Review: lost in random é um dos destaques do ano com fantástico mundo sombrio

REVIEW: Lost in Random é um dos destaques do ano com fantástico mundo sombrio

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Com personalidade e carisma, Lost in Random é um jogo indie mais divertido do que muita promessa de grandes publicadoras. Confira o nosso review!

Há quem ainda não leve a sério os jogos independentes, mesmo em 2021. Existe um catálogo gigante de títulos desenvolvidos por equipes menores com muito afinco, disponíveis em plataformas distintas. Alguns felizmente conseguem alcançar mais públicos fora do seu nicho com a ajuda de terceiros, o que é o caso de Lost in Random, novo jogo de fantasia lançado na última sexta-feira (10).

Lost In Random é o tipo de jogo que cativa desde a primeira vista, principalmente pela sua arte muito comparada ao estilo de Tim Burton. Embora seja possível fazer essa referência, o título desenvolvido pela Zoink e Thunderful Games tem muito mais a mostrar e dá uma aula de criatividade e execução de uma boa e original ideia.

Review: lost in random é um dos destaques do ano com fantástico mundo sombrio
Lost in Random é uma grande surpresa deste ano. (Imagem: Lost in Random/Divulgação)

O Showmetech pôde testar e se aventurar nos reinos sombrios e cartunescos do jogo e conta a seguir todos os detalhes do lançamento e como ele é um dos principais acertos do ano em nossa análise sem spoilers vitais da trama.

Boas-vindas à aleatoriedade

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Mundo sombrio é aliado com personagens carismáticos e bem-humorados. (Imagem: Lost in Random/Divulgação)

Começando por um ponto de vista mais particular, Lost in Random chamou a minha atenção desde quando foi anunciado. Não apenas pelo seu visual marcante, mas também pela proposta de abordar um conto de fadas não tradicional de uma forma original. A publicação é feita pela EA.

Com sugere o nome, Lost in Random brinca com a aleatoriedade dos fatos e a sorte como um fator determinante na vida dos personagens. Na trama, assumimos o papel de Even, uma garotinha com vive com os pais e sua irmã Odd no reino Onecroft. Onecroft é a base de outros cincos reinos neste universo: Two-Town, Threedom, Fourburg, Fivetropolis e Sixtopia.

Cada civilização representa uma espécie de classe social. Se você vive em Sixtopia, sua vida é de puro luxo. Por outro lado, se você é habitante de Onecroft, sua vida é a mais pura miséria. Este é o caso da família de Even. Porém, quando uma criança completa 12 anos, a Rainha, que comanda todos os reinos, oferece um dado mágico para poder descobrir o seu destino.

Odd é confrontada por esse dilema e obrigada a rodar o dado, que cai no número seis. Ela, então, é retirada de Onecroft e Even parte em busca de trazê-la de volta. A narrativa de Lost in Random parece uma história de ninar para os adultos. Combinando com os cenários assustadores, o jogo cumpre com êxito a ideia de trazer personagens tão interessantes num mundo rico para exploração do jogador.

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Neste jogo indie, controlamos Even, uma astuta menina que sai em busca de resgatar a sua irmã. (Imagem: Lost in Random/Divulgação)

A partir disso, assumimos o papel da pequena cidadã que, assim como nós, não sabe o que esperar de sua jornada. Um tópico muito interessante de tudo isso é que as figuras que encontramos são muito carismáticas e até engraçadas, o que traz o contraste bem esperto entre o sombrio e o humor. Devido a isso, é difícil você não se apegar fácil a cada habitante que cruza em seu caminho, além de, claro, a própria protagonista.

Em determinado momento da história, Even encontra um dado místico que ganha o apelido de Dicey e vira seu companheiro. É com ele que uma das mágicas mais agradáveis do jogo acontece: a dinâmica de combate no gameplay.

A sorte nas cartas como arma de combate

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Gameplay de combate é inteligente em incluir elementos diferentes do que já é conhecido. (Imagem: Lost in Random/Divulgação)

Sozinho, o gameplay de exploração do jogo é bem interessante e divertido. Existem vários pontos do mapa para checar e personagens que ajudarão a esclarecer melhor pontos ocultos do enredo. Além disso, o jogador pode optar por realizar missões principais ou secundárias, conforme forem surgindo na progressão do game.

