No final de março, a Samsung relevou os novos lançamentos da linha M da empresa, vendida exclusivamente nos canais on-line, entre eles o Galaxy M55. Apresentando características bastante interessantes que elevam sua categoria, o M55 chega como um dos melhores aparelhos intermediários da Samsung — e, consequentemente, com um valor maior comparado aos modelos passados.
Com seu armazenamento único de 256 GB, combinados com 8GB de memória, e câmeras que conseguem gravar vídeos em até 4K, tanto em selfie quanto nas traseiras, o Showmetech recebeu o novo celular da Samsung na cor azul-escuro para testes e traz a você um review do Galaxy M55 completo com suas funções, desempenho e estrutura. Pois, afinal, o Galaxy M55 é bom? Atende suas necessidades?
Design
Começando já por essa análise, o Galaxy M55 é um aparelho bastante leve. Pesando 180g, é um valor consideravelmente menor da família M — inferior ao seu “antecessor” M54, com 200g, e com seu irmão de divulgação M15, que já tem um peso de 210g — e até dos demais celulares da empresa — como o A55, que pesa 213g.
Sua leveza, unida com a finura do celular, proporciona que usuários com mãos pequenas consigam usufruir de toda a tela do M55 apenas utilizando uma mão e podendo facilmente ser estabilizada na palma, mesmo sendo lisa. Porém, com sua composição de plástico nas laterais e na capa, é um alvo fácil para quedas no chão pela sua aparente fragilidade. Nada que uma capinha de celular não garanta essa proteção. Pelo tipo de material utilizado, também é comum muitas marcas de dedos tanto na tela quanto na capa do Galaxy M55, mesmo com suas cores encobrindo algumas digitais, não todas.
Em suas laterais, como de praxe, o lado esquerdo apresenta o berço dual-chip para dois chips Dual-SIM ou chip e cartão de memória MicroSD; e o lado direito apresenta os 2 famigerados botões de bloqueio de tela/ligação do telefone e de aumentar e diminuir volume, com reconhecimento de impressão digital. Os botões do lado direito estão maiores, simplificando seus acionamentos.
Na parte inferior, a saída de som Dolby Atmos — uma novidade da linha –, uma porta para carregamento do celular em formato USB-C 2.0 e o microfone anti-ruído fecham a composição. Na parte superior, por último, outro microfone.
Aqui, já vemos a ausência da porta P2 para fones de ouvido, algo que vem se tornando uma recorrência nos aparelhos mais avançados.
Por último, o Galaxy M55 é bem bonito, visualmente. Seu gradiente de cores não é tão clara, pelo menos na cor na cor azul-escuro em que recebemos para teste, mas mesmo assim não diminui a sua beleza. Seu detalhe mais fosco dá um charme a mais, entretanto nada de tão sofisticado. Como falado na introdução, o Galaxy M55 também está disponível na cor verde-claro, uma cor que não é tão inédita assim pela Samsung, sendo idêntica, inclusive, com o tom do A24.
Tela
Sua tela manteve a mesma qualidade de display FHD+ (1080×2400) e tecnologia Super AMOLED, com 6,7 polegadas. As definições são idênticas relacionado ao M54, com a mesma taxa de atualização de 120Hz. O que diferencia de fato o M55 ao M54 é seu pico de brilho, chegando a 1000 nits, como o A54 e do A55, o dobro do potencial.
O Galaxy M55 apresenta sua câmera frontal em formato de gota unindo-se à tela, o que particularmente desaprovo por questões de estética e funcionalidade até, deixando de aproveitar um espaço mais limpo. A tela também possui bordas finas num tamanho legal de visualização. Um grande ponto desfavorável é a falta de acabamento antirreflexos na tela, algo que, dado pelas suas configurações e proposta, caberia bem uma tela mais fosca, como nas novas atualizações da linha A e S. Complementando o subtópico anterior, deixa muitas marcas chatas na tela quando desligado e atrapalha um pouco durante o uso, mesmo que a tecnologia de Brilho Automático compense parte do problema.
Ressalto novamente a taxa de atualização do aparelho e sua qualidade muito vívida e nítida de cores, com profundidade de 16 milhões de cores, algo que me surpreendeu. Seus recursos também são muito bons, com a manutenção do Eye Care Display como função para diminuir a quantidade de tons mais azulados prejudiciais para a visão, e a novidade do Vision Booster, tecnologia presente em outras linhas da Samsung e acrescentada ao M55, que aumenta a sua iluminação automaticamente em ambientes mais claros.
A leitura biométrica continua sendo na tela do aparelho, ao contrário de outras versões presentes nos botões do lado direito.
