Finalmente o nosso review para o Motorola Razr Maxx. E o motivo da demora? Não queríamos fazer algo simples, afinal, não era apenas um teste no aparelho, ver as funcionalidade e fazer o básico. Para isso, recebi o smartphone e fiquei alguns dias usando-o, deixando na gaveta meu Galaxy Nexus. Veja abaixo o resultado dos nossos testes:
MicroSIM:
O primeiro “problema” encontrado foi o MicroSIM (o chip da operadora). Tive que comprar um pequeno adaptador e fazer o corte na mão. O serviço não ficou lá muito bom e, por isso, recomendo que outros usuários busquem suas operadoras para substituir o cartão SIM por um MicroSIM (ou peçam ajuda aos atendentes da loja para fazer o corte). Feito o corte, prossegui com o teste.
As especificações você pode encontrar no post: Motorola RAZR MAXX chega ao Brasil com o quase o dobro da bateria do antecessor
Design:
O Kevlar, revestimento da parte traseira do aparelho, é bem interessante e da uma pegada boa para o aparelho. Na verdade, o acabamento inteiro do aparelho é muito bom, não fica aquela sensação de plástico dos aparelhos da Samsung, passando uma impressão de ser um aparelho muito mais robusto e resistente (falo isso pois tenho um Galaxy Nexus). Veja abaixo algumas fotos comparando os dois aparelhos:
Interface do Usuário e Sistema:
O Maxx já vem com o Android Ice Cream Sandwich 4.0.4, o que definitivamente é muito bom, e a Motorola fez pouca modificação no sistema. Pelo que pude constatar, as diferenças estão mais nos ícones coloridos e na lock-screen (tela de travamento). Ele não tem a interface MotoBlur ou grande modificações, o que, em tese, deve facilitar e agilizar os updates (estaremos no pé hein, Motorola Brasil!!).
Câmera:
A câmera do aparelho é muito boa, a qualidade das fotos é melhor que do Galaxy Nexus, porém a abertura do obturador é menor. Infelizmente, não tenho um Galaxy SII ou SIII para fazer uma comparação mais detalhada, mas seguem abaixo algumas fotos no mesmo local/horário para fazer a comparação. Porém, em termos gerais, a velocidade da câmera do GN é superior, o que para o meu uso é uma vantagem, pois tiro muita foto em movimento e tirar fotos “instantâneas” pra mim faz uma enorme diferença.
Resposta aos toques na tela:
Quando migrei do Milestone para o Nexus S uma coisa que percebi foi a enorme diferença na resposta do touch, sendo que no Milestone era muito melhor. Não sei explicar, mas parece que a área necessária para o toque é menor. Conversei com outras pessoas que passaram de Motorola para Samsung e perceberam a mesma coisa. Bom, o que importa é que o Maxx nesse ponto é superior ao Galaxy Nexus, como vantagem isso me permite uma digitação muito mais rápida e precisa. Ah sim, o Maxx vem com o famoso teclado Swype, mas não consigo usar (tentei, mas não consigo, pois me acostumei com as facilidades do Swiftkey).
Android Ice Cream Sandwich vs. Jelly Bean:
Agora, algo que tem me incomodado MUITO no Maxx, principalmente depois de colocar o Jelly Bean no Galaxy Nexus, é um atraso na resposta e pequenas travadas nas rolagens da tela. Isso me deixa realmente frustrado com o aparelho. Veja mais detalhes no vídeo:
GPS:
Eu não tenho problema nenhum com o GPS do Nexus pois estou sempre com dados ligados, mas reparei que a resposta no Maxx é mais rápida, o app FourSquare demora menos tempo pra achar minha localização, diria que uma diferença entre 5 e 10 segundos, mas em termos de precisão, ambos estão iguais.
Conexão 3G:
Sobre o 3G, trabalho na região da Paulista e meu plano de dados é da TIM, quase sempre estou em conexão edge no Nexus, e não reparei grande diferenças para o Maxx. Mas, pelo menos foi possível constatar que o problema de queda de sinal é realmente culpa da TIM e não do Nexus. Um comentário importante: o Maxx fica muito mais quente que o Nexus quando estou usando o 3G. Isso não é algo que chegou a me preocupar, mas sinto diferença e um pouco de receio quando coloco o aparelho no bolso, o Maxx está muito mais quente.
A cereja do bolo: uma bateria de 3300 mAh:
Aqui é onde está a enorme vantagem do Maxx. Não tenho o que reclamar nesse ponto, a autonomia dele é realmente o dobro do Nexus. Consigo usar o celular no 3G com sincronizações de contas o dia inteiro e ainda me sobra bateria no final do dia. Me considero um devorador de bateria, meus aparelhos estão sempre conectados em alguma USB ou tomada pois, desde que comprei um Android, nunca consegui uma bateria que me deixasse usar o celular sem preocupações por um dia inteiro. O Maxx conseguiu resolver esse problema com um aumento de peso/tamanho desprezível. Essa é uma lição que as outras fabricantes poderiam aprender com a Motorola. A carga da bateria também é extremamente rápida. Um ponto negativo, como em outros aparelhos, o consumo só é reportado de 10 em 10%.
No meu teste real, o Maxx aguentou um dia de trabalho inteiro (que uso muito 3G/email/Twitter/música) sem necessidade de carga sai de casa 8h da manhã e retornei 18h com cerca de 30% de bateria, usando um pouco em casa à noite, tive que fazer uma pequena carga. Não foi um dos dias de maior uso, mas estava bem na média.
Conclusão:
Fecho o texto dizendo que a única vantagem do Maxx é a bateria, e infelizmente esse único fator não justifica uma indicação de compra se você já tiver outro bom aparelho Android. Tenho conversado com alguns amigos que tem o Galaxy SIII e parece que a Samsung fez um ótimo trabalho e o consumo de bateria dele está muito bom, ainda que não possua uma bateria com a mesma capacidade do Maxx.
Pessoalmente, digo não trocaria meu Galaxy Nexus por um Razr Maxx, pois para mim atualizações de software e fluidez geral do sistema ainda são mais importantes. Mas, se você está cansado de ficar sem bateria por aí, pode ser uma opção interessante.
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