Índice
Se a Samsung ganhou grande prestígio entre os smartphones high-end com a linha Galaxy S, não podemos dizer o mesmo dos celulares básicos da companhia. A maioria dos aparelhos de baixo e médio custo dos últimos anos não entregavam uma experiência satisfatória. Essa imagem deixa muitos consumidores receosos com a marca; mas a tentativa com a linha Galaxy J é mudar o cenário. Será que os sul-coreanos conseguiram? Essas são as minhas impressões sobre o Galaxy J5:
Layout e Acabamento
A Samsung não se preocupou em esconder que o Galaxy J5 é um celular barato. O acabamento lateral é de plástico com um efeito cromado, que passa a sensação de pouco cuidado com o design; com o tempo o detalhe pode ir descascando. Outro aspecto que pode incomodar os mais exigentes é a traseira de plástico com efeito perolado; ela é removível e bem flácida – pelo menos não abriga marcas de dedo.
Na parte frontal encontramos a câmera, sensores de proximidade um flash LED, e um pouco abaixo a marca da Samsung. Na parte inferior, o clássico botão “Home” da companhia, ao lado de um botão capacitivo para o multitarefa e outro para a função voltar. A traseira abriga novamente a marca Samsung e uma indicação de que o aparelho é dual-chip com 4G; temos ainda a câmera, o flash LED e o auto-falante. No lado direito fica o botão power e no esquerdo o controle de volume. Por de baixo da capinha, a bateria removível e as entradas para os dois cartões SIM e o cartão microSD, de até 128 GB.
Tela
A Samsung utilizou sua tecnologia Super AMOLED no display de 5 polegadas do celular, que conta com resolução de 720 x 1280 pixels (294 ppp). O número está dentro da média para a categoria e a experiência é muito satisfatória, com cores vívidas, branco fiel e preto profundo. Os tons avermelhados podem parecer muito vibrantes as vezes, mas com algum tempo de uso acostuma-se com esse detalhe.
O ângulo de visão é bom e a gama de brilho também fica dentro do esperado. A decepção aqui é a falta de um sensor de iluminação; não há como deixar a configuração do brilho no automático. É necessário ajustar diversas vezes o brilho da tela de acordo com o ambiente que você está; a fabricante até tentou facilitar a tarefa deixando o controle do brilho disponível rapidamente através da barra de notificações – há inclusive um modo “Externo” que deixa a tela com o nível máximo de brilho, facilitando a visualização de baixo do sol.
Velocidade e desempenho
Fiquei com o pé atrás em relação ao desempenho do Galaxy J5, graças a má fama da Samsung com os aparelhos básicos. No final das contas, eu estava enganado. O smartphone consegue ser veloz nas tarefas diárias e até mesmo em situações que exigem mais do hardware.
O processador Snapdragon 410 quad-core de 1.2 GHz combinados ao 1.5 GB de RAM dão conta do recado e chegam a superar a velocidade do Moto G de terceira geração com 1 GB de RAM (que possui o mesmo processador com clock de 1.4 GHz).
É impressionante como 500 MB de memória RAM fazem a diferença no desempenho de um celular Android. Até mesmo apps que consomem recursos, como o Facebook, não precisaram recarregar depois de algum tempo em “stand-by” no multitarefa.
As animações do sistema, reprodução de vídeos e jogos básicos também rodaram bem no aparelho.
Sistema
O Galaxy J5 roda o Android 5.1.1 Lollipop com a famosa modificação TouchWiz da Samsung. A personalização melhorou bastante nos últimos anos, mas ainda carrega uma porção de recursos desnecessários e muito bloatware.
São dezenas de apps pré-instalados, incluindo gravador de voz, gerenciador de arquivos, notas, Recarga Certa, Apps Clube, Internet, OneDrive, Skype, a suíte de produtividade da Microsoft e jogos como Fazenda Verde, Homem-Aranha e Puzzle Pets. Apesar disso, há opção para “desativar” esses aplicativos, o que ajuda a liberar espaço no armazenamento interno.
