Final fantasy vii rebirth

REVIEW: Final Fantasy VII Rebirth te leva ao mundo fora de Midgar, e ele é maravilhoso!

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Fantasy VII Rebirth traz grandes novidades e um lindo mundo aberto para explorar; confira já o nosso review!

Na E3 de 2015, a Square Enix, em parceria com a Sony, estremeceu o mundo dos games ao anunciar que um de seus RPGs mais queridos finalmente teria um remake, há muito pedido pelos seus fãs: Final Fantasy VII, clássico absoluto do primeiro PlayStation. 

A primeira parte desse ambicioso projeto, Final Fantasy VII Remake, foi lançada cinco anos depois, para o PlayStation 4 e, eventualmente, também no PC. Aclamado pela crítica, Remake provou ser um grande acerto da gigante dos games naquele ano. Mas a história não parou naquele jogo, e a partir da saída da Cloud e seus amigos da metrópole de Midgar, uma aventura ainda maior estava para começar.

Uma trama épica e expandida

Final fantasy vii rebirth
Sephiroth demonstra seu poder fora do comum durante a abertura do jogo. (Imagem: Square Enix)

Final Fantasy VII Rebirth dá continuidade à história iniciada em Remake, agora tendo como pano de fundo Gaia, o planeta que nossos heróis querem salvar da ameaça da maléfica organização Shinra, um objetivo que, ironicamente, compartilham com o vilão Sephiroth. 

É claro que o malvado de longas madeixas é um tanto quanto exagerado em seus planos, querendo não só livrar o mundo da influência humana, mas também de sua presença por completo. Um motivo mais que justo para que o ex-soldado Cloud, junto da comitiva de desajustados, tentem o impedir.  

Com um escopo sem comparação, Rebirth não só ultrapassa o capítulo anterior em termos de conteúdo jogável, mas também pela qualidade de sua história e com um maior desenvolvimento dos personagens há muito queridos pelo público, desde 1997.

Em termos gerais, levando em conta a versão original do jogo, que quando foi lançado saiu em três discos, uma quantidade chocante para a época, esta segunda parte se dá em meados do primeiro (!) e se estende por um período maior que Remake

Mas, diferentemente dele, Rebirth não sofre de muita enrolação. Este segundo capítulo conta com um ritmo gostoso de se acompanhar e é repleto de novos elementos que agregam muito à experiência de jogo.

Outro aspecto positivo é a sua fuga da linearidade que incomodou um pouquinho no jogo anterior. Neste, não só é possível explorar o mundo o quanto quiser, mas há muito de valor ao se fazer isso, já que sempre pinta alguma coisa bacana para se ver em praticamente todo o canto de Gaia.

Nesse sentido, Final Fantasy VII Rebirth mostra certa influência do excelente MMO também pertence à franquia, Final Fantasy XIV, onde os mapas enormes trazem com eles uma gama absurda de conteúdo de qualidade para se jogar. Essas atividades não se focam necessariamente na história principal, desenvolvendo narrativas menores e mais rápidas, mas quase tão impactantes quanto a trama central do jogo.

O combate continua um dos grandes destaques

Final fantasy vii rebirth
As habilidades de sinergia são incrivelmente úteis, não deixe de usá-las! (Imagem: Square Enix)

Tirando toda a apresentação e reinvenção visual pelo qual o jogo original passou até chegar em Remake, a parte que mais chamou a atenção nessa repaginada de Final Fantasy VII sem dúvida foi o novo sistema de combate. Muito semelhante ao que foi visto tanto em Final Fantasy XV quanto XVI, Rebirth traz de volta os embates dinâmicos de Remake e introduz alguns novos elementos a fim de torná-los ainda mais envolventes.

Dentre eles, estão os ataques de sinergia, poderosos golpes em que Cloud e membros de sua equipe se juntam para dar a mais dolorosa das porradas nos inimigos. Para tal, você carrega uma barrinha de energia, que estando cheia te permite usar uma combinação de botões da sua escolha para descer a lenha. Os ataques de sinergia dão ao combate uma camada a mais de complexidade estratégica e servem muito bem quando usados no momento certo, aproveitando dos pontos fracos dos inimigos.

Destravar esses combos é bem simples: basta usar os pontos PH destravados naturalmente durante a jogatina na nova tabela de fólio, a evolução da linha de atualização de armas do capítulo anterior. Nela, além de habilitar novas sinergias, você poderá aumentar as capacidades de cada um dos personagens e dar a eles ainda mais golpes especiais. E o melhor, se necessário, é possível voltar atrás e trocar o que foi destravado quantas vezes você quiser.

Esses ataques, aliados ao que já era muito bom em Remake, fazem das lutas, especialmente a dos chefes, algumas das mais envolventes da série até hoje. O sistema de quebra de armadura e pressão também está de volta, funcionando em combinação direta com as sinergias e os poderes mágicos das matérias, a fonte de energia por trás de toda a história do jogo.

