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Quem me conhece sabe o quanto sou viciado em música. Estou sempre escutando seja em casa, na rua ou no transporte público (no trabalho não). Além do vício, tenho outro grave problema: detesto ouvir conversas alheias e que pessoas que não conheço venham falar comigo na rua (um pouco anti-social, admito). Quando os dois pontos se juntam, formam um usuário que não pisa fora de casa sem seus fones de ouvidos. Por este motivo, fui o escolhido para testar o novíssimo o O’neill Crash SHO9207, um fone de ouvidos resistente e com som poderoso da Philips.
Veja abaixo o que achei depois de uma semana de testes.
Resumo
Pontos Positivos | Pontos Negativos |
Resistente | Microfone e controles compatíveis somente com iPhone |
Bonito | Grande e pesado |
Alta fidelidade do som |
Design e Acabamento
Ao receber o fone e abrir a caixa, a primeira coisa que pensei é que era um fone muito grande. E realmente é, com dimensões 18x20x10 cm. Porém, a medida que fui usando, me acostumei com seu tamanho. Apesar disso, algumas pessoas me olhavam na rua como se fosse recém chegado de Marte (desconto para o conservadorismo de Belo Horizonte).
O segundo ponto que reparei é que o O’neill Crash era um fone realmente bonito e resistente. Ele possui alça de plástico superflexível (TR90) com espumas feitas de couro. O couro também forma as espumas auriculares e há ainda uma borracha laranja/vermelha (sou daltônico) compondo a ligação alça-fones, onde ficam as indicações R e L (direita e esquerda). A mobilidade dos fones é feita por um material que se parece alumínio, que dá um toque bem bonito.
Ele possui presilhas na alça que, ao serem soltas, aumentam a abertura dos fones. Na parte de cima da alça, tem a inscrições Philips O’Neill em alto relevo. Nas laterais de fora dos fones, há o símbolo do modelo Crash.
Embaixo do fone do lado esquerdo, sai o cabo que se conecta à fonte de música (smartphone, mp3 player, pc, etc). Ele possui duas partes. A primeira se parece com aquele cabo de telefone antigo em espiral. A segunda parte e a maior (com 1,2m de cumprimento) é um cabo OFC, que aumenta a condutividade e é extremamente resistente. Segundo a Philips, em testes, o cabo sobreviveu até 100 mil dobras. Isso é importantíssimo, pois todos meus fones antigos foram inutilizados por problemas no cabo. Este cabo é revestido de tecido e possui um diâmetro bem maior que os comuns. Além disso, um problema que não tive foi de ter que desembolá-lo. Ele, ainda, possui controle de volume e microfone (compatível somente com iPhone), que funcionaram perfeitamente em testes.
O conector é um dos pontos mais sensíveis nos fones de ouvido: isso não acontece no Crash. Com entrada em 90° (protege mais que a entrada reta) e revestimento de plástico, a conexão com a fonte é feita através de um pino padrão de 3,5mm. Além de resistente, o conector possui um acabamento de primeira.
O O’neill Crash foi feito pensando em pessoas que praticam esportes radicais (levantamento de copo e bacon não conta) e, por isso, ele aguenta uma pressão de até 1,5 toneladas (item que obviamente não consegui testar).
Conforto
Apesar de ser grande e pesado (400g – parece que não, mas é bem pesado), quando coloquei não senti peso algum. Ele é extremamente confortável. As espumas auriculares envolvem a orelha de uma forma bem agradável. Se ajustado corretamente, é bem difícil se lembrar – mas não de se esquecer – que está com um fone grande e pesado na cabeça.
Achei o descanso no pescoço bastante confortável. Depois que descobri o funcionamento das presilhas, claro. Antes disso quase morri enforcado (ok, exagero…rs). As presilhas aumentam a abertura dos fones, permitindo o movimento normal da cabeça.
A única vez que senti um pouco de desconforto com o O’neill Crash, foi quando precisei colocá-lo na mochila. Mas não foi nada que comprometesse.
Som
Ahhh…o som. A melhor parte. O som do O’neill Crash é sensacional. A qualidade e fidelidade impressionam. Meu estilo de música favorito é eletrônico e um fone com bom grave é extremamente importante. O Crash não deixa a desejar. E ele deixa o som tão nítido que ouvi elementos da música que não havia escutado anteriormente.
As espumas de couro são planejadas para um melhor isolamento acústico. E fazem o que prometem. Apesar de não ser o melhor isolamento que já testei (o Bose é melhor), o Crash surpreendeu. Mesmo sem música, você já se sente com a passagem para uma outra dimensão nas mãos. Ao ligar a música, você vai para lá. Só se lembra de voltar quando passa um ônibus. O meio de transporte mais odiado pelo brasileiro foi a única coisa que me incomodou. Mesmo o ruído sendo baixo, não foi possível não notá-lo. Porém, não sou parâmetro neste ponto. Sou absurdamente exigente.
O O’neill Crash possui impedância de 32 ohms (este valor indica o quanto precisa para aumentar o volume – quanto maior melhor), potência máxima de entrada igual a 50mW (valor da potência do seu fone – quanto maior melhor), sensibilidade igual a 105 dB (também quanto maior melhor) e trabalha na faixa de frequência 12 a 24 000 Hz (quanto maior o intervalo melhor). A título de comparação, tenho um earphone (aqueles que se coloca dentro do ouvido) AKG K321 e suas especificações são: Impedância: 16 ohms, potência máxima de entrada: 19mW, sensibilidade: 121 dB e frequência de resposta: 13 a 22.500 Hz. Já deu pra perceber que estava me sentindo no paraíso, né?
Os fones do Crash são feitos com drivers em neodímio de 40 mm (e envoltos por um gabinete de metal, que protege de quedas e batidas). Esses drivers são os responsáveis por graves profundos e deixam o som nítido e com alta qualidade.
Experiência
Apesar do desconforto inicial devido ao tamanho e peso, o O’neill Crash me agradou bastante. Viver alguns dias com um som quase perfeito foi uma experiência única.
Preço e Disponibilidade
Preço médio sugerido do O’neill Crash é R$ 1.299,00. Procurei em todas as lojas online sugeridas no site da Philips e não consegui encontrar onde ele está sendo vendido. Uma pena.
[Atualizado 27/05] Segundo a assessoria da Philips, o O’neill Crash estará à venda no Brasil apenas no segundo semestre deste ano.
Conclusão
O O’neill Crash é um excelente fone de ouvido. Eu definitivamente compraria, principalmente se praticasse esportes radicais. O preço, apesar de ser um pouco salgado, é totalmente compatível com a qualidade. Como tudo no Brasil, alta qualidade está diretamente ligada a altos preços.
Não recomendaria o Crash apenas se a pessoa não se sentir confortável em usar um headphone grande, mas que é totalmente “acostumável”.
Se quiser um fone resistente, bonito e com alta fidelidade de som, o O’neill Crash foi feito especialmente para você.
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