1 é que sua construção é sólida, possui proteção IP65/IP68 contra água e poeira, usa bons materiais e é agradável de se ter em mãos.
Tela
Esquecendo os pormenores da bateria e do design, o display é o que mais diferencia o Xperia XZ1 do Xperia XZ Premium: por aqui, a tela também é IPS e HDR, porém, além de ser menor, com 5,2 polegadas, tem resolução Full HD, em vez de 4K.
Apesar de parecer inferior ao painel ‘chique’ do XZ Premium, a tela do Xperia XZ1 até se sobressai em alguns pontos: devido a resolução menor, o display brilha mais, tem cores notavelmente mais vívidas e pretos mais profundos.
E assim como no modelo Premium, o painel utilizado aqui reproduz até 38% mais cores que os LCDs convencionais, sendo também compatível com o HDR10.
Esta última tecnologia, bastante popular nos modelos mais caros de 2017, promete exibir mais cor, brilho e contraste nas imagens: ao ver um vídeo HDR no YouTube, por exemplo, as cenas mais escuras não ficarão simplesmente ‘pretas’ – já as cenas mais claras, que normalmente explodem em branco, também não perderão seus níveis de detalhe.
É como se a tela fosse mais precisa ao determinar os tons que exibe; o que funciona muito bem no Xperia XZ1. No entanto, é preciso lembrar que o conteúdo assistido também precisa ser HDR. Hoje, serviços como o Netflix e o YouTube já suportam o padrão.
Por fim, outro truque interessante desta tela é o Assertive Display, que só entra em ação quando o aparelho é utilizado sob o sol. Esse recurso intensifica os tons mais claros da tela, o que facilita a visualização dos conteúdos.
Durante os primeiros dias vendo o recurso funcionar, até dá pra pensar que se trata duma falha na calibração de cores. Mas pode ficar tranquilo, não é nada disso.
Dentre os pontos que poderiam ser melhores neste display, eu destacaria a resolução: embora os 1080 pixels sejam suficientes para um uso confortável no dia-a-dia, não há como recomendar esta tela para o uso com VR.
Áudio
A experiência de áudio nos aparelhos dá Sony costuma ser muito positiva, mas no Xperia XZ1 ela está ainda melhor: graças a um novo amplificador, os alto-falantes que equipam a frente do aparelho estão mais altos que os do seu antecessor.
O aparelho utiliza o DAC padrão do Snapdragon 835, oferecendo um surround com poucas distorções, graves bastante pronunciáveis e um som muito, mas muito claro.
E na minha opinião, a melhor forma de se ouvir música com estes falantes é na posição paisagem (horizontal), pois a sensação de imersão no áudio fica ainda maior.
Infelizmente, os aparelhos de demonstração da Sony não acompanham fone de ouvido, mas tive a oportunidade de testar o aparelho com o NC31EM, o fone da linha Xperia com cancelamento de ruído.
Assim como nos alto-falantes, o som nos fones de ouvido é sensacional. Isto porque a Sony oferece uma série de customizações para o áudio; ajustes que envolvem equalizador, simulação de ambiente, áudio de alta-resolução e muito mais.
Até hoje, não encontrei outra fabricante que ofereça tantos ajustes nativamente.
O microfone também é cheio de ajustes, manuais e automáticos. Além das configurações para o cancelamento de ruído, a fabricante permite que você defina a sua sensibilidade, o que acaba sendo muito útil na hora de gravar vídeos e é difícil de encontrar noutros aparelhos.
Hardware e software
Contando com o Snapdragon 835, 4GB de RAM e 64GB de armazenamento UFS 2.1, o Xperia XZ1 executa o sistema com o pé nas costas. Mas como o hardware não é nada sem o software, falaremos de ambos por aqui.
Embora o aparelho esteja na média dos topos de linha atuais, oferecendo um conjunto equivalente aos aparelhos deste preço, o Xperia XZ1 é visivelmente mais ágil que concorrentes como o Galaxy S8.