Câmeras
As câmeras do Galaxy M55 consistem no mesmo esquema de três câmeras traseiras e uma frontal. A câmera ultra wide e a macro manteve a mesma que do M54 e do A55 – 8MP e 2 MP, respectivamente -, porém o que destaca o M55 é sua câmera de selfie e a principal.
As fotos tiradas pelo Galaxy M55 me propiciaram uma sensação de cinema quanto à coloração, apesar destes termos serem bem referenciais. Caso você goste de fotos com mais presença de cores, o M55 pode te decepcionar. Agora, se você é que nem eu e prefere uma foto mais real, sem muitos exageros, o desempenho da câmera principal de 50 MP servirá como um prato cheio para os seus vídeos e fotos.
Algo que me surpreendeu positivamente nas câmeras do M55 é a variedade de filtros e modos que podem ser habilitados.
Na câmera traseira, você pode escolher os filtros “Quente” (tons mais avermelhados), “Frio” (tons mais azulados), “Gelado” (tons mais esbranquiçados), “Florescer” (tons mais escuros), “Desbotado” (tons mais claros), “Suave” (tons mais amarelados), “Escala de cinza” (forte presença do cinza) e “Clássico” (famoso preto e branco).
Porém, no modo geral, eu senti que a fluidez na hora mexer o celular para procurar um bom ângulo foi um pouco pesada que o comum. Outro problema foi na calibração do ambiente, demorando um pouco a habilitação do foco e no processamento da câmera em si frente às cores que estão sendo captadas. Portanto, tive mais facilidade em tirar fotos de ambientes e paisagens e um certo desconforto com o registro espontâneo, por exemplo, de um grupo de pessoas numa mesa. Seu zoom também não é dos melhores, é bem ok, podendo chegar até 4,5 metros de distância no 10x.
A selfie, então… é a grande protagonista deste campo. Sua câmera frontal também possui 50MP, muito superior ao M54 e ao A55, rendendo fotos altamente profissionais. Tanto a frontal quanto a traseira conseguem recordar fotos e vídeos em 4K, ideal para criadores de conteúdos, fotógrafos e amantes por um click. Entretanto, diferente da dificuldade que tive na fluidez da câmera traseira, a câmera frontal foi bem limpa e mostrou resultados melhores de calibração do foco.
Na selfie, temos as opções “Desfocar” (fundo fica tremido), “Estúdio” (realinha automaticamente a entrada de luz e realça mais as cores), “Monocromático alto” (preto e branco, com forte presença do branco no fundo), “Monocromático baixo” (o antônimo do anterior), “Ponto de Cor” (foca na cor escolhida pelo usuário na tela e o restante fica monocromático) e “Fundo” (o fundo sai uma coloração transparente como se estivesse num plano de fundo).
Ainda na opção de selfies, a Samsung traz a edição de suavidade, tom, olhos e linha do maxilar antes de tirar seu retrato. Por mais que sejam filtros mais básicos, dispensam o uso de edições de imagens, se for para fins mais de entretenimento, sem tanto profissionalismo. Mas é um recurso bem bacana e bem-vindo.
Entre um comparativo de qualidade entre a câmera traseira e frontal, ambas com 50MP, a selfie tem um resultado mais surpreendente. Todavia, acaba sendo um duelo páreo, rendendo ótimas fotos também, principalmente fotos de paisagens.
Vale destacar os modos “Food“, “Câmera Lenta” e “Timelapse” como recursos interessantes para criação de conteúdo e que funcionam de maneira ótima – a inserção do “Super Slow-Mo” pode agradar no começo, mas não apresenta uma grande diferença da “Câmera Lenta” em si. A opção “Foto em Movimento” espelha o que a Apple já faz nas suas fotos — pressionando a imagem e reproduzindo alguns segundos de todo o movimento prévio e pós — e acaba funcionando super bem, com umas dificuldades na hora de tirar a foto, com um cool down de segundos, e sem uma intuitividade para exportar essas imagens em movimento em formato .GIF ou .MP4.
Junto com a potência da câmera de selfie, o modo “Noturno” é impecável. Com a tecnologia Nightography, os ambientes escuros ganham mais vida e mais sentido, rendendo ótimas fotos, tanto na câmera frontal quanto atrás. Para fechar o pódio, o recurso “Gravação Dupla” permite gravar e tirar fotos como o aplicativo BeReal, sendo um avanço muito bacana de testar e trabalhar. A qualidade do vídeo fica boa, com um campo imenso de possibilidades para sua produção de conteúdo e fotografia.
Os botões “Gravação Dupla”, “Câmera Lenta” e “Super Slow-Mo” renderam um aquecimento notório no dispositivo, o que vale tomar um cuidado com excessos em termos de consumo de bateria. Pelo menos, o sistema de resfriamento do M55 é rápido no gatilho e já alivia o aparelho para mais.
