Mortal kombat 1

REVIEW: Mortal Kombat 1 é o melhor jogo da série até hoje

Avatar de eduardo rebouças
Apesar de não oferecer grandes mudanças quanto à jogabilidade, Mortal Kombat 1 traz modos de jogos divertidos e uma história que você não vai querer perder; acompanhe o nosso review!

Depois de onze títulos, qualquer série, seja ela de filmes, livros ou jogos, pode mostrar-se cansada e sem ideias, mas esse não é o caso de Mortal Kombat. A cada novo lançamento, a Netherrealm Studios se supera, e o novo Mortal Kombat 1 não é uma exceção: é o melhor jogo da série até hoje.

Um novo começo para Mortal Kombat

Mortal kombat 1
A violência continua extrema em Mortal Kombat 1. (Imagem: Divulgação)

Como pudemos ver no final do conteúdo extra de Mortal Kombat 11, Liu Kang, o escolhido por Raiden para ser o grande campeão do reino terreno tornou-se o Deus do Fogo, e com isso recebeu a responsabilidade de controlar a linha do tempo de todo o universo. Após um confronto com o ardiloso mago Shang Tsung, coube a ele recriar a existência a seu modo, e com isso, veio um reboot para a franquia MK.

Mortal Kombat 1 traz uma história inédita para os personagens há muito estabelecidos no cânone da série, e como é de costume para os jogos produzidos pela Netherrealm Studios, seu modo campanha é simplesmente épico. Por consequência, recomendamos jogá-lo primeiro, para que você não sofra com spoilers, pois outras funcionalidades do jogo revelam acontecimentos da trama.

A história do game se desenvolve em capítulos, cada um no qual você joga com um lutador diferente, desde Kung Lao e Raiden, que agora são meros camponeses, até Baraka e Mileena, cujas origens sofreram grandes mudanças, especialmente tratando do modo como se tornaram monstruosidades. 

Nas mais ou menos 8 horas de duração, a trama do jogo é extremamente bem desenvolvida, contando com vídeos com qualidade de produção que rivalizam até animações de longa-metragem (desde que não seja no Switch). Modelos de personagens baseados em atores reais são utilizados, e o detalhamento facial está simplesmente bárbaro no decorrer do jogo.

Há muito com que se divertir

Mortal kombat 1
Enfrente os desafios variados das torres no divertido modo há muito parte da franquia de jogos de luta. (Imagem: Divulgação)

Quando terminar de jogar a história, há muito mais conteúdo a curtir em Mortal Kombat 1. A nova modalidade, Invasão, é um resgate do modo aventura dos jogos da geração do PlayStation 2, onde sua missão é percorrer diversos mapas, completando todo tipo de desafio posto em seu caminho.

Como comentamos em nossa matéria contendo dicas para se tornar um kombatente melhor, este modo de jogo é de extrema valia para se aprender as muitas mecânicas de combate, sem falar no destrave de alguns dos muitos itens e bônus escondidos. As fases em que esse modo se baseia mudam no decorrer das temporadas de Mortal Kombat 1, então há de se esperar que sempre conterão muitas novidades enquanto a Netherrealm Studios continuar a atualizar o jogo no futuro.

Ao tornar-se um lutador digno de nota, ou melhor, encontrar um personagem com o qual se sinta bem jogando, a grande pedida antes de embarcar nas batalhas online é o modo das torres, um clássico que se vê presente desde os primeiros jogos da série. Nele, dependendo do nível de dificuldade escolhido, você enfrentará várias lutas para que no fim possa desvendar o final da história do seu personagem.

Dentro das torres, você poderá até jogar em uma espécie de desafio de sobrevivência, em que você lutará enquanto tiver energia para tal. Quanto mais longe chegar, maior serão os prêmios à sua espera. Bem como o excelente Mortal Kombat 9, o grande precursor da geração atual da franquia, as torres são extremamente divertidas e variadas em Mortal Kombat 1, trazendo desafios intensos que agradarão até os fãs mais exigentes de MK.

Desafie adversários do mundo todo

Mortal kombat 1
A princesa Kitana continua letal como de costume. (Imagem: Divulgação)

Fora essas modalidades, há a opção de se jogar tanto online quanto com pessoas ao seu lado no sofá, até em formato de torneio, em que mais de dois lutadores poderão participar. Claro, não é de se surpreender que muito do progresso do jogo depende da sua dedicação às lutas pela internet, e há uma quantidade absurda de conteúdo a ser destravado desta maneira.

Lutadores, fases e até os locutores do jogo podem ser customizados simplesmente jogando e ganhando itens ao participar de lutas contra outras pessoas. Isso sem contar as valiosas moedas MK, que podem ser usadas a cada 1000 unidades para jogar uma espécie de caça-níquel dentro do game para ganhar prêmios aleatórios.

Chegamos ao ponto do review em que temos que citar alguns dos elementos em que Mortal Kombat 1 pode não ser do agrado dos jogadores, especialmente aqueles em busca de grandes novidades em relação à jogabilidade-base deste novo título. Sim, há alguns elementos novos, como os parceiros Kameo, os quais incluem versões clássicas de personagens da franquia, mas em seu cerne, os Kameos não são nada mais que os já conhecidos combo breakers dos jogos anteriores.