Neste último mês com o aparelho da Sony, tive a chance de compará-lo constantemente com o rival coreano – e o Xperia XZ1, assim como o XZ Premium, sempre se saiu na frente no que diz respeito à performance.
Isto não significa, no entanto, que o Snapdragon 835 é mais capaz que o Exynos 8995 Octa, eles são bem parecidos, na verdade.
É que o software da Sony, além de ser mais leve e mais próximo ao Android ‘puro’, foi melhor otimizado – oferecendo uma experiência menos rica em funcionalidades, mas em compensação, mais ágil nas animações e na hora de abrir aplicativos.
E nem é preciso dizer que o aparelho roda qualquer aplicativo com facilidade. Junto à GPU Adreno 540, os oito núcleos do processador voam, seja em jogos, seja em apps. Ao todo, são quatro núcleos com frequência máxima de 2.3GHz, para maior performance, e mais quatro com até 1.9GHz, para os momentos de menor uso energético.
No que diz respeito aos outros componentes, o aparelho da Sony traz Wi-Fi a/b/g/n/ac de duas bandas; Bluetooth 5.0 de baixo consumo e com A2DP; GPS com A-GPS, GLONASS e BeiDou; armazenamento UFS 2.1 de alta velocidade; acelerômetro; giroscópio; barômetro; proximidade; bússula; leitor de impressões digitais e suporte a cartões microSD de até 256GB.
Assim como em todo Snapdragon 835, a conexão LTE é de categoria 16, de altíssima velocidade.
No Brasil, tanta velocidade não é exatamente uma necessidade, mas caso você passe umas férias no Japão ou na Coréia do Sul, por exemplo, dá pra atingir incríveis 1Gbps nas conexões LTE-Advanced.
Android novo, cara velha
Embora seja louvável o fato do Xperia XZ1 já contar com o Android Oreo, a Sony bem que podia ter aproveitado o novo sistema para estrear uma nova interface. O software da Sony, apesar de muito bem otimizado e cheio de funções interessantes, tem essencialmente a mesma cara desde 2015.
Não dá pra ficar tanto tempo fazendo apenas pequenos ajustes estéticos. Da versão Lollipop pra cá, a empresa alterou alguns ícones, mudou a interface da câmera e lançou novos temas, mas nenhuma alteração realmente mudou a interface.
E no Android 8.0, as únicas alterações visuais que pude notar foram as que o próprio Android trouxe, como a nova barra de navegação, a nova tela de configurações e as novas notificações.
Dentre os pontos positivos do software, dá pra se destacar a fluidez do sistema, a coerência na tipografia e nos ícones e a vasta quantidade de configurações para tudo que há no aparelho: a Sony oferece diversos ajustes de display, performance, áudio e câmera.
Em suma, apesar de o software não ser feio (ao meu ver), causa um certo déjà vu em quem usa aparelhos da marca há alguns anos – como é o caso deste que vos escreve.
Câmera
Chamada de MotionEye, a câmera do Xperia XZ1 é cheia de truques, mas se destaca por gravar vídeos em 960 quadros por segundo, um número quatro vezes maior que na maioria dos aparelhos concorrentes.
Porém, na prática, capturar vídeos em super slow-motion não é tão simples: além de ser necessário um ambiente bem iluminado, é preciso que você tenha dedos ágeis para apertar o obturador. Isto porque Xperia XZ1 só grava em câmera lenta por 0.18 segundos, transformando esse piscar de olhos em 5 segundos inteiros.
O resto do vídeo, por sua vez, é registrado em velocidade normal, com você tendo de apertar novamente o botão toda vez que quiser ‘parar o tempo’. Apesar de todas as dificuldades, o efeito é simplesmente incrível – além de inédito noutros smartphones.
Ainda no setor de filmagem, vale lembrar que o Xperia XZ1 grava vídeos com as seguintes configurações:
- Em 4K a 30 quadros por segundo;
- Em Full HD a 30 ou 60 quadros por segundo;
- Em HD a 120 ou 960 quadros por segundo
E apesar de não contar com estabilização ótica, o sistema Ativo Inteligente utiliza os sensores do aparelho, além da rápida RAM inserida na câmera, para ‘prever’ os movimentos do aparelho e do objeto gravado.
