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Horizon Forbidden West foi um dos melhores jogos lançados em 2022, sendo, inclusive, indicado para concorrer ao prêmio de Jogo do Ano do The Game Awards. No título, continuamos a acompanhar a história de Aloy nesse futuro distópico dominado por máquinas colossais e agora, em 2023, a trama recebeu novo capítulo com Burning Shores.
Só que diferente da principal expansão lançada para o primeiro jogo da saga, Frozen Wilds, o “Litoral Ardente”, como ficou conhecido no Brasil, não é uma história secundária e sim uma breve continuação do que não foi terminado, além de adicionar algumas novas mecânicas.
Esse conteúdo vale a pena? Confira a análise do Showmetech sobre o jogo!
Aliás, por conta de os dois produtos estarem tão interligados, pode haver spoilers do jogo base a seguir. Então, se você ainda não terminou a campanha, tome cuidado!
História da expansão
Como dito acima, a história de Burning Shores acontece logo depois daquele final que revelou muitas informações sobre o passado de Aloy, mas, ao mesmo tempo, também criou novas perguntas na cabeça dos jogadores que ficaram sem respostas. Dessa forma, a nova DLC do jogo não é aquele conteúdo que pode ser deixado de lado pelos fãs, já que define pilares importantes para o universo e é um capítulo importante na vida da personagem principal.
Infelizmente, a Guerrila Games não pôde prever o falecimento de Lance Reddick, que dá voz ao incrível Sylens, por isso, apesar das cenas em que ele aparece serem estranhas, são também uma grata homenagem a um ator tão presente na franquia. Além disso, ele também funciona como um dos pontos centrais dessa nova história, indicando para Aloy o ponto de partida e sendo importante no final.
Ainda dentro desse assunto, o roteiro deixa a entender que Sylens teria uma importância ainda maior em jogos futuros da franquia, entretanto, dentro desse novo contexto, fica um pouco difícil imaginar como a Guerrila Games fará para contornar essa perda.
Enfim, após o incrível ato final de Horizon Forbidden West, onde Aloy tem uma épica batalha contra os Zeniths, é revelado que um deles desapareceu. Se trata de Walter Londra, que fugiu para uma região conhecida no passado como Los Angeles, mas que agora é conhecida por “Litoral Ardente”, então, cabe à protagonista do jogo impedir seus planos.
A história também ganha um novo respiro e elementos graças a adição de Seyka, uma guerreira da tribo dos Quen, povoado que habita a região. Elas formam uma aliança para resolver os problemas causados por Londra juntas. As duas, felizmente, funcionam muito bem juntas e tornam os diálogos ao longo da narrativa mais interessantes.
Entretanto, apesar de existir uma química boa, se você for aquele tipo de jogador que gosta de explorar todo o mapa antes de seguir a história principal, pode se sentir um pouco irritado com sua nova companheira de viagem, já que ela costuma te lembrar bastante dos verdadeiros objetivos e ainda tenta ajudar durante os quebra-cabeças, uma prática comum nos jogos da Sony que já levantou algumas reclamações, como em God of War.
Apesar de interessante e bem construída, a história é relativamente curta. A depender do seu estilo de jogo, você pode terminar com os planos de Londra em pouco mais de 4 horas, sendo que para realizar todo o conteúdo adicional presente no jogo, leva cerca de 15 horas.
Jogabilidade
Apesar de Burning Shores corresponder àquele “gostinho de quero mais” que ficou para os jogadores que terminaram Horizon Forbidden West ano passado, a DLC do PlayStation 5 também reproduz essa sensação. O “Litoral Ardente” é um local grande e bem construído, mas os eventos acontecem de forma tão apressadas que, quando termina, você pensa em como tudo aquilo poderia ser melhor aproveitado.
Esse pouco tempo de conteúdo adicionado também influencia bastante em outros elementos relacionados à jogabilidade. Não temos a adição de uma enorme variedade de inimigos, apenas quatro novas máquinas foram para enfrentarmos ao longo dessa nova jornada, mas ainda tem várias coisas divertidas para serem feitas.
Dessa forma, a jogabilidade não muda muito da DLC para o jogo base, todos os elementos principais estão ali e várias das novas mecânicas, infelizmente, não são tão utilizadas como poderiam. De qualquer forma, o principal foco de Horizon continua ótimo: as batalhas.
É nesse momento que a franquia sempre brilhou e mantém esses méritos. Enfrentar máquinas que querem te destruir é algo muito prazeroso, traçar as melhores estratégias para derrotá-las dá uma enorme sensação de dever cumprido. Infelizmente, em Burning Shores, não há nenhum inimigo que te faça se sentir desafiado de verdade, mas fora isso, a diversão do combate é mais do que garantida.
Então, se você gostou de Horizon Forbidden West pela jogabilidade e exploração de mundo aberto que o jogo ofereceu, não se decepcionará com Burning Shores. Não há mudanças radicais nesses aspectos, o que pode ser uma escolha de direção ótima, principalmente para agradar os jogadores que se apaixonaram pelo título.
