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Fire Emblem Engage é um retorno às raízes da franquia. O jogo deixa de lado muitos aspectos interacionais apresentados no título anterior, mas isso é ótimo. O combate continua extremamente divertido, e com mudanças que vão agradar os mais fanáticos e também aos novatos.
O mundo de Engage
Uma das primeiras coisas a se fazer é decidir se nosso avatar será um menino ou uma menina. Isso não mudará praticamente em nada o desenvolvimento da história, mas pode ser que um ou outro diálogo se altere conforme o gênero do personagem escolhido. No meu caso, o escolhido foi o rapaz, então toda a história seguiu o seu ponto de vista.
Na história somos Alear, Dragão Divino que passou mil anos dormindo depois de uma batalha contra um grande mal. Ao acordar, ele descobre que o dragão caído Sombron está prestes a voltar e precisa passar pelos reinos do continente de Elyos para coletar os Anéis de Emblema, e assim dar fim à guerra.
Os Anéis de Emblema são a mecânica principal de Fire Emblem Engage. É através deles que 12 grandes heróis de jogos antigos retornam, e com isso seus poderes são emprestados para quem os estiver equipando. Isso acontece com habilidades especiais ou com armas que somente os Emblemas podem usar. É possível criar combos muito divertidos e transformar nossas unidades em verdadeiros aniquiladores de inimigos.
Além disso, há ainda outros anéis que podemos criar para equipar as unidades que não vão receber os Emblemas. Para isso é necessário usar os Bond Points, obtidos ao completar certas atividades, ou então adquiri-los ao término de cada luta. Mas não podemos decidir quais anéis vamos criar, já que é, basicamente, um sistema aleatório. Primeiro precisamos escolher qual será o Anel base, e, a partir daí, criar outros com personagens que vêm daquele universo. Com isso podemos aumentar alguns pontos de atributos diversos, basta observar o melhor para cada unidade e ser feliz.
Para os personagens, uma coisa que podemos fazer é mudá-los de classe. Isso é possível a partir do nível 10, mas geralmente é recomendado fazer isso após chegar ao máximo, o 20. Como não podemos escolher quais atributos serão melhorados, podemos, às vezes, ganhar somente um ponto em velocidade, ou ganhar um ponto em 5 ou 6 atributos ao mesmo tempo. E, mais uma vez, depois de chegar ao nível 10, podemos mudar para outra classe, deixando nosso personagem ainda mais forte.
Facetas de Fire Emblem
Naturalmente, Fire Emblem não é um jogo fácil. Contudo, desde o lançamento de Fire Emblem Awakening para cá, há a opção casual, ou seja, jogar normalmente e as unidades perdidas em batalha retornam após o término. Isso dá uma certa facilidade na hora de acompanhar a jornada. Além disso, os equipamentos de ataque não gastam mais, isto é, dá para mantê-los para sempre.
No passado, era necessário ficar de olho em quantos ataques restantes uma arma possuía, e sempre manter algumas guardadas para trocá-las. Isso valia desde as armas comuns até as especiais. Resumindo, não é preciso mais ficar maneirando no uso de armas especiais ou que são raras e caras para usar em batalhas mais difíceis.
Por outro lado, não sei se por conta disso, mas agora os inimigos têm acesso a pedras de ressurreição. Isso faz com que sejamos obrigados a destruir as unidades adversárias conforme o número de pedras que elas carregarem mais uma. Dependendo da fase, e do time que estiver vivo, isso pode ser uma dor cabeça gigante, mas essa é a graça de Fire Emblem Engage.
Relaxando em Somniel
Em Fire Emblem Engage vamos passar muito tempo em Somniel. Esse é um local sagrado e somente convidados do Dragão Divino podem ficar lá, ou seja, é nossa base de preparação. Aqui podemos completar diversas atividades, como ativar amiibos, pescar, fazer refeições, conversar com os amigos, criar animais e outras coisas.
Cada personagem pode criar laços com os outros, e assim evoluir a amizades deles. Isso pode ser feito ao comer juntos, e, principalmente, interagir em batalha. Por exemplo, caso sua unidade seja de cura e use o poder para recuperar os pontos de vida do outro, isso aumenta um pouco o laço deles. Quando realizamos ataques com dois personagens colados, também aumentamos os laços, além de podermos dar presentes. Como há muitos personagens e vamos adquirindo cada vez mais com o passar dos capítulos, essa é uma forma de conhecermos mais um pouco cada um.