Por outro lado, os Kameos trazem uma camada de especialização com a qual lutadores que quiserem se especializar poderão receber certas vantagens que favorecem seu estilo de jogo. Um exemplo prático disso é o caso de Reptile: ao fazer dupla com Motaro, ele é capaz de manter um inimigo longe do chão mais tempo, pois o centauro que fez sua estreia na franquia em Mortal Kombat 2 conta com golpes que jogam o adversário no ar. Reptile, por sua vez, é exímio em fazer verdadeiros malabarismos com o oponente, fechando o par brilhantemente.

Ainda assim, mantém certos aspectos

Mortal kombat 1
Personagens clássico juntam-se às versões repaginadas como parceiros kameos. (Imagem: Divulgação)

Desde sempre, o sistema de combate de Mortal Kombat é fortemente dependente de combos, sequências de golpes que quando são executados conferem muito dano ao adversário, e o novo jogo não foge à regra. Tal dependência dessa mecânica acaba tornando os controles um tanto travados e lentos, sem falar que ao estar do outro lado de uma sequência de golpes e sem um combo breaker à disposição, não há muito o que fazer para evitá-los.

Por isso, é necessário que haja uma conservação dessas habilidades de fuga para que sejam usadas no momento certo, a não ser que você não queira perder feio. Há, como nos jogos anteriores, os asquerosos golpes de raio-X também, muitos dos quais só são disponibilizados quando sua barra de vida alcança um certo nível. Por outro lado, a facilidade dos comandos de golpe aumentou muito neste novo jogo, tornando Mortal Kombat 1 muito mais acessível, de certa maneira.

E é claro, este não seria um Mortal Kombat sem uma quantidade absurda de violência na forma de Brutalities e os famosos Fatalities. Há décadas a equipe de Ed Boon vem criando golpes de finalização cada vez mais elaborados e nojentos, e os que vemos em Mortal Kombat 1 estão entre os mais sangrentos já vistos. E com a qualidade ainda maior de fidelidade gráfica, mais perturbadores, pode confiar.

Uma das surpresas do jogo é a participação especial de Jean-Cleaude Van Damme, como skin de bônus para Johnny Cage pela compra da versão turbinada do game. Como fãs de longa data da série sabem, o jogo original de 1991 era para ser baseado no ator, mas as negociações não deram certo na época. 

Agora, 30 e tantos anos depois, o sonho do diretor criativo da série, Ed Boon, e também do co-criador da franquia que há muitos anos se afastou da série, John Tobias, finalmente foi realizado. O resultado final é pra lá de divertido, completando a volta triunfal que a série deu desde seus humildes primórdios nos fliperamas até se tornar o gigante de vendas que é hoje. O mundo realmente dá voltas e isso é prova cabal disso.

Conclusão

Dito tudo isso, na combinação de suas funcionalidades e modos de jogo, mesmo com uma jogabilidade não exatamente nova, podemos facilmente colocar Mortal Kombat 1 no topo da lista dos jogos atuais da franquia por tratar-se de um novo e emocionante início para uma cronologia que já tinha passado dos limites reviravoltas e complicações. Com essa origem repaginada, a Netherrealm teve a oportunidade de começar do zero, mesmo que não exatamente fugindo do que faz Mortal Kombat 1 um Mortal Kombat digno de seu legado.

Para novatos à série, este é um excelente ponto de partida, pois trata-se de um belo reset das maluquices pré-estabelecidas nas décadas de existência da franquia. Já os fãs e veteranos de MK encontrarão muito para curtir, simplesmente testemunhando as mudanças criativas dentre as histórias do mundo e dos personagens, podendo comparar ao que veio antes, além de já estarem familiarizados com a jogabilidade que pouco mudou neste novo jogo.

Mortal Kombat 1 é um excelente reboot da série que apesar de não necessariamente fugir de suas raízes, traz novidades suficientes para torná-lo um jogo de luta excelente e com horas e mais horas de conteúdo de qualidade a ser jogado. Por outro lado, o pouco que inova em termos técnicos de luta pode deixar alguns jogadores cansados com o mesmo um tanto desapontados. 

Acabou de ler o review e quer mais conteúdo de games? Pois bem, é só apertar continue e ficar com a gente aqui no Showmetech!

Revisão do texto feita por: Pedro Bomfim (22/09/23)

Mortal Kombat 1 vale a pena?

Mortal Kombat 1 vale a pena?
94 100 0 1
94/100
Total Score
  • Apresentação
    100/100 Excelente
    Este é de longe o Mortal Kombat mais bonito de todos, unânime em todos os quesitos.
  • História
    85/100 Incrível
    Trazendo um reboot um tanto quanto necessário, Mortal Kombat 1 conta uma nova origem para a franquia, sem fugir dos trejeitos da franquia.
  • Diversão
    90/100 Incrível
    Apesar de trazer uma jogabilidade sem muitas mudanças com relação aos jogos anteriores, Mortal Komabt 1 é um jogo de luta muito divertido, e graças aos controles simplificados, há como jogadores de todos os níveis se divertirem.
  • Conteúdo
    100/100 Excelente
    Mortal Kombat 1 traz uma quantidade absurda de conteúdo para ser jogado em seus diversos modos de jogo, muitos dos quais irão durar enquanto a produtora estiver dando suporte ao jogo.

O que gostamos

  • O jogo é simplesmente lindo graficamente
  • A história, apesar de previsível, diverte bastante
  • A participação especial de JCVD, mesmo sendo um bônus na versão mais cara do jogo, é uma surpresa legal para fãs de longa data

O que não nos agradou tanto

  • O jogo pouco inovou em termos de jogabilidade

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