Desta forma, além das gravações ficarem livres dos tremidos, o foco é ajustado muito rapidamente.
A vasta quantidade de componentes fotográficos ainda permite ao aparelho ser uma fera nas capturas: o aparelho conta com pixels 1.22 microns; um sensor de 1/2.3″; abertura de diafragma f/2.0; lentes de 25mm; foco PDAF e a laser; sensor RGB para calibração de cores e o já citado chip DRAM que dá a essa câmera capacidades incríveis.
Em cenários bem iluminados, o aparelho da Sony tira boas fotos até mesmo no modo automático (Superior Auto), que é o ponto fraco de toda câmera da empresa.
Neste tipo de ambientação, o aparelho costuma acertar muito bem nas cores e no contraste, oferecendo imagens que mantêm o nível de detalhe até mesmo em cores como o vermelho, ainda mais com o HDR ativado.
Já em ambientes internos a coisa fica um tanto mais difícil: a câmera da Sony é muito poderosa no modo manual, oferecendo ajustes precisos e que, nas mãos de quem conhece o básico de fotografia, consegue produzir lindas imagens. No modo automático, no entanto, as imagens em ambientes noturnos ficam com mais ruído, já que o aparelho eleva o ISO excessivamente.
De um modo geral, é possível tirar fotos belíssimas com o Xperia XZ1. Apesar de possuir um modo automático fraco, bem inferior ao dos concorrentes, como o iPhone 7 e o Galaxy S8, a parte manual desta câmera é muitíssimo poderosa, contando com diversos sensores que, se bem utilizados pelo usuário, não farão feio em nenhuma situação.
O aparelho conta com ajustes de velocidade do obturador; ISO; foco manual; estabilização; HDR; HDR video; resolução e proporção de imagem; correção para a distorção das fotos; exposição; balanço de branco e até mesmo efeitos de realidade aumentada.
No que diz respeito às selfies, a câmera do modelo poderia ser melhor. Apesar de ter um ótimo conjunto de especificações, o processamento fotográfico é pesado demais, deixando as imagens com menor definição na intenção de corrigir a cor e a luz do ambiente.
Esse efeito fica ainda mais perceptível mais se falarmos das técnicas de embelezamento da câmera, que assim como noutros aparelhos, borram a pele a fim de disfarçar imperfeições (espinhas e manchas). Na prática, nada disso deixa você mais bonito, apenas mais ‘borrado’.
Em cenas bem iluminadas (sob a luz do sol), o efeito desaparece e os 13 megapixels do sensor frontal fazem toda a sua glória.
3D Creator
Além da super câmera-lenta, outro destaque do Xperia XZ1 e sua câmeras é o 3D Creator, que te permite capturar rostos, cabeças e objetos tridimensionalmente.
Nos vídeos que demonstram o recurso, as capturas parecem ser bem detalhadas e fáceis de fazer, porém, nas três semanas em que estive com o modelo, tentei diversas vezes realizar a captura 3D – todas falharam.
Isto porque, como o aparelho utiliza as variações da luz para determinar a profundidade da imagem, é necessário ter uma fonte de luz bastante uniforme sobre o objeto – algo que, segundo o XZ1, eu não consegui em nenhuma das minhas tentativas.
Tentei tirar fotos sob a luz solar, em ambientes internos e bem iluminados, com iluminação esparsa, com iluminação logo acima do objeto capturado… em todos os casos, o aparelho alegou que a luz utilizada não era uniforme, portanto, a medição para a captura 3D sairia imprecisa.
Utilizando como base os vídeos que vi sobre o recurso e as imagens de exemplo, que vem pré-registradas no modelo, dá pra se dizer que sim, a captura 3D é bem detalhada, além de permitir que você imprima o que foi capturado ou, se preferir, utilize os modelos 3D da sua cabeça ou rosto em aplicativos de realidade virtual.
