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Verdade seja dita: por anos, o Mac mini é considerado a ovelha negra da linha de computadores da Apple. Tudo bem, acontece em todas as famílias. Não é, definitivamente, o computador de escolha de designers gráficos ou editores de vídeo. Para isso, existe o iMac.
Também nunca foi o produto versátil preferido para a turma de codificadores, para o trabalhador de escritório moderno ou para o estudante universitário abastado. Para eles, a linha do MacBook é vencedora.
Mas o Mac mini sempre teve um lugar especial nos corações dos fãs da Apple. E o dia em que os humilhados serão exaltados finalmente chegou, pelo menos para os consumidores assíduos da marca.
Isso muito se dá pelo fato de que o mini adotou de vez a tecnologia potente de seus irmãos e entrega muito e mais um pouco, mesmo que isso comprometa a sua proposta original: o seu custo-benefício. Mas ele nunca fez promessas. O lance aqui é surpreender. E, de fato, o faz.
Mac mini: o descobridor dos sete mares
Pois bem chegou e já ficou bem à vontade. E navegação ele entrega. O mini sempre foi, historicamente, a opção preferida para aqueles que tem orçamento como prioridade e ainda almejam desbravar o ecossistema da Apple.
O plus é estética dos mini PCs, além dos benefícios de uma configuração completa de mouse, teclado e monitor. Você poderia, claro, apenas comprar um iMac ou um suporte de exibição para um MacBook Air ou Pro.
O mini sempre foi simples, barato e faz muito bem o seu trabalho. Tão bem, na verdade, que sua durabilidade excede o tempo de vida média de seus companheiros de marca.
Mas o Mac mini 2018 está em outro patamar, sejamos sinceros. É muito mais poderoso – é, sem exagero, um Mac Pro em miniatura – e, como resultado, não é mais tão barato assim.
Na verdade, o mini que antes custava por volta U$500 dólares, agora tem como valor de entrada U$ 799 dólares. E pode valer muito mais caso o consumidor opte por extras como um processador mais rápido ou mais memória.
É possível, inclusive, encontrar um mesmo computador pelo valor de U$4.199, com todas as configurações de ponta. (Desta vez, a RAM é substituível pelo usuário, enquanto o SSD não é.)
Portanto, a grande questão agora é se o novo Mac mini justifica seu preço mais alto e, mesmo que isso aconteça, ele ainda deve ser considerado uma opção de orçamento viável.
Afinal de contas, custar praticamente a mesma quantia que um laptop Mac, com seu monitor embutido e teclado, é uma proposição de valor muito diferente de um Mac que custava metade do valor de um computador Apple top de linha.
As configurações: Design
O julgamento mais óbvio que se pode fazer sobre o novo mini é que a Apple manteve de forma inteligente o design em sua totalidade. A empresa não reinventou o que já era especial em um esforço para vender um computador com aparência espacial.
É o mesmo Mac mini antigo, “quadradão”, portátil, mas com um novo e atraente acabamento cinza.
O peso é essencialmente o mesmo, com as mesmas dimensões do modelo de 2014. Na parte de trás, você tem um layout de porta totalmente novo: quatro portas USB-C Thunderbolt 3, duas portas USB 3.0 e uma porta HDMI 2.0. Você também recebe um fone de ouvido de 3,5 mm e um conector Ethernet. Mas isso é o básico.
Para configurações mais especificas, existem duas opções: a versão não tão poderosa, i3, que custa U$ 799 dólares, ou a versão decentemente poderosa, i5, a partir de US $ 1.099.
Escolher entre os dois ou explorar o i7 opcional é a escolha mais difícil e mais cara que você terá que fazer porque não conseguirá atualizar esse componente. A única outra diferença entre as duas é que o modelo mais barato começa com 128GB de armazenamento flash, enquanto o modelo i5 vem com 256GB.
Existem algumas maneiras de facilitar essa escolha. Se você sabe que não vai precisar de uma grande quantidade de armazenamento – em outras palavras, você não está editando vídeos ou usando-a como um servidor de mídia – você pode adquirir básico i3 e gastar o dinheiro extra em uma atualização para um i7, garantindo assim ao dispositivo mais velocidade e quilometragem a longo prazo.
Memória
É claro que você pode pagar para atualizar a RAM e o SSD até 64 GB de memória e 2 TB de armazenamento. Ambas as atualizações custarão muito caro, com apenas a RAM verdadeiramente valendo à pena. Restrições de armazenamento, por outro lado, sempre podem ser melhor gerenciadas com unidades externas.
Destaque fica para o modelo i7, com 32 GB de RAM e 1 TB de armazenamento, e quase tudo sobre essa máquina de U$ 2.499 dólares parece um exagero. É extremamente silencioso durante as tarefas mais intensas, como editar vídeo em 4K enquanto executa simultaneamente aplicativos que consomem memória como o Chrome, o Slack, o TweetDeck, entre outros.
Mas deixa a desejar quando se tenta exportar um vídeo, por exemplo. Uma situação muito familiar para os usuários Mac que insiste ainda a acontecer, infelizmente.