Como pontos negativos, destaco o “Macro”, que além de desfocar completamente todas as fotos, não cumpre de fato com o que promete, ainda por cima com sua estabilização de imagem demorando um tempo bem considerável e seu foco facilmente desconfigurado com um simples movimento.
Desempenho
O Galaxy M55 vem equipado com o processador Snapdragon 7 Gen 1 da Qualcomm, selo que é de alto patamar e desempenha uma ótima fluidez na execução de tarefas mais pesadas. No teste, não senti peso algum na jogabilidade de jogos, como Pokémon GO, Minions Rush, Among Us e Genshin Impact, conseguindo rodar os gráficos com muita dinamicidade e com cores bem vibrantes. Todavia, após muitas horas de uso, o celular já estava quente e a bateria começou a decair mais rápido, embora o desempenho dos jogos não tenha atrapalhado em nada, sem travadas.
Claro que a memória de 8GB também contribuiu para o grande desempenho do sistema. Inclusive, muitos jogos acabaram ficando em segundo plano, e não interferindo na qualidade de reprodução dos gráficos e na jogatina. A mesma coisa vale para as redes sociais, sem tanto peso ao carregar o feed com novos posts e vídeos.
O TikTok, por exemplo, geralmente costuma ficar lento, pelo menos no meu dispositivo e no dos meus amigos, além do aquecimento interno do celular. O mesmo vale para o Google Drive, com o despacho e download de arquivos grandes. No M55, a história foi diferente e com louvor, tendo passado em todos os testes de rapidez e otimização, tanto em mídias sociais quanto aplicativos gerais.
Se for pesar na balança seu poderoso armazenamento de 256GB, o aparelho coloca-se numa posição extremamente favorável como um celular coorporativo, podendo armazenar grandes arquivos, aplicativos etc. Pode até não ser à toa a função embutida no sistema “Multicontrole”, em que o usuário pode integrar o M55 a outras linhas do Galaxy Tab e Book, formando diversas telas de trabalho e conectadas. Também há a opção de “Vincular ao Windows”, de uma forma mais abrangente com outros aparelhos fora da Samsung.
O Galaxy M55 possui conectividade 5G, Wi-Fi 6 e Bluetooth 5.3 para um emparelhamento mais estável. Sua versão Android 14 garante atualização de 4 gerações de sistema operacional, chegando até ao Android 18, e até 5 anos de atualizações de segurança do sistema operacional, colocando a expectativa de vida útil do M55 para 2029-2030, uma grandiosa margem.
Bateria
Neste quesito, a Samsung optou por diminuir a capacidade de sua bateria para o M55. Enquanto seus antecessores, como o M54 e o M34, tinham 6000 mAh, o Galaxy M55 regride para 5000 mAh. É significativo? Sim, mas não muda muita coisa no papel. Tanto que sua capacidade rende, mesmo assim, 2 dias sem a necessidade de carregamento, usando o dispositivo de maneira mais moderada.
Caso o nível de exigência seja constante, como citado no tópico acima referente aos jogos e uso massivo de redes sociais, a bateria do Galaxy M55 gasta bem mais, mas chega a resistir até o final do dia, com uma média de 18% a 20% de bateria restante.
Na caixa, há o carregador padrão de 25W, que demora aí 1h30 para recarregar totalmente. Infelizmente, assim como fizeram no M54, até como uma tentativa de compensar a redução de bateria, há a opção de um carregador 45W com Super Fast Charging, no qual é vendido à parte. Este carregador recarrega toda a bateria do celular, isso partindo do 0% ao 100%, em menos de 1 hora.
Som
Para o som, a tecnologia Dolby Atmos está presente na nova linha da família M. A nova adição permite um som surround mais presente, ou seja, uma sonoridade mais imersiva. Logo quando o celular inicia, ele vem ativado automaticamente, podendo ser desabilitada no próprio menu inicial do M55. Há ainda a versão Dolby Atmos focado para jogos, melhorando as vibrações e efeitos sonoros dos aplicativos, no mesmo menu.
O som estéreo é bem presente no ambiente que está. Não chega a superar ruídos de rua, trânsito e lugares mais espaçados, porém ainda gera uma presença. Em ambientes mais bem tratados acusticamente, obviamente, a história é outra. Pela sua potência, eu não recomendo um volume acima do 60%, pois o som fica com um aspecto estourado. Em fones de ouvido, a qualidade é bem superior, com graves e agudos sem complicações, com mais tendência ao agudo. Aqui também percebe-se um volume maior que o esperado em cada nível, portanto seu som emitido emite mais energia.