Gráficos
Em 2022, a Guerrila Games não levou para casa o título de Jogo do Ano, mas entre as indicações ao The Game Awards e BAFTA, venceu a categoria de melhor realização técnica e esse prêmio se paga em Burning Shores. Os gráficos produzidos pela desenvolvedora estão maravilhosos no PlayStation 5.
Quando foi anunciada, a DLC causou um pouco de polêmica na comunidade por não ser lançada na geração anterior, onde o jogo base estava disponível. Entretanto, ao jogá-la, é possível compreender que diversos aspectos técnicos utilizados na expansão não seriam suportados pelo hardware já antigo do PlayStation 4.
Os ambientes são maravilhosos, inclusive, há a adição de um novo elemento ao cenário que torna os momentos ainda mais bonitos e interessantes: a lava. Ela é um elemento importante da identidade visual do “Litoral Ardente”, então, a qualidade alcançada pelos desenvolvedores nesse aspecto mostra que eles realmente se dedicaram para produzir algo que pareça real.
De forma geral, no PlayStation 5 o potencial de uso que a Decima Engine pode proporcionar foi levado ao extremo. Além de produzir cenários bonitos em terra firme, as tecnologias da ferramenta também permitem que os céus sejam desenhados de forma fantástica. As nuvens já eram bonitas em Horizon Forbidden West, só que em Burning Shores, esses aspectos técnicos são levados ainda mais além!
Felizmente, o mesmo carinho também foi utilizado na composição dos personagens, que são bem detalhados e até mesmo as expressões faciais foram melhoradas, gerando uma diferença enorme entre a DLC e o jogo base, onde parecia faltar um pouco de “emoção” neles. Além disso, apesar de serem escassas, as novas máquinas adicionadas também receberam uma atenção especial em suas renderizações, já que se prestar bastante atenção, o jogador poderá notar diversos detalhes novos.
E o desempenho?
Assim como outros jogos mais recentes, Burning Shores oferece ao jogador uma série de opções gráficas para escolher. Uma focada em atingir o melhor desempenho, outra destinada a quem quer a melhor qualidade gráfica possível e, por fim, uma última que é um equilíbrio entre as duas. Então, cabe o jogador escolher a melhor para si.
A expansão faz bom uso do SSD do PlayStation 5, que torna a experiência bastante fluída ao navegar pelo mapa, principalmente na espera para carregar. Em pouco menos de 10 segundos, já é possível ir do menu para a aventura de Aloy!
Além disso, o console da Sony também é capaz de segurar um bom desempenho de jogo na maior parte do tempo. Infelizmente, assim como também é padrão na maioria dos jogos de mundo aberto com esse escopo, há momentos em que os FPS caem e há lentidão, mas não é nada que chega a atrapalhar de verdade a experiência do jogador, apenas um problema que toda a indústria ainda não foi capaz de resolver.
Preço e disponibilidade
Horizon Forbidden West: Burning Shores é uma expansão exclusiva de PlayStation 5 e, para jogá-la, é necessário ter finalizado ao menos a história principal do jogo base, já que ela começa a partir desse ponto. Jogadores interessados nessa nova história de Aloy, podem comprar a expansão a partir de R$104,90 na loja oficial do console, lembrando que ele não é comercializado em mídia física, apenas digital.
Já o PlayStation 5, no momento, sai por R$4.450,00 na Amazon. Enquanto apenas o Horizon Forbidden West, totalmente localizado para o português, custa R$ 199,99 na Magazine Luiza!
Vale a pena jogar Burning Shores?
Pode parecer um pouco clichê finalizar o texto com essa resposta, mas se você é um grande fã da saga Horizon e quer saber o que o futuro aguarda para a franquia, essa DLC é obrigatória. Além de expandir a história já construída do universo, ela também acrescenta novos detalhes que poderão ser utilizados num possível terceiro jogo da saga – que já foi confirmado pela Guerilla Games que haverá uma nova aventura de Aloy.
Apesar de não adicionar muito conteúdo realmente novo e ser bastante curta na história principal, ela te manterá entretido por todo esse tempo em seu breve retorno ao “Oeste Proibido”. Já se você gosta de visuais realistas e observar os aspectos técnicos de cada jogo, esse é um prato cheio, inclusive, considero um dos mais bonitos lançados no PlayStation 5 até agora.
Então, sim, para os veteranos da franquia, é um ótimo epílogo e para quem iniciou nesse universo por agora, graças ao fato do jogo ser sido dado aos assinantes da PS Plus Extra em fevereiro, algumas horas a mais de jogo nunca é ruim, certo?
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FONTES: Sony e Guerrilla Games
Revisão do texto feita por: Pedro Bomfim (28/04/23)
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História4/5 BomA história serve como um epílogo para a campanha principal e tenta definir o provável futuro da saga
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Duração3/5 IndiferenteNão leva muito tempo para finalizar toda a história do jogo
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Jogabilidade4/5 BomAs novas adições são interessantes e a expansão mantém a fórmula que fez a franquia ficar conhecida
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Gráficos5/5 IncrívelÉ o ponto alto da DLC! Os gráficos estão fantásticos.
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