No entanto, um dos momentos que mais rouba a cena é a hora do combate de fato. Usando o Dicey, Even pode conjurar armas, itens de defesa e montar uma estratégia de ataque a partir de cartas da sorte. Toda vez que rodamos o dado, cartas que já estão no nosso deck aparecem para seleção. Cada uma possui uma função e podem ser combinadas na hora dos confrontos.

Ainda, quando o dado é jogado, todos os inimigos param e é concedido o momento de pensar uma estratégia significativa para derrotá-los. E cada carta possui um valor para poder ser ativada. Você pode achar que isso é uma tremenda vantagem. De fato, no início do gameplay, pode ser bem fácil. Mas o ponto em que isso é eficiente se dá quando o jogo te estimula a experimentar diferentes cartas com um grande número de adversários distintos, além de eles terem habilidades variadas.

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Cenários interativos com as batalhas épicas são um dos pontos altos do lançamento. (Imagem: Lost in Random/Divulgação)

Esse é um ponto vital do jogo, porque é o momento em que a história converge com um cenário de batalha muito prazeroso de estar presente. E, não o bastante, o título ainda traz configurações diversas de confrontos como, por exemplo, uma luta no estilo de um jogo de tabuleiro.

Os dois únicos pontos negativos são que, às vezes, a movimentação da personagem parecia mais dura do que o ideal e o título não possui legendas em português, o que o torna menos inclusivo para os gamers brasileiros. Mas, fora isso, a sensação é de que os desenvolvedores souberam arquitetar exatamente uma boa ideia que estava no papel e, para o jogador, isso é bem gratificante.

Um fantástico universo imersivo

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Direção de arte é excepcional em Lost in Random. (Imagem: Lost in Random/Divulgação)

Para criar uma narrativa tão envolvente quanto essa, é necessário ter um cenário que possa dar imersão ao jogador. Lost in Random também sabe fazer isso muito bem. Independentemente de comparações válidas ou não, o jogo possui uma estética bem particular e seus traços são bem bonitos durante o gameplay.

Cada personagem tem uma feição muito bem definida e que combina com os seus desejos e motivações. Neste ponto, é realmente um acerto. A trilha sonora é igualmente divertida e consegue tornar o que já é bom ainda melhor, desde a personalidade de cada reino aos momentos mais intimistas, o que consequentemente dá margem para uma maior aproximação com o que está sendo dito ao jogador.

Desempenho quase liso

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Em geral, performance do jogo na versão de PS4 é satisfatória. (Imagem: Lost in Random/Divulgação)

Disponível em todos consoles e PC, a versão que o Showmetech recebeu para análise foi a de PS4. Em linhas gerais, a experiência foi agradável e bem válida. Só alguns momentos de deslizes foram presenciados.

Bugs de interação aconteceram ocasionalmente, com um deles obrigando a voltar para a tela inicial e retomar a saga. Entretanto, isso não foi tão grave a ponto de estragar a experiência como um todo ou impedir a continuidade da história. A empresa havia afirmado que um patch de Dia 0 seria incluso em todas as plataformas, o que talvez solucione tais erros.

Uma das melhores experiências do ano

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Desenvolvedores entregam ótimo trabalho em título que não deve passar despercebido pelo público. (Imagem: Lost in Random/Divulgação)

É possível afirmar que Lost in Random representa aquilo que o jogador tanto busca em um jogo: momentos de diversão, interesse e comprometimento na execução de um trabalho. Em tempos onde títulos de grandes companhias saem às pressas e à custa de funcionários para suprir calendário, o título independente é uma ótima surpresa e, particularmente, uma das experiências mais agradáveis com jogos que tive em 2021.

A história não possui um desfecho tão fora do esperado, mas talvez na simplicidade e boa execução de ações é onde se encontra a boa memória que fica com cada jogador ao desligar a televisão e o computador. Com a plataforma de visibilidade da EA, seria ótimo ver Lost in Random ter o reconhecimento que merece.

Lost in Random está disponível para aquisição desde a última sexta-feira (10) para PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series S/X, Nintendo Switch e PC.

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Acesse também outros conteúdos relacionados no Showmetech, como o nosso review de Dodgeball Academia, a fábrica de jogadores lendários.

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