O grande problema é que, na prática, pode ser que você dificilmente consiga utilizar o recurso. Como foi o meu caso.
Bateria
Quem vê os 2700mAh do Xperia XZ1 desconfia que ele aguenta um dia inteiro de fotos, jogos e navegação, mas ele não se saiu mal em nossos testes: em dias de uso intenso com o aparelho no 4G, foi possível tirá-lo da tomada às 07h da manhã e, por volta das 05h da tarde, ter o aparelho com, aproximadamente, 20% de bateria.
Durante os testes, o aparelho suportou 5 horas (e 20 minutos) de exibição ininterruptas de um vídeo Full HD no YouTube, utilizando o brilho máximo da tela e a conexão Wi-Fi.
Embora não sejam números nada espetaculares, a média está em dia com outros topos de linha do mercado, que também possuem uma autonomia meramente satisfatória. Em comparação com o XZ Premium, no entanto, os 800mAh a menos fazem falta.
Já na hora de voltar pra tomada, são necessárias 2h30 de carga para sair os 0 aos 100%, o que está na média dos outros aparelhos.
Custo-benefício e considerações finais
O Xperia XZ1 chegou ao Brasil custando R$ 3.799. Em pouco menos de dois meses, esse valor já caiu mais de R$ 500, o que torna o aparelho uma boa opção para se ficar de olho, ainda mais com a Black Friday e as vendas de fim de ano chegando.
Assim como os demais aparelhos da marca, o Xperia XZ1 é pra quem gosta de bom acabamento, atualizações de software constantes e bem otimizadas, uma ótima experiência de áudio e vídeo e, no caso dos topos de linha, uma performance sem comprometimentos.
Sendo assim, o leitor precisa pesar o que é mais importante para si: uma experiência de uso confiável, com garantia de um suporte duradouro e de atualizações mais rápidas ou, por outro lado, um design mais ousado, com bordas mais finas e que atraia mais olhares.
Desta forma, diria que não, as bordas e o design não tornam o XZ1 uma opção desconsiderável, já que ele sobressai os concorrentes em aspectos importantes como atualização de software e performance.
O grande problema deste modelo, na verdade, mora em casa: o Xperia XZ Premium, também da Sony, oferece a mesma experiência por um preço menor, além de ter um design mais envolvente e bateria de sobra.
Confira as especificações técnicas do Xperia XZ1
SIM | single-SIM |
---|---|
Tela | 5,2″ IPS, sRGB (138%) e HDR-10 |
CPU e GPU | Snapdragon 835, quad-core (freq. máx 2.4Ghz)
GPU Adreno 540 |
SO | Android 7.1.1 Nougat |
RAM | 4GB |
Armazenamento | 64GB UFS 2.1 |
Resolução da Tela | Full HD (1080p) |
Câmera | 19 MP com abertura f/2.0; flash LED único
EIS, sensor RGB, foco preditivo, gravação em 4K Super-slow-motion, PDAF e foco à laser Sensor de 1/2.3″ Captura 3D |
Câmera Frontal | 13 MP com abertura f/2.0, gravação em Full HD |
Conectividade | Wi-Fi 802.11 A/B/G/N e AC, dual-band (5GHz) e DLNA
Bluetooth 5.0, A2DP, aptX, LE NFC |
GPS | GPS, A-GPS, GLONASS, BDS e GALILEO |
Cartão Memória | MicroSD até 256GB (slot dedicado) |
Áudio | Alto-falantes frontais stereo
Cancelamento digital de ruído Surround 3D |
Portas | USB Tipo-C 3.1; P2 (3.5mm) para fones de ouvido |
Bateria | 2700mAh |
Rádio | Não |
Garantia | 12 meses |
Peso do Produto | 156g |
Dimensões | 148 x 73 x 7.4mm |
Cores | Preto, Azul, Cinzento e Rosa |
4G | LTE Cat16 de até 1 Gbps |
Proteção da Tela | Gorila Glass 5 e cobertura oleofóbica |
Descubra mais sobre Showmetech
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.