REVIEW: Galaxy Fit3, a pulseira inteligente ideal para o seu smartphone Galaxy

Quatro anos após lançar a segunda geração de sua linha de pulseiras inteligentes, a Samsung apresenta a Galaxy Fit3. Agora, com uma tela maior, novo sistema operacional e preço convidativo, veja o que achamos do novo modelo que conta com suporte a monitoramento para mais de 100 esportes.

Design e faces de relógio

O modelo foi lançado em três cores: grafite (preto), prata e rosé, com confortáveis pulseiras nas cores preto, branco e rosa, respectivamente. Além destas cores, a Samsung venderá pulseiras nas cores verde e laranja em seu site oficial pelo preço de R$ 99.

Em comparação com o Galaxy Watch6 Classic que testei ano passado, a Galaxy Fit3 é muito mais leve e confortável de usar. Seu peso oficial é de 36,8 gramas e a largura é de 2,8 centímetros. A espessura ficou em 9,9 milímetros.

Tive uma melhor experiência ao usar o modelo para dormir, quando comparo o uso com o último relógio inteligente da Samsung, que é mais grosso e me deixou marcas no braço.

A pulseira, feita de borracha, também é bem confortável de usar no dia a dia e, novamente, se você tem um braço mais fino, não há com o que se preocupar: ela tem dez furos que com certeza irão se adequar com seu pulso.

Sobre as Watch Faces — que são os diferentes visores de relógio disponíveis para a tela — há mais de 100 opções prontas para uso no aplicativo Galaxy Wearable, mas você também pode criar uma do zero com uma foto e estilo de relógio que preferir. Como bom pai de pet, eu criei esta abaixo com uma foto de meu cachorro, mas, com toda certeza, você vai encontrar uma que seja conforme o que gosta.

Gostei bastante do grupo que leva o nome de Tijolo de informações. É possível ter acesso a informações sobre a bateria, tempo da noite de sono, passos dados no dia, tempo de atividade e calorias queimadas, em uma só tela.

Tela

O display colorido da Galaxy Fit3 mede 1,6 polegada, é feito de vidro resistente e também pode ser completamente personalizado pelo aplicativo Galaxy Wearable. Em relação à Galaxy Fit2, lançada em 2020, a tela é 0,5 polegada maior e agora apresenta bordas curvas que facilitam a visualização de diversos ângulos.

O recurso que mais gostei da tela é o sensor de luz ambiente, que evita aquele ajuste do brilho por durante várias partes do dia. A experiência de uso me lembra o Galaxy Watch 6 Classic que usei no ano passado. Você desliza o dedo na tela para passar por cada uma das sessões e pode personalizar o botão para ativar alguma funcionalidade especial com dois toques.

Apesar de ter “apenas” 1,6 polegada, achei o tamanho da tela com bordas curvas bem interessante e não tive problemas de uso durante os testes feitos por uma semana. O pico de brilho de 250 nits ajudou bastante para que as informações fossem vistas ao ar livre. E, durante a noite, tudo ficava ainda melhor de se ver.

Recursos e performance

Considerado um produto da categoria de entrada, isso faz com que a Galaxy Fit3 seja muito dependente de um smartphone. É claro que sim, você pode começar o rastreamento de atividade física na Galaxy Fit3, mas não será possível, por exemplo, registrar uma caminhada via GPS ou ouvir músicas apenas nesta pulseira inteligente da Samsung. Caso tenha este propósito, é hora de investir em um dos Galaxy Watch lançados pela empresa.

Quando conectado a um celular, é possível ver que você está recebendo uma chamada na tela (e a pulseira começa a vibrar), e até mesmo responder alguma mensagem por meio de respostas prontas. Mas lembre-se que este é um aparelho complementar e está longe de ser um produto independente.

Outro recurso emprestado dos relógios inteligentes da Samsung está na detecção de ronco: mas ele precisa estar conectado a um celular e você dormir com seu celular próximo à cama para que isso aconteça. Assim que acordar, você pode ouvir a gravação dos possíveis roncos no aplicativo Samsung Health.

Também achei os recursos de segurança bem interessantes: ele consegue detectar quando uma pessoa teve uma queda brusca enquanto se exercita e a ajuda pode ser solicitada em alguns toques no botão. Além disso, ao pressionar o único botão por cinco vezes, um SMS será enviado para os contatos de segurança cadastrado no aplicativo.

Por fim, a Galaxy Fit3 pode ser utilizada como obturador de câmera. O aparelho também tem uma tela que permite o controle de música (pause, avançar ou voltar).

Mas é importante lembrar que as funcionalidades de emergência, controle de música e uso da smartband como botão de captura de foto/vídeo são exclusivas para quem tem um aparelho da Samsung. Eu tenho um smartphone da Infinix e, apesar de parecer disponível, não consegui usar as funcionalidades. Tenha isso em mente antes de fazer a compra.

Monitoramento de saúde

Há um sensor híbrido por aqui para enviar os dados para a plataforma Samsung Health: ele detecta a frequência cardíaca, consegue medir o oxigênio no sangue e tem autonomia para mostrar informações sobre o ciclo menstrual. Também consegue mostrar a queima de calorias em tempo real e os passos dados durante todo um dia.

