Índice
A Samsung gentilmente enviou para o Showmetech um exemplar de seu mais recente smartphone intermediário lançado no Brasil, o Galaxy J5 Prime. Ele chegou para substituir o Galaxy J5 Metal (lançado em 2016) e disputar com aparelhos na faixa dos R$ 1 mil, tais como os Moto E e Moto G5, da Motorola.
Em relação à versão do ano passado, o Galaxy J5 Prime traz adições interessantes, tais como o dobro de espaço de armazenamento interno e um sensor de impressões digitais junto ao botão Home. O design também está bem interessante. Entretanto, o dispositivo peca em alguns pontos. Usei o Galaxy J5 Prime como meu aparelho principal por duas semanas e, nos parágrafos abaixo, descrevo todos os pontos positivos e negativos do novo celular da Samsung.
Design
O design é, sem sombra de dúvida, a característica que mais chama atenção no Galaxy J5 Prime. Não podemos negar que o visual do aparelho é bem bonito e agradável aos olhos. Toda a parte traseira e laterais do celular são feitas com uma única peça de alumínio escovado. Este é um material melhor que o plástico já que confere um certo tom de elegância e sofisticação. Embora o alumínio seja um material liso, as laterais do aparelho possuem o atrito necessário para que o celular não escorregue das mãos. Além disso, dificilmente o celular ficará com marcas de dedo, coisa que acontece com frequência em celulares com traseira de vidro.
Ano passado haviam duas versões do Galaxy J5. Uma feita em plástico e a outra de metal, com o sufixo Metal. Esta versão não era totalmente construída em metal, apenas as suas laterais. Na versão 2017, porém, isso muda e o aparelho tem sua carcaça toda feita em metal. Um belo avanço para essa linha. O modelo que a Samsung nos enviou possui a cor rosa (rosé), mas há também as cores preta e dourado.
Outro ponto que me agradou bastante no design do Galaxy J5 Prime foram as suas dimensões e peso. Por ter uma tela de 5 polegadas, o celular não é muito grande e não faz volume no bolso da frente da calça. Suas dimensões são de 142.8 x 69.5 x 8.1 mm. Além disso, ele é bastante leve, pesando apenas 143 gramas. É muito confortável segurar o aparelho nas mãos, pois a leveza se une à boa pegada do dispositivo e à textura fria e lisa do alumínio.
Agora vamos falar da posição dos botões e demais entradas. Na lateral direita encontramos o botão Power e, acima dele, o alto-falante. Essa não é uma posição em que as fabricantes costumam colocar a saída de áudio, geralmente situada na parte frontal do smartphone. Devo dizer que o áudio é bem satisfatório e não é “tampado” quando colocamos o aparelho sobre alguma superfície. Porém, sempre que eu o segurava na horizontal, geralmente quando ia assistir algum vídeo, eu sem querer tampava a saída de áudio.
Já na lateral esquerda temos os dois botões de volume e, abaixo deles, as gavetas dos chips de operadora e cartão de memória. São duas gavetas no total, que podem ser abertas usando-se o ejetor que vem na caixa do celular. A primeira delas abriga apenas um chip SIM. E a segunda gaveta, a maior, acomoda o segundo SIM card e o cartão de memória, que pode ser no máximo de 256 GB.
Assim, posso dizer com certeza que o aspecto que mais gostei no Galaxy J5 Prime foi o seu belo redesign totalmente em alumínio escovado. Realmente, é um celular bem bonito de se ver. Apesar dos elogios, acho que há espaço para melhora. Por exemplo, os dois botões capacitivos poderiam ser retroiluminados. Ajudariam no uso durante a noite ou em quartos escuros.
Tela
A tela do Galaxy J5 Prime é apenas Ok, deixando a sensação de que poderia ser melhor. Não me entenda mal, ela é uma boa tela no geral. Mas a Samsung decidiu economizar em alguns aspectos. Ela tem 5 polegadas e resolução HD (1280 x 720 pixels). O tamanho agrada a muitos usuários e a resolução do display é boa para o tipo de aparelho que é o Galaxy J5 Prime. Porém, tive a impressão de que a saturação de cores poderia ser melhorada, já que elas aparentam ter tonalidades mais frias.
Isso talvez se deva ao fato da Samsung ter usado um display LCD TFT e não um IPS, que geralmente confere mais brilho e mais saturação. Provavelmente isso foi feito para cortar custos. Mas é estranho pensar que o Galaxy J5 Metal tinha uma tela maior (5,2″) e painel Super AMOLED, que garante pretos mais profundos e cores mais quentes e fortes. Além disso, outro ponto que me deixou um pouco decepcionado foi a ausência do sensor de luminosidade. Este item se faz presente em diversos aparelhos mais baratos.