Além dos personagens regulares que vamos obtendo no decorrer da aventura, em diversos momentos somos “convidados” a revisitar mapas que já passamos. Isso nos ajuda a subir de nível e ficar com unidades cada vez mais fortes e, dependendo da tela, adquirir novos personagens. Para que isso aconteça é bastante simples: basta iniciar uma conversa usando o personagem certo. Caso queira também, é possível ignorar completamente essas missões extras e seguir somente com os capítulos principais.
Combate!
Fire Emblem Engage não tenta reinventar a roda no quesito combate. O jogo segue sua fórmula bastante à risca. O sistema de vantagens de armas está presente, e isso pode ser amplamente explorado. Para entender um pouco mais: espada ganha de machado, que ganha da lança, que ganha da espada.
A quebra só ocorre quando a força é similar, ou seja, unidades pesadas precisam de outras unidades similares para que isso aconteça. Isso faz com que o personagem perca seu equipamento, o que o impede de dar contra-ataques e fique vulnerável. Além disso, unidades voadoras tomam dano extra de arqueiros, e esses não conseguem se defender de ataques de perto. Resumindo, é preciso ficar atento sempre.
Toda a movimentação acontece em campos formados por diversos quadrados. Há diferentes tipos de cenários em Fire Emblem Engage, como desertos, florestas, encostas e tudo mais, além, é claro, de ambientes como castelos, e muitos outros. Cada ponto pode atrapalhar ou dar vantagens para as unidades, como aumentando as taxas de esquiva, ou então diminuindo o número de casas em que é possível se movimentar.
Quando mandamos realizar um ataque, seja ele qual for, é onde o game realmente brilha. Ao invés de apresentar uma cena genérica, nos é mostrado um zoom do local onde estão as nossas unidades, dando destaque também para o entorno dos personagens. Por exemplo, caso haja árvores, elas ficam grandes, mostrando sua dominância perante nossos pequenos personagens.
Além disso, os golpes físicos realmente encostam nos adversários, podendo ou não derrubar sua arma, conforme explicado acima. As magias são maravilhosas e nos mostram o quão poderosas elas realmente são. Mas o grande destaque mesmo são os golpes especiais que os Anéis de Emblema dão. Saber usá-los durante as lutas é um dos pontos mais cruciais, e usar os pontos de recarga espalhados pelos mapas é ainda mais importante.
Uma excelente celebração
Fire Emblem Engage olha para seu passado e o exalta de forma extremamente bem feita. Com uma história bastante linear e divertida, o game diverte de forma leve e desafiadora. Há opções para jogadores veteranos que procuram uma verdadeira experiência que só a franquia pode proporcionar, e também para aqueles que só querem um lazer leve e descompromissado.
Trazer personagens do passado na forma dos Anéis de Emblema foi um dos grandes acertos do jogo. Contudo, a parte gráfica deixa um pouquinho a desejar, principalmente nas animações, pelo menos com o Nintendo Switch ligado à TV. A trilha sonora continua sendo boa, mas nada extremamente memorável. Por fim, a dublagem em inglês ficou ótima, sendo um dos destaques. A falta de legendas em português pode ser um problema para quem não domina o idioma, mas nada que afete muito. No geral, Fire Emblem Engage é mais uma sólida entrada da franquia e mais acerta do que erra, e tem tudo para se tornar um dos clássicos de sua história.
O game pode ser adquirido na sua versão digital na loja do Nintendo Switch ou então em sua versão física nas principais lojas do país.
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Revisão do texto feita por: Pedro Bomfim
Fire Emblem Engage celebra a franquia
Fire Emblem Engage celebra a franquia-
Jogabilidade95/100 Excelente
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Gráficos85/100 Incrível
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Som85/100 Incrível
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História90/100 Incrível
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Performance85/100 Incrível
Prós
- Combate divertido
- História bacana e com um bom desenvolvimento
- Muitas opções de classes
- Grande variação de coisas para se fazer
Contras
- Algumas CGs poderiam ser um pouco mais bem feitas
- Falta de legendas em português
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