Um problema que apontei em meu review do Galaxy Watch6 Classic é que a Samsung privou alguns rastreamentos aos aparelhos da Samsung, como por exemplo o de eletrocardiograma. Isso não aconteceu por aqui e eu gostei que todos os dados de monitoramento puderam ser vistos em meu Infinix Note30, fabricado pela Positivo. Não há suporte para eletrocardiograma, mas todos os dados puderam ser vistos em um smartphone que não foi desenvolvido pela Samsung. E isso é ótimo.

A detecção de sono é bem interessante: ele mostra os dados de uma forma bem didática e, após uma semana, classifica suas noites de sono com um animal e uma pontuação por cada noite de descanso. Após esta análise por sete dias, você receberá dicas para dormir melhor, incluindo recomendações de organização do ambiente, temperatura etc.

A Galaxy Fit3 tem suporte para 101 esportes incluindo os mais comuns. O modelo também detecta, de forma automática, seis deles: caminhada, corrida, aparelho elíptico, máquina de remo, nado na piscina e exercícios dinâmicos.

Caso seja uma pessoa que faz natação, a pulseira inteligente da Samsung chega ao Brasil com proteção IP68 (possui resistência para entrada de água e poeira) e pode ser utilizada em piscinas, lagos e mares com até 50 metros de profundidade por 10 minutos.

Bateria

A Samsung prometeu que a bateria da pulseira inteligente, com capacidade de 208 mAh, duraria por até 13 dias de acordo com algumas configurações. Eu passei bem longe disso, na verdade. Mas, ao mesmo tempo, não estou decepcionado: em meu dia a dia, uso um Amazfit Neo, que não tem tela colorida e mais recursos de monitoramento de esportes. E exatamente por este motivo, tem uma bateria que dura por sete dias em uso contínuo.

Em meu primeiro uso, recebi a pulseira inteligente da Samsung com 60% de bateria e o AlwaysOnDisplay ativada, tive 30 horas de uso. No segundo ciclo, com a bateria em 100% e o AlwaysOnDisplay desativado, tive 75 horas de uso (exatos três dias e três horas). Em média, a bateria durou por três dias e mais algumas horas antes de pedir para voltar para a tomada.

Dito isso, ao utilizar as funções da pulseira, você vai precisar fazer o carregamento duas vezes por semana.

Eu ficaria mais animado se a pulseira inteligente da Samsung tivesse uma bateria que durasse por no máximo sete dias em um só carregamento. Mas, com o carregamento finalizado em apenas uma hora, isso não parece ser um problema tão grande.

A alimentação da bateria é feita via conector magnéticos POGOS que pode ser conectado a uma fonte com conexão USB-C. Não há o USB tradicional, então se você não tem uma fonte como esta, vai precisar de um adaptador, como eu também precisei.

Sistema operacional

Eu quase acreditei que o WearOS estava por aqui, pois tudo lembra o sistema operacional que roda nos relógios inteligentes lançados pela Samsung há mais de três anos. Na verdade, temos o Samsung RTOS com 256 MB de memória interna e 16 MB de RAM.

Apesar de não ser o mesmo, o RTOS lembra a interface vista em relógios inteligentes da empresa e, inclusive, os aplicativos Samsung Health e Galaxy Wearable funcionam da mesma forma vista no Galaxy Watch6. A diferença aqui é que não há possibilidade de instalar aplicativos para o aparelho funcionar de forma autônoma.

É um sistema mais leve e inspirado no WearOS, mas está longe de ser o mesmo (e, para este produto, não há nem mesmo a pretensão de sê-lo).

Preço e conclusão

Em comparação a modelos de concorrentes, o preço é o grande calcanhar de Aquiles da Galaxy Fit3 em seu lançamento. Quando chegou ao Brasil no dia 21 de fevereiro de 2024, ela tinha o preço sugerido de R$ 549,00. Quase uma semana após isso, durante o fechamento deste review, ele já pode ser encontrado por R$ 494,10 no Pix, via Magazine Luiza.

A Galaxy Fit3 é indicada para ser utilizada com celulares da linha Galaxy A da Samsung e inclusive, já é vendida em combo com estes modelo. Entretanto, é possível encontrar a Xiaomi Band 8 Active por R$ 249,90, com recursos bastante parecidos e bateria com maior duração.

É importante lembrar que a empresa está bastante focada em entregar um modelo mais barato que seus Galaxy Watch para quem pagar menos e ter integração completa com o ecossistema Galaxy, mas há um preço para isso.

O “alto preço” para algumas pessoas não apagam sua gama de benefícios: ter uma interface aos relógios premium da empresa coreana é um baita ponto positivo, sua bateria tem uma duração interessante e ele também tem suporte para o rastreamento de 101 esportes.

O monitoramento de sono é um baita ponto positivo e ele também chega para entregar uma experiência completa para quem tem um smartphone ou tablet da Samsung. Seu preço é realmente seu maior “problema”, mas quem sabe em períodos promocionais como a Black Friday, ela tenha um preço mais interessante.

Especificações técnicas

Veja também

Quer uma opção mais completa? Veja nosso review do Galaxy Watch6 Classic

Revisado por Glauco Vital em 1/3/24.