O smartphone não conta com grandes truques. Com dois cliques no botão principal, a câmera é ativada rapidamente; a personalização do software continua na barra de notificações: com atalhos para configurações rápidas, barra de ajuste do brilho e opção de seleção do chip.Falando em seleção do chip, o gerenciamento é eficiente e a Samsung conta com um recurso semelhante ao da Motorola, que indica a operadora do número para o qual você está prestes a ligar, indicando qual é a melhor escolha de uso.
Câmera
A câmera traseira do Galaxy J5 tem 13 megapixels com flash LED e é competente na maior parte das ocasiões. Em condições naturais de iluminação, a nitidez e fidelidade das cores me impressionaram. Quando o ambiente é mais escuro ou a luz é artificial, o sensor apresenta as mesmas deficiências que a maioria dos aparelhos nessa faixa de preço: granulação e cores ligeiramente infiéis.
Já a câmera frontal tem 5 megapixels e flash LED. Para quem gosta de tirar selfie, é um bom conjunto, capaz de tirar fotos com boa resolução para postar nas redes sociais.
O software da câmera funciona bem para aqueles que gostam de capturar os momentos rapidamente e também para aqueles que gostam de configurar manualmente ISO, exposição e balanço de branco. Nas configurações, é possível escolher o modo “Pro” que traz essas funcionalidades.
Duração da Bateria
O aparelho da Samsung conta com uma bateria de capacidade maior do que a maioria dos concorrentes, são 2600 mAh. O smartphone não ganha apenas no número, mas também na autonomia. É possível usá-lo um dia inteiro longe da tomada, sem maiores preocupações.
Em uso intenso, utilizando-o na maior parte do tempo em conexão 4G, navegando por várias horas, tirando muitas fotos, trocando mensagens e escutando música no Spotify; alcancei 14 horas de uso, com 15% da bateria restante. Num dia de uso moderado, com o Wi-Fi ativo pela maior parte do tempo, restavam 35% de bateria com as mesmas 14 horas de uso.
Preço e disponibilidade
O Galaxy J5 pode ser encontrado na maioria das lojas do varejo, com preços a partir de R$ 749,90; você pode comprá-lo por esse preço na Kabum, à vista no boleto bancário. No Submarino o aparelho custa R$ 854,10 e R$ 825,63 no Magazine Luiza, também no boleto.
Conclusão
O Galaxy J5 compete com ótimos aparelhos, incluindo o Moto G de 3ª geração, Redmi 2 Pro, Quantum Go, Zenfone Go e diversos outros.
Ele ganha destaque pela tela de alta qualidade, ótima autonomia da bateria, bom desempenho e boa câmera. Ainda há a opção de expandir o armazenamento com até 128 GB por cartão microSD; completam o conjunto o suporte a dois chips e ao 4G.
Os mais exigentes com o design podem se decepcionar com o acabamento. E apesar das melhorias da TouchWiz, há quem ainda torça o nariz para a personalização do Android.
Em resumo, o pacote é ótimo para quem procura um aparelho mediano com preço justo. O gosto pela marca e pelo visual podem determinar a compra entre as várias opções do segmento.
Galeria de Imagens
Especificações Técnicas
- Processador: Qualcomm MSM8916 Snapdragon 410 quad-core de 1.2 GHz Cortex-A53;
- Memória RAM: 1.5 GB;
- Tela: Super AMOLED de 5 polegadas com resolução de 720 x 1280 pixels (294 ppp);
- Câmera: 13 megapixels, autofoco, flash LED;
- Câmera frontal: 5 megapixels com flash LED;
- Bateria: 2600 mAh;
- Conectividade: 3G, 4G, Wi-Fi 802.11 b/g/n, Wi-Fi Direct, A-GPS, GLONASS, Bluetooth 4.1, microUSB 2.0, rádio FM;
- GPU: Adreno 306;
- Memória externa: suporte para cartão microSD de até 128 GB;
- Memória interna: 16 GB;
- Dimensões: 142.1 x 71.8 x 7.9 mm;
- Peso: 146 gramas;
- Sensores: acelerômetro, proximidade;
- Plataforma: Android 5.1 Lollipop com personalização TouchWiz.
Descubra mais sobre Showmetech
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.