Com isso, fica à cargo do usuário definir a intensidade do brilho manualmente. O brilho também não é muito intenso. Mesmo com o brilho no máximo, às vezes tinha um pouco de dificuldade em enxergar alguns detalhes da tela sob o sol forte. Para isso, a Samsung colocou um modo “Externo” no software, que aumenta ainda mais o brilho. Porém, esse modo só pode ser utilizado por 15 minutos.
Para melhorar a tela, a Samsung poderia colocar um painel LCD IPS ou mesmo partir logo para um Super AMOLED e também incluir um sensor de luminosidade da tela, de forma que o próprio sistema alterasse a intensidade do brilho conforme a luz do ambiente.
Desempenho e Sistema Operacional
O desempenho do Galaxy J5 Prime não decepciona aqueles que buscam um celular para uso básico. E por uso básico eu quero dizer acessar os aplicativos do Facebook, Instagram, WhatsApp, Messenger, YouTube, navegar na internet, dentre outras tarefas simples. Para esse tipo de atividade, o aparelho da Samsung é excelente, podendo agradar ao usuário mais mediano.
Mesmo assim, alguns apps específicos possuem uma certa demora para abrir e carregar as informações. É o caso do Google Maps e Chrome, que levaram alguns segundos para estarem totalmente prontos para uso. O Instagram também apresentou umas pequenas travadas na animação de envio de Stories. A alternância entre os apps abertos também não é tão ágil, exigindo uma pequena dose de paciência do usuário. Nada grave, mas que não passou despercebido pela minha experiência de uso.
A configuração de hardware do Galaxy J5 Prime é composta por um processador Exynos 7570 com 4 núcleos Cortex-A53 de 1.4 GHz, GPU Mali-T720 e 2 GB de memória RAM. Acredito que o culpado pela demora de abertura dos apps acima citados seja a quantidade de memória RAM.
Se por um lado o celular é bastante competente na execução de tarefas mais básicas, o mesmo não se pode dizer da execução de jogos pesados. Em meus testes baixei o jogo Unkilled, um jogo de tiro com gráficos bem elaborados. Na qualidade gráfica máxima o Galaxy J5 Prime sofreu uma queda brusca de FPS (quadros por segundo), além de esquentar bastante. Para rodar o jogo de forma minimamente aceitável tive que colocar as configurações dos gráficos no mínimo. Mesmo assim, não foi o ideal. Já para jogos mais casuais e sem gráficos complexos, o aparelho se sai bem.
Um outro ponto que considero negativo para o Galaxy J5 Prime é a versão do Android que vem instalada de fábrica. Trata-se do Android 6.0.1 Marshmallow. Em minha opinião, por ser um lançamento recente, a Samsung já deveria incluir o Android 7.0 Nougat. Existe a possibilidade de atualização, mas nenhuma data foi divulgada pela empresa. Portanto, sempre fica a dúvida se o dispositivo será ou não atualizado para a versão mais recente.
Como de costume, a Samsung utiliza a interface TouchWiz em seus aparelhos. E no Galaxy J5 Prime ela segue o mesmo padrão dos outros aparelhos. Sem surpresas aqui. Há pontos positivos, tais como: fluidez e estabilidade do sistema e poucos apps pré-instalados. Ponto para a Samsung.
Câmeras
A câmera traseira do Galaxy J5 Prime possui um sensor de 13 MP, lente de 28mm com autofoco e flash LED normal. Porém, o diferencial, em minha opinião, é a abertura de f/1.9, que permite a entrada de mais luz no sensor. Normalmente celulares intermediários usam câmeras com abertura de f/2.0. Fiz comparações com a câmera de um Moto Z Play que, em tese, é superior, mas possui abertura de f/2.0. Em todas as fotos que fiz o Galaxy J5 Prime conseguiu gerar imagens mais claras.
Entretanto, não pense que por causa disso ele tem uma super câmera e faz imagens magníficas. Não. A câmera traseira do Galaxy J5 Prime é apenas suficiente para a maioria dos usuários. Em ambientes com boa iluminação natural você pode tirar boas fotos, com cores vivas e bom nível de definição. O foco não é lento, o que não prejudica a experiência. Entretanto, em ambientes escuros ou durante a noite, você precisará de um pouco mais de concentração para tirar boas fotos. Mesmo assim, as granulações já aparecem com mais força. E com um leve movimento da mão, a imagem já fica tremida ou borrada.
