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Neste fim de ano, junto da chegada de novos consoles, teremos também o lançamento de vários jogos de respeito – alguns deles, aguardados há anos pelos fãs, como o Cyberpunk 2077. Para a sorte de PC gamers, a grande maioria destes não é exclusiva de quem terá estes consoles, já que as desenvolvedoras os trarão também para o computador. Porém, você ainda precisa de uma máquina poderosa que dê conta de rodar (com folga) os títulos que definirão a próxima geração de videogames.
Em busca de suprir as “necessidades gamers” do brasileiro, a marca nacional NAVE criou linhas de notebooks e desktops em múltiplas configurações, para agradar a todos os perfis e bolsos. Um dos desktops é o belíssimo Órbita IA02, PC testado por nós em vários cenários: para edição e exportação de vídeos, renderização de um programa de modelagem, streaming de games e horas de jogatina online e offline. O resultado destes testes, nos mínimos detalhes, você confere aqui neste review.
Especificações técnicas e design
Tratando-se de um PC gamer poderosíssimo, nada mais justo do que explicar primeiro as especificações do Órbita IA02:
- Processador Intel Core I7-10700K (10ª Geração, 8 Núcleos)
- GPU ASUS TUF Gaming GeForce®GTX 1660 SUPER
- Placa mãe ASUS TUF Gaming Z490-PLUS
- 16GB de RAM (DDR4)
- 256GB de SSD
Além destas specs, a versão testada por nós ainda possuía um HDD de 1 TB, para instalação dos jogos mais pesados – que é uma opção de vendas do Órbita, via site, por R$295 adicionais. Em termos de design, o PC esbanja beleza com o gabinete NAVE exclusivo (em acrílico na lateral + vidro temperado na frente) e 4 ventoinhas RGB, capazes de proporcionar centenas de combinações de cores e animações, via controle remoto incluso. Não por acaso, os selos ASUS e Intel reforçam a alta qualidade do produto como um todo.
Performance
A começar pela inicialização, o Órbita IA02 foi consistente em levar menos de 10 segundos entre estar completamente desligado (sim, off e não standby) e abrir qualquer software, incluindo dar início a jogos. No restante das operações, mesmo com uma dezena de abas no Google Chrome – enquanto um game estava aberto –, ele funcionou muito bem ao navegar pela internet e também ao reconhecer todos os periféricos conectados, como era de se esperar.
Um teste pouco usual de software para vermos a performance do PC foi com o Cinebench 20. Nele, realizei o teste de renderização de um ambiente tridimensional do Cinema 4D, famoso e bem-quisto programa de modelagem e animação 3D. Com base nisso, podemos ter uma média de como a CPU lida com a renderização em geral, seja destes programas 3D ou da edição e exportação de vídeos.
Como citado logo acima, o Órbita IA02 conta com Intel Core i7 de 8 núcleos, atingindo uma pontuação multi-núcleo de 4806. Esse número dita quão rápido a CPU age em multitasks de processamento, usando todos os cores disponíveis, incluindo qualquer trabalho de codificação (multi-thread). Por fins de comparação, o Intel i9 9900K, também de 8 núcleos, faz pouco mais de 4900 pontos no mesmo teste.
Ao arriscar uma edição de vídeo, não observei nenhuma performance fora do normal. Fiz testes com a compilação trechos de gameplay capturada (que você pode conferir no YouTube do Showmetech) e também a renderização de títulos animados pré-definidos do Adobe Premiere, onde o Órbita IA02 se mostrou bem eficiente.
Para os testes de jogos, optei por indicar a visualização de frames por segundo (abreviado também como FPS) no canto superior direito da tela, como pode-se ver nas imagens a seguir – via software Fraps.
Agora, falando sobre games, comecemos por uma escala crescente de exigência nos testes. Jogos casuais, como Inside e Hello Neighbor, pedem pouquíssimo da VRAM (memória de vídeo) pelas texturas mais “cartunescas”, então estes funcionaram completamente sem queda de frames, como imaginava. Até mesmo com opções de sombras e reflexos mais realistas, itens comuns de configurações de gráfico em jogos do tipo, não houve desvio, com todos várias horas de jogo em diferentes cenários (e quantidades de objetos em tela) cravados em 60 FPS.
