Os óculos de realidade virtual representam a mais nova onda – ou o retorno de uma antiga onda – tecnológica que promete mudar a forma com que interagimos com computadores, smartphones e consoles de videogame.
Várias empresas estão criando suas próprias versões desta que promete ser a sensação dos próximos anos no mundo da tecnologia. São dispositivos da mais alta tecnologia, mas a maioria ainda com preços bastante salgados.
O Facebook está testando o Oculus Rift, que será vendido por cerca de US$ 350,00. A Sony tem o HMZ-T3W, que está disponível pela bagatela de US$ 999,99. A Samsung tem o Gear VR, que deverá ser o primeiro a chegar ao mercado consumidor, com preço na casa dos US$ 200,00.
O Google disputa espaço apostando no Glass, que foi retirado de comercialização para desenvolvedores há poucas semanas, aparentemente para iniciar a etapa de vendas comerciais, quando estava sendo vendido por US$ 1500,00. A Microsoft anunciou há poucas semanas o Hololens, que ainda não está disponível para os desenvolvedores e, portanto, não teve seu valor divulgado. Vale lembrar que estes dois modelos, diferente dos outros, são opções de realidade aumentada (que adicionam conteúdo à visão normal do usuário) e não realidade virtual (que criam um mundo ou situação virtual com uma tela, focada para o usuário).
Pensando na questão do preço, o Google demonstrou imensa criatividade ao criar uma versão de papelão de um óculos de realidade virtual. Chamado de Google Cardboard VR, ele já é vendido através deste link, por diversas empresas parceiras que usam materiais como o papel, plástico, espuma, etc. na construção do gadget.
Se você tem interesse em descobrir como estes óculos funcionam, e se vale a pena se aventurar pela tecnologia, veja o reviews abaixo:
Sempre que penso sobre o Google Cardboard a primeira imagem que me vem na cabeça é essa:
Ele parece aquele primo pobre que vem do interior, mas não se engane com as aparências, pois tecnologia de ponta nem sempre implica em dispositivos eletrônicos caros.
E, talvez, esta seja a principal mensagem do Google ao apresentar o Cardboard. Uma estrutura de papelão, com duas lentes de acrílico, dois magnetos e uns pedaços de velcro, projetada com conceitos de alta tecnologia.
Inicialmente, o kit de montagem foi distribuído somente para os participantes do Google I/O 2014, com posterior liberação do projeto para que qualquer um pudesse replicá-lo. Assim, várias empresas começaram a fabricação.
Através de algumas destas, é possível adquirir o seu exemplar por cerca de US$ 15,00. Ainda, existem kits com as lentes e magnetos por cerca de US$ 5,00 para os que preferem montar a estrutura por completo, como quiserem. Existem também alguns sites que vendem versões mais bem acabadas, com o case de EVA ou plástico, por valores entre US$ 25 e US$ 80,00.
O grande benefício do equipamento é permitir que desenvolvedores individuais e pequenas empresas criem experiências de realidade virtual, em forma de aplicativos, ou soluções para este tipo de equipamento com baixo investimento financeiro.
Com o Cardboard VR é possível ter uma boa noção do que se pode ou não fazer, e o que funciona ou não em realidade virtual. Quem não estava no evento podia acompanhar as palestras ao vivo pelo YouTube, e ainda pode revê-las. A palestra abaixo apresentou o projeto Cardboard para os participantes do Google I/O 2014:
Assim que pude, adquiri uma das versões paralelas e aguardei algumas semanas até ela ser entregue. Me decepcionei um pouco ao descobrir que meu smartphone (Moto G XT1033) não é compatível, pois não possui giroscópio nem sensor magnético. Mas, pude testar em aparelhos de amigos e ele funciona normalmente em qualquer aparelho com os dois sensores citados. Portanto, se pretende adquirir um, verifique antes se o seu aparelho é compatível.
O giroscópio é necessário para capturar a orientação espacial do aparelho, ele é que permite movimentar a cena, reconhecendo a posição espacial do usuário. Já o sensor magnético é necessário para efetuar seleções, através dos magnetos, que ficam na lateral do case. Ao movimentar o magneto, é criada uma perturbação no campo magnético ao redor do aparelho, que identifica isso como a seleção no app. Esta foi uma das coisas soluções mais elegantes que já vi para um problema!
No app oficial, disponível na Play Store, é possível ter uma noção do que é possível fazer com o dispositivo. Abaixo eu explico um pouco mais sobre ele:
Através do menu inicial, visto acima, é possível acessar os seguintes aplicativos já preparados para o modo VR: Google Earth, Exhibit, Photo Sphere, Street View, Tour Guide, Windy Day e YouTube. Na tela de seu smartphone a imagem é exibida repetida, nas duas metades da tela, conforme o exemplo acima. Abaixo, separamos um vídeo demonstrativo que foi feito pelo canal do YouTube Cardboard Brasil:
Além das opções do app oficial, existem outras dezenas de apps compatíveis na Play Store que são compatíveis com o modo VR. Na tela inicial do app oficial existe uma opção para explorar as dezenas de apps. Até a montadora Mercedes-Benz tem o seu representante, onde é possível dar uma volta com uma Sauber C9 ou o AMG GT. Para localizar mais apps compatíveis busque por “VR Cardboard” na loja de aplicativos do seu Android.
Claro, utilize um bom fone de ouvido para deixar a experiência ainda mais completa. E, prepare-se, já que alguns passeios e filmes podem causar sustos e até vertigens, como se você estivesse em montanhas russas.
Dica: um ótimo app para você testar o nível de imersão da realidade virtual é app de terror Sisters. De preferência, com as luzes da sala apagadas!
Se você já tem um Cardboard VR, comente um pouco sobre as suas experiências ou indique seus VR Apps favoritos nos campos abaixo, ok?
Descubra mais sobre Showmetech
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.