Além disso, como o novo Mac mini tem o chip de segurança T2 da Apple, que também funciona como coprocessador, obtendo um enorme aumento no desempenho de SSD para leitura/gravação de arquivos.
Entradas
Com relação às entradas, é um computador adequadamente equipado com todas as portas necessárias de uso. O novo Mac mini pode alimentar até três monitores, incluindo dois monitores 4K via ThunderBolt 3 e ummonitor4K padrão por meio do HDMI, ou um monitor de 5K e um padrão de 4K.
Essas portas também abrem todos os tipos de possibilidades para gabinetes gráficos, unidades externas e assim por diante. Mas, para o uso diário, ter duas portas USB 3.0 e quatro portas USB-C significa que você nunca precisará do mesmo adaptador que seria necessário se estivesse simplesmente encaixando um MacBook Air ou Pro em um monitor autônomo.
Também não é exatamente uma máquina faz-tudo para os profissionais. A versatilidade do mini depende das suas necessidades. Se você é alguém necessita da GPU, como a edição de vídeo, talvez você queira usar um MacBook Pro ou um iMac mais personalizado.
A GPU do Mac mini deixa a desejar, devido à sua pequena estrutura que exige um par CPU-GPU fabricado pela Intel. Dito isso, uma configuração de eGPU é uma solução possível.
O veredito
Deixando de lado as preocupações do mundo gráfico, a maior pergunta sobre o novo Mac mini é se ele ainda pode atender às necessidades dos usuários de Mac enquanto também cumpre a visão desejada da Apple para o mundo profissional.
A resposta é um definitivo não, parece. É seguro dizer que este computador não é mais viável por qualquer definição razoável da palavra. É apenas um produto custo-benéficio da Apple porque custa algumas centenas de dólares a menos que o iPhone carro-chefe da empresa e, por ser o único Mac que você pode comprar novinho em folha.
O novo Mac mini exige que você o trate como se fosse um computador adequado, com um preço a combinar e que, compreensivelmente, forçará uma porcentagem de antigos mini-proprietários a optar por um Chromebook ou simplesmente um iPad para a maioria das necessidades de computação doméstica.
Isso não significa que você não deveria comprar essa máquina, especialmente se realmente quiser um computador doméstico eficiente e organizado com configuração completa de mouse e teclado.
Este dispositivo é poderoso, compacto e tudo o que um usuário experiente gostaria que o Mac mini fosse. Além disso, dá a você a liberdade de comprar funções extras que deseja pelo preço que você deseja, ganhando mais velocidade, memória e armazenamento.
Para um determinado tipo de usuário de Mac, o novo Mac mini apresenta um equilíbrio sólido. Mas não é mais o computador com um precinho que cabe no bolso pelo qual muitos se apaixonaram.
Ficha técnica do Mac Mini 2018
Especificações | Intel Core i3 | Intel Core i5 |
Lançamento nos EUA | Novembro de 2018 | Novembro de 2018 |
Preço | R$ 6.999 | R$ 9.399 |
Processador | Intel Core i3-8100 de quatro núcleos (possibilidade de upgrade para Intel Core i7-8700B de seis núcleos) | Intel Core i5-8500B (possibilidade de upgrade para Intel Core i7-8700B de seis núcleos) |
Frequência | 3,6 GHz (Core i3) ou 3,2 GHz (Core i7, com boost de 4,6 GHz) | 3,0 GHz (Core i5, com boost para 4,1 GHz) ou 3,2 GHz (Core i7 com boost para 4,6 GHz) |
Cache | 6 MB (Core i3), 12 MB (Core i7) | 9 MB (Core i5), 12 MB (Core i7) |
Memória RAM | Memória DDR4 de 8 GB com 2666 MHz (expansível para até 64 GB) | Memória DDR4 de 8 GB com 2666 MHz (expansível para até 64 GB) |
Armazenamento | SSD PCIe de 128 GB (expansível para até 2 TB) | SSD PCIe de 128 GB (expansível para até 2 TB) |
Placa de vídeo | Intel UHD Graphics 630 | Intel UHD Graphics 630 |
Resolução máxima | 5120 pixels x 2880 pixels e 60 Hz (Thunderbolt), 4096 pixels x 2160 pixels e 60 Hz (HDMI) | 5120 pixels x 2880 pixels e 60 Hz (Thunderbolt), 4096 pixels x 2160 pixels e 60 Hz (HDMI) |
Conexão | Entrada USB 3.1, entrada Thunderbolt, saída HDMI, Gigabit Ethernet e entrada para fone de ouvido | Entrada USB 3.1, entrada Thunderbolt, saída HDMI, Gigabit Ethernet e entrada para fone de ouvido |
Conexão sem fio | Wi-Fi padrão 802.11ac e Bluetooth 5 | Wi-Fi padrão 802.11ac e Bluetooth 5 |
Dimensões | 19,7 cm x 19,7 cm x 3,6 cm | 19,7 cm x 19,7 cm x 3,6 cm |
Peso | 1,3 kg | 1,3 kg |
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