Outro jogo que “pede” menos performance do PC é Paladins, um dos melhores jogos gratuitos da Steam, que é como se fosse uma versão inferior (porém, não menos divertida) do popular colorido jogo de tiro em primeira pessoa Overwatch. Inclusive, foi com Paladins que testei uma transmissão ao vivo via Twitch (passando pelo software OBS Studio) e, como é de se esperar, o Órbita IA02 se dá bem em multitasking – até deixei o Google Chrome aberto com a live, por monitoria da transmissão. Não houve queda em nenhum momento; mesmo com gráficos no máximo ele bateu a marca de 170 FPS.
Na tentativa de simular uma experiência similar à performance do Órbita IA02 em jogos que estão para ser lançados, como Watch Dogs: Legion, Resident Evil Village e Call of Duty: Black Ops Cold War, tirei proveito de títulos anteriores destas mesmas franquias. Sabe-se que a boa performance destes com certeza será mais exigente da máquina, mas até este começo de outubro não há como prever o sucesso destes games de forma prática em PCs atuais – logo, testar os antecessores é o mais perto que tive desta previsão.
A começar pelo terror em primeira pessoa de Resident Evil VII, até com gráficos no último nível de configuração, a gameplay se manteve nos 60 FPS em vários cenários deste tenso jogo. Mesmo que muitas das configurações não estejam acessíveis no menu de “pause”, pude voltar ao menu inicial e configurar toda a qualidade de texturas, sombras e animações na opção mais fiel possível. O Órbita está aprovadíssimo com RE7, que funcionou por horas sem cair um frame sequer.
Foi em Watch Dogs 2, game em terceira pessoa de mundo aberto, que notei o primeiro “engasgo” da máquina. Isso só aconteceu quando ajustei as configurações para qualidade “Muito alta”, em viagens rápidas de carro e de moto pelo mapa de São Francisco. Certas vezes, o jogo teve casual queda de 10 frames (dos 60 FPS normais) nestes contextos de alta velocidade. De jeito bem prático, ele conta com presets de qualidade gráfica, o que ajudou ao subir tudo para o “Ultra” e ver que a máquina não aguentou passar de 40 FPS.
Talvez isso seja explicado pelo fato de que WD2 teve pacote gráfico atualizado após seu lançamento (ele é de 2016), o que pode acarretar em uma ainda maior exigência da máquina, dado que a franquia fez bastante sucesso também no PC. Um ponto positivo fica por conta do fast travel (viagem rápida), que demorou em média 3 segundos com vários de nossos testes, em diferentes pontos do mapa – a agilidade com certeza está ligada ao fato do jogo estar instalado no SSD.
Porém, o “real” teste de benchmark ficou com GTA V, um dos poucos instalados direto no HD – afinal, ele pegaria 40% do SSD, que já estava cheio, com os títulos citados acima. O processo de carregamento deste jogo, por exemplo, algo que virou até meme na internet, levou pouco mais de 65 segundos – entre iniciá-lo, selecionar o Modo História e o personagem estar controlável.
Na qualidade mais alta de gráficos, ele rodou em constante 60 FPS, inclusive no teste de benchmark dentro do próprio GTA. Um diferencial é que pode-se aumentar a distância de renderização para detalhes (quanto maior o número, mais longe o cenário será detalhado). Isso pega mais de 4000MB de VRAM, então recomendo utilizar com moderação.
Outra adição em destaque deste game é a “escala de enquadramento”, que resultou em quedas drásticas de FPS – em teoria, é como se simulasse outras resoluções, ideal para quem tem monitores médios e quer uma sensação de ter uma tela de maiores dimensões. Em proporção quase dobrada (1.750) o jogo funcionou a menos de 30 FPS, contudo, somente olhos treinados e com o tipo certo de monitor vão notar tal contraste dessa proporção. Recomendamos não utilizá-la, mesmo que agora saibamos melhor de como o Órbita IA02 lida com isso.
Tratando de jogos exclusivamente online, arrisquei partidas no Call of Duty Warzone, jogo gratuito lançado no começo deste ano. Aos que não conhecem a franquia: é um game do gênero battle royale, de tiro em primeira pessoa. Pelo game ocupar 120GB, resolvi instalá-lo no HD e tive loading consideravelmente rápido.
Com gráficos em nível máximo, ele tomou mais de 5100MB de VRAM, o que é ligeiramente a mais do que o próprio jogo recomenda, mas não o suficiente para notar-se engasgos de performance, já que ele rodou tranquilamente a 60 FPS. Infelizmente, tive problemas com o funcionamento do Fraps (problema do software e do jogo em si, não da máquina), então as capturas de tela não constam com o respectivo frame no canto direito, como as anteriores acima. Pelo menos, na primeira partida que joguei em Warzone tive uma vitória – particularmente, algo raro.