A câmera frontal, por sua vez, tem sensor de 5 MP, lente com abertura f/2.2 e flash LED. Em relação à outros celulares intermediários, é uma câmera inferior na teoria, mas que na prática me surpreendeu. Ela consegue gerar selfies com boas cores, bom nível de definição e pouco ruído. Até mesmo à noite, mas com iluminação artificial, consegui tirar selfies interessantes. Novamente, destaco que não é uma câmera sensacional, mas que será suficiente para a maioria dos usuários. Abaixo, você confere uma série de fotos tiradas com o dispositivo e que não passaram por nenhum tipo de edição ou filtro:
Bateria
Um dos principais problemas deste smartphone é a sua bateria. Ela tem apenas 2.400 mAh de capacidade, o que é bem baixo para um smartphone intermediário e que custa R$ 999. Em meus testes, consegui fazer a bateria durar 1 dia e 15 horas com uso bem moderado mesmo. Quando eu começava a usar com mais frequência, a bateria já chegava à noite abaixo dos 20%.
De modo geral, consegui pouco mais de 5h40m de tela ligada, variando o brilho entre o médio e o máximo. Em minha opinião, é um valor baixo e ele poderia ter uma autonomia maior. Até por que não é possível trocar a bateria, já que a tampa não é removível. Também fiz o seguinte teste: deixei o aparelho ligado fazendo streaming de House of Cards no Netflix até a bateria descarregar 100%. Ela durou 5h9m. Por isso, dou nota 6/10 para este aspecto.
Recursos extras
Uma funcionalidade extra que eu gostaria de mencionar neste review é o sensor de impressões digitais acoplado junto ao botão Home. Essa é uma novidade muito bem-vinda, antes vista somente em celulares mais caros mas que agora está dando as caras também em modelos mais baratos. Tal sensor sem dúvida facilita o desbloqueio do celular, evitando que o usuário digite sua senha dezenas (ou centenas) de vezes ao dia. Outro ponto positivo é que o leitor biométrico se encontra na frente e não na traseira, como em outros modelos de smartphones.
Entretanto, ele é perceptivelmente mais lento que o sensor de outros aparelhos, tais como o Moto G5 e o Moto Z Play, que são os celulares com os quais tenho contato direto. É preciso deixar o dedo pousado no sensor por alguns segundos para haver o desbloqueio. E não é sempre que ele reconhece as suas digitais. Outro ponto negativo é que o sensor também não pode ser usado para bloquear o celular.
Vale a pena?
Depende. O preço sugerido do Galaxy J5 Prime é de R$ 999. Este é um valor que eu considero alto para tudo o que o smartphone oferece. Ainda mais levando em consideração que na mesma faixa de preço temos o Moto G5, que é superior em diversos aspectos, tais como tela, câmera, recursos extras e sistema operacional. Considero que um preço justo para o Galaxy J5 Prime gira em torno dos R$ 700 a R$ 800. Portanto, a dica é esperar o preço baixar nas lojas do varejo. Inclusive, em minhas últimas pesquisas encontrei este celular já na casa dos R$ 850 em algumas lojas virtuais.
Outra coisa que deve ser levada em conta, além do preço, é quem usará o smartphone. Como explanado na matéria, o Galaxy J5 Prime é excelente para as tarefas básicas, tais como acesso à redes sociais, aplicativos de mensagens e reprodução de áudio e vídeo, bem como navegação na internet. Portanto, se você for um usuário que exige alto desempenho, fotos maravilhosas, bateria de longa duração e recursos excepcionais, desconsidere a compra deste aparelho. Porém, se você deseja um celular apenas para o básico, o Galaxy J5 Prime é uma excelente escolha, desde que observada a ressalva sobre o preço, no parágrafo anterior.
Especificações técnicas
SIM | Dual-SIM |
---|---|
Tipo de Tela | LCD TFT 5 polegadas |
CPU e GPU | Exynos 7570 Quad-core 1.4 GHz Cortex-A53; GPU Mali-T720 |
SO | Android 6.0.1 Marshmallow |
RAM | 2 GB |
Armazenamento | 32 GB |
Resolução da Tela | 1280 x 720 pixels (HD) |
Câmera | 13 MP com abertura f/1.9; flash LED único; HDR |
Câmera Frontal | 5 MP com flash LED |
Wi-Fi | 802.11 B/G/N |
GPS | GPS, A-GPS, GLONASS |
Cartão Memória | MicroSD até 256 GB (slot dedicado) |
Áudio | Alto-falante único na lateral |
Saídas | Micro USB 2.0; P2 (3.5mm) para fones de ouvido |
Bateria | 2400 mAh |
Rádio | Rádio FM |
Garantia | 12 meses |
Peso do Produto | 143 g |
Dimensões | 142.8 x 69.5 x 8.1 mm |
Cores | Preto, Ouro e Rosa |
4G | LTE |
Proteção da Tela | Gorila Glass 3 e cobertura oleofóbica |
Descubra mais sobre Showmetech
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.