Vale dizer que esse tópico é bem individual e depende também da qualidade do seu fone/headphone, portanto fica como registro mais dimensional. Será influenciado pela exigência sonora de cada usuário.
Um mecanismo que me surpreendeu foi a tecnologia Voice Focus. Como o próprio nome explicita, os microfones do M55 eliminam os ruídos do ambiente e focam na voz captada pelos mesmos. Como um recurso adicional e sem a presença de ferramentas mais potentes, os ruídos não chegam a ser zerados, estão mais para “diminuídos”. O resultado fica ótimo e é uma grande ajuda para criadores de conteúdo e profissionais que vivem e/ou trabalhem em ambientes mais movimentados.
Conclusão
O Galaxy M55 é um ótimo aparelho da linha de intermediários. Em comparação ao M54, o M55 eleva o processamento, fluidez e a câmera da família M, enquanto retrocede em termos de bateria, presença de cores e estabilização de imagem e foco. Com seus 256GB de armazenamento e 8GB de memória, o Galaxy M55 desempenha tarefas de forma ótima, ideal para trabalhos que exigem muita conectividade: desde trabalhos com reuniões diárias, necessidade de acessar diversos aplicativos ao mesmo tempo a edições de vídeo e foto e gravações de vídeo e tela.
Os maiores destaques ficam com o processamento super fluido e com a câmera frontal igualando a qualidade da principal câmera traseira. Os filtros fotográficos vindos juntos com o aparelho também são bons, podendo desenvolver a criatividade, apesar de desempenharem uma função mediana. O Nightography para fotos em ambientes escuros é uma verdadeira exceção, abrilhantando todo mecanismo. Os recursos complementares são super bem-vindos, como a Gravação Dupla, Foto em Movimento e a nova Gravação de Tela.
Pontos de alerta repetidos das outras linhas e presentes no Galaxy M55 são os materiais mais simples do smartphone e o aquecimento rápido. Mesmo que o celular seja mais leve, seguindo com esse benefício, há a maior preocupação sobre sua resistência a quedas. O mesmo ponto de partida segue com o aquecimento: embora com um sistema de resfriamento que atua de imediato, a recorrência do aumento de temperatura da CPU compromete a bateria e pode atrapalhar a vida útil e o desempenho à longo prazo do aparelho. Ainda mais se for colocado uma capinha de proteção, o que piora a circulação do resfriamento.
Complementando o ponto estético, o aparelho também deixa evidente marcas de impressões digitais, algo chato de sempre ficar limpando, especialmente na tela, cuja composição deixou-a bem espelhada.
O Galaxy M55 promete durar mais que os demais aparelhos e é um ótimo celular intermediário classudo, sem tendências a premium, mas também injusto se compararmos com outros celulares mais de entrada. Seu preço está avaliado em R$2.999,00 pela loja da Samsung, que encontra-se em desconto de 10%, indo para R$2.699,10. No Magazine Luiza, por exemplo, o aparelho pode ser encontrado por R$2.319,00 via PIX. Pela sua conjuntura, é um valor de acordo com o que oferece.
Especificações técnicas
| Marca | Samsung |
| Modelo | Galaxy M55 |
| Memória Interna | 256 GB |
| Memória RAM | 8 GB |
| Resolução da tela | FHD+ |
| Tamanho da tela | 6,7″ |
| Taxa de atualização da tela | 120 Hz |
| Dimensões | 163,9 x 76,5 x 7,8 mm 180g |
| Bateria | 5000 mAh Carregamento de 25W |
| Processador | Qualcomm Snpadragon 7 Gen 1 Overclock máximo de 2.4 GHz |
| Sistema Operacional | Android 14 |
| Câmeras | Traseiras: Câmera principal de 50 MP Câmera Ultra-widede 8 MP Câmera Macro de 2 MP Frontal: 50 MP |
| Cores | Azul-Escuro e Verde |
| Preço | R$ 2.999,00 |
| Disponibilidade no Brasil | Desde 27 de março de 2024 |
Veja mais:
Fonte: Samsung
Revisado por Glauco Vital em 2/5/24.
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Design6/10 Normal
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Tela7/10 Bom
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Câmeras9/10 Incrível
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Desempenho8/10 Ótimo
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Bateria8/10 Ótimo
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Som9/10 Incrível
Prós
- Câmera frontal registra fotos com ótima qualidade
- Processador ágil e fluido para aplicativos e ferramentas;
- Fotos muito boas em ambientes escuros.
Contras
- Aquecimento rápido do dispositivo
- Demora na estabilização da imagem e foco
- Composição frágil do aparelho