Com estes testes em mente, fica fácil de descobrir se algum jogo de gênero e exigência similar (que você gostar) pode ou não funcionar neste PC. Por sinal, certos jogos atualmente em pré-venda já soltaram sua lista de especificações técnicas – mínima e recomendada. A julgar pelo desempenho do Órbita IA02, em teoria, tanto Cyberpunk 2077 como Watch Dogs: Legion podem funcionar em qualidade média/alta sem problemas, por exemplo. Em resumo: este é um verdadeiro investimento a longo prazo.
Custo-benefício e conclusão
A versão mais “básica” do NAVE Órbita IA02 pode ser adquirida no próprio site da empresa, por R$ 8.803. Lá você também pode modificar sua máquina e adicionar outras opções de RAM e armazenamento, o que eleva o custo do PC gamer para pouco mais de R$ 10 mil – na potência máxima. Ainda é possível adicionar periféricos e monitores de sua escolha ao carrinho, para obter o “pacote completo”.
Por cálculo estimado das peças inclusas no desktop (com exceção do gabinete exclusivo, claro) temos um valor ligeiramente superior caso você considere montar exatamente este mesmo PC por conta própria – ainda mais custoso se você somar a mão de obra, caso não tenha autonomia e conhecimento dos componentes. Logo, a conclusão é somente uma: o Órbita IA02 tem ótima relação custo-benefício a quem busca um computador gamer intermediário-avançado.
Ao que se mostrou em nossos testes, ele está mais do que preparado para rodar jogos recentes de vários gêneros e desenvolvedoras, em qualidade altíssima. Contudo, vale ressaltar que esta não é (e nem se propõe ser) uma máquina capaz de trazer absolutamente todos os jogos atuais em resolução ultra, por apresentar os leves “engasgos” ao forçarmos o limite de VRAM recomendado. Mesmo assim, em todos os títulos AAA testados dentro do mais alto limite gráfico, a jogatina se manteve em média de 60 frames por segundo.
E você, já decidiu se seu próximo investimento no mundo de PCs gamers? O que achou do NAVE Órbita IA02? Deixe sua opinião nos comentários abaixo!
Produto | NAVE Órbita IA02 (Powered by ASUS) |
Processador | Intel Core i7-10700F, 10ª Geração 8 Núcleos, 16 Threads, Clock 3.80 GHz (5.10 GHz Turbo), 16MB Cache L3 |
Placa-mãe | ASUS TUF Gaming Z490-PLUS |
Placa de vídeo | ASUS GeForce GTX 1660 SUPER |
RAM | 16GB DDR4 |
Armazenamento | SSD 256GB M.2 PCIe 3.0 6 portas SATA3 (6.0Gb/s) 2 slots M.2 M Key (PCIE e SATA) Suporta NVME. Suporte a tecnóloga Intel Optane Opcional: HD 1TB SATA3 (6.0Gb/s), SMART, NCQ SSD 512GB M.2 PCIe 3.0 |
Rede | Lan (10/100/1000 Mbit), IEEE 802.2 / 802.1x / 802.1q / 802.3 / 802.3AB / 802.3u / 802.3x, Gigabit Ethernet, Fast Ethernet, Ethernet, autosense, half/full-duplex, suporte a PXE 2.0, ASF 2.0, SNMP, DMI, TCP/IP, WS-MAN, WOL, WS-LAN, Possui Led indicativo. Opcional: Wireless e/ou Bluetooth |
Áudio | 7.1 canais de alta definição Suporta reprodução até 24-Bit/192kHz. |
Slots de expansão | • 2 (dois) PCI-E v3.0 x16 (1 rodando x4) • 3 (dois) PCI-E v3.0 x1 • 1 (um) M.2 M Key 22110/2280/2260/2242 p/ Armazenamento SSD, PCI-E v3.0 x4/ Sata3 • 1 (um) M.2 M Key 2280/2260/2242 p/ Armazenamento SSD, PCI-E v3.0 x4/ Sata3 |
Interfaces traseiras | • 1 HDMI (1.4b) • 1 DisplayPort • 1 Saída S/PDIF ótica • 4 USB 3.2 Gen 1 • 2 USB 3.2 Gen 2 (1x Type C) • 1 RJ45 • 5 Conectores para áudio • 1 PS2 para teclado ou mouse |
Gabinete | NAVE (exclusivo) GPA1807; Acompanhado de 4 ventoinhas RGB |
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