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Alta definição (em inglês, High Definition – HD) é um termo que já faz parte do nosso dia-a-dia há algum tempo. Porém, até então relacionávamos com qualidade da tela, seja de smartphones, tablets, PC’s e TV’s. Enfim, a “moda” agora são equipamentos com alta definição de áudio, os chamados hi-res (hi-resolution, ou alta resolução).
A Sony, considerada uma das melhores fabricantes de fones de ouvido do mundo, lançou recentemente um headphone wireless com suporte a áudio de alta resolução, o MDR-10RBT.
Será que vale a pena ter fones hi-res? O Showmetech recebeu uma unidade do MDR-10RBT para teste e dá o veredicto neste review.
Design e Acabamento
A minha reação ao abrir a caixa de um gadget que vou testar é sempre a primeira coisa que descrevo ao escrever a resenha. No caso do Sony MDR-10RBT, de cara vi que era um headphone muito bonito e leve. Pesando 210g (sem o cabo), o fone tem aparência premium (descobri que ele é mediano apenas depois de pesquisar especificações e posicionamento no mercado). Ele combina as cores preto, prata e vermelho perfeitamente em um design muito sofisticado. Sua haste e espumas são cobertas por couro preto, deixando com um ar de confortável.
Seus fones giram, o que facilita na hora de guardar ou transportar, podendo também ser usado por DJ’s. No fone do lado esquerdo existe o botão de Power (liga/desliga), botão de reset (para resetar os pareamentos bluetooth armazenados), entrada micro-usb, utilizada para carregar a bateria, entrada Jack 3.5 e um led indicativo, que pisca nas cores vermelho e azul. Obrigado, Sony, por pensar nos daltônicos.
Já no fone direito, encontramos o botão de volume e o botão de play/pause/próxima música/música anterior/atender chamadas. Este último é um botão frágil e que me irritou em alguns momentos, pois só de esbarrar já mudava ou pausava a música. E isso aconteceu algumas vezes até me acostumar com a posição do botão de volume.
O cabo que conecta o fone ao equipamento (iPod, smartphone, PC, etc) é o calcanhar de Aquiles deste headphone. Além de aparentar fragilidade, ele é feio e destoa da sofisticação do MDR-10RBT.
Acompanhando o Sony MDR-10RBT na caixa, há o cabo com pinos jack 3.5, uma bolsa de armazenamento para transporte, um manual, que é essencial e cabo micro-usb para carregá-lo, o mesmo cabo utilizado para transferir dados de smartphone e tablets Android.
Conforto
Como comentei acima, o Sony MDR-10RBT tem um ar de confortável. Porém ele não apenas aparenta ser agradável de usar. Ele realmente é. Dá para passar várias horas com ele e não se incomodar com seu peso. Aliás, sabe aqueles 210g? Parecem 10. Não senti desconforto nem quando usei o fone com óculos.
Dois pontos que acho importante em se observar em um headphone são se é fácil movimentar a cabeça quando se está utilizando e se o descanso no pescoço é agradável. O Sony MDR-10RBT passou nos dois testes.
Conectividade
O Sony MDR-10RBT possui conexão bluetooth 3.0 e NFC. Testei o NFC com meu Xperia ZQ, um Galaxy S4 e Nexus 7 e funcionou perfeitamente em todos os aparelhos. A conexão via bluetooth também funcionou nos gadgets acima e testei ainda em um iPod touch (última geração), um iPhone 5 e com o PC. Somente no PC não consegui conectar, mas acredito que seja um problema entre a cadeira e o PC.
Confesso, no entanto, que a conexão via bluetooth não foi instantânea. A intuição manda pressionar e segurar o botão de power, mas isso deveria ser feito com o fone desligado. Tive que usar o manual para descobrir. Porém, as instruções não são claras ao dizer que para que o headphone seja encontrado pelo dispositivo, deve-se soltar o botão. Parece bobo, mas gastei uns 15 minutos para descobrir como funcionava. Mas passada a dificuldade inicial, as outras tentativas foram tranquilas.
É possível utilizar o MDR-10RBT em chamadas de voz estando ele conectado tanto via bluetooth quanto via cabo. Nos dois casos os teste foram satisfatórios.
Qualidade de som
Durante praticamente todo o teste, usei o fone sem o cabo e estava incomodado, pois apesar da qualidade do som ser boa, não era excelente. Um belo dia, resolvi ler a caixa e vi que o som de alta qualidade era suportado somente com o uso do cabo. Óbvio, analisando friamente.
Usando o cabo, a experiência mudou completamente. Pude, enfim, entender o que a Sony considera como hi-res. A sensação é indescritível.
O MDR-10RBT trabalha na faixa de frequência (quanto maior o intervalo melhor) 5 Hz a 40 kHz (cabo) e 20 Hz a 20 kHz (bluetooth). Apesar do ouvido humano escutar apenas a faixa entre 20 Hz e 20 kHz, a diferença entre o som do fone com e sem cabo é facilmente notável. Comparando com o MDR-XB920 (veja aqui o review), cuja faixa de operação vai de 3 Hz a 28 kHz, é possível perceber que a qualidade do MDR-10RBT com cabo é melhor.
Formado por fones medianos de 40mm de Neodymium, com potência de 1000 mW e sensibilidade 100 dBm (quanto maior melhor), o MDR-10RBT não é tão alto ao compararmos com o MDR-XB920 (potência de 3000 mW e sensibilidade 106 dBm). Porém o volume máximo do MDR-10RBT é agradável ao ouvido e não sofre distorções.
O MDR-10RBT não possui cancelamento de ruído, mas ainda assim consegui andar na rua tranquilamente sem ouvir nada ao meu redor, somente sons mais agudos como de motos. Para isso, tive que andar com o volume no máximo (Não faça isso em casa. Pode prejudicar sua audição).
Experiência
A experiência com o MDR-10RBT foi extremamente agradável, principalmente utilizando o cabo. Poder ouvir sons com qualidade acima do comum em um fone confortável com um design premium é o que todo audiófilo deseja.
No entanto, ao conectar o cabo, o headphone perde uma das suas principais características, a liberdade. Além disso, os controles no fone só funcionam quando ele está conectado via bluetooth, o que me frustrou ao descobrir.
Preço e Disponibilidade
O MDR-10RBT tem preço sugerido de R$ 999,00. Segundo o press release enviado pela assessoria da Sony, estaria disponível a partir de abril, mas não encontrei em nenhuma loja do varejo e nem no site oficial da fabricante.
Conclusão
O MDR-10RBT é uma excelente opção de headphone se você está disposto a investir nesse tipo de gadget. Porém, pelo preço cobrado, é possível que se encontrem opções com melhores especificações.
Ainda assim, a experiência de alta resolução de áudio é impressionante e quem gosta mesmo de qualidade sonora deve, sem dúvida alguma, experimentar para ver que o que escutamos hoje é uma “farsa”.
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