As novidades não param

Final fantasy vii rebirth
Acostume-se com essa tela: você vai passar um bom tempo nela, customizando seus personagens. (Imagem: Square Enix)

Falando em matérias, outra parte bem legal do primeiro jogo está de volta e mais aprimorada em Rebirth. Chadley, o personagem que te ajudou a criar incríveis magias em Remake trouxe alguns truques novos para esta nova aventura, com recompensas bastante úteis quanto mais você explorar o mundo gigante do jogo. 

São diversas atividades que se mesclam muito bem com o ir e vir da história principal e que além de oferecer a você mais opções de magias, também dão acesso às lendárias invocações, os medalhões da série Final Fantasy, como Titan e Quetzalcoatl, entre muitos outros.

Outra das assinaturas da franquia que também estão de volta em Final Fantasy VII Rebirth são os chocobos. Sim, apesar de já terem marcado presença no jogo de antes, eles cumprem um papel mais próximo do tradicional pelo qual são tão amados pelos fãs. Sim, explorar o mundo a pé é de fato muito cansativo, mas as adoráveis aves logo aparecem para te dar uma mão quanto a isso, ou melhor, uma pata.

E não é só isso! Chocobos também servem para farejar tesouros enterrados pelo caminho, muitos dos quais com serventia para a transmutação de itens de equipamento e consumíveis através do sistema de combinação, outra das inclusões inéditas do jogo. Com ele, você deixa de gastar nas lojas, guardando seus valiosos gil para outras compras, como as cartas de outra novidade deliciosa de Rebirth.

Queen’s Blood é um jogo de cartas que irá te viciar logo de cara. Rivalizando Triple Triad de Final Fantasy VIII e Tetra Master, o minigame contido em Final Fantasy IX, a versão apresentada agora se passa em um tabuleiro com 15 espaços divididos em 3 linhas e faz uso dos mais diversos tipos de cartas que você usa para armar arapucas das boas contra seus adversários. É uma grande distração para os momentos em que você quiser dar uma pausa na ação e relaxar.

É sério: esse minigame é fenomenal e ainda por cima faz parte da gama de missões secundárias do jogo, da mesma maneira que Gwent foi um elemento integral de The Witcher 3: Wild Hunt, então se você quiser bater os 100%, vai ter que ficar cobra nele. Ele é tão bom que se a Square Enix estiver lendo este review, faça uma versão móvel de Queen’s Blood pra ontem!

Não se vive só de beleza, mas ela ajuda

Final fantasy vii rebirth
Gaia é linda e você vai poder passear nela nas costas de um charmoso chocobo! Sério, o bichinho é fofo demais! (Imagem: Square Enix)

Ao bater os olhos em Final Fantasy VII Rebirth é fácil ver o quanto a empresa japonesa investiu no projeto. Agora exclusivo ao PlayStation 5, o segundo capítulo da reinvenção das aventuras do ex-SOLDIER é simplesmente belíssimo. Para alguém que zerou a versão original em 1997, ver a realização dos cenários e personagens na tecnologia atual, no nível de detalhamento e vida que estão nesta nova versão, é embasbacante.

É justo chamar Rebirth de fanservice, sim. Mas ele agrada aos fanáticos de plantão de uma maneira que vai muito além de se aproveitar da nostalgia para vender uma versão apressada e feita de qualquer jeito do que eles tanto amaram anos atrás. Fica claro que a equipe por trás do desenvolvimento analisou e retratou com muito cuidado tudo que fez de Final Fantasy VII tão especial, traduzindo tudo e apresentando de uma maneira singular para o público tanto das antigas como de primeira viagem à saga.

Enquanto que no primeiro PlayStation parecia loucura imaginar que os gráficos das cenas pré-renderizadas poderiam ser iguais aos mostrados durante o jogo em si pelas limitações da tecnologia, isso realmente acontece nesta versão. A transição dos filmes não interativos ao jogável acontece de maneira natural e sem uma travada sequer.

Final Fantasy não seria Final Fantasy sem uma trilha sonora de respeito, e Final Fantasy VII Rebirth traz rearranjo atrás de rearranjo absurdo das músicas da primeira passada da história. Você provavelmente vai dizer que não, mas DUVIDO que um calafrio não vai passar pelo seu corpo na primeira vez que sair para o mundo aberto e a canção-tema orquestrada começar a tocar. Eu sei que isso aconteceu comigo, a nostalgia batendo forte.

Seja em Junon, Kalm ou no Cânion do Cosmo, temas clássicos compostos pelo veterano Nobuo Uematsu se mostram presentes e ainda mais memoráveis em Rebirth, sem falar na musiquinha do chocobo, que recebeu mais de uma repassada no jogo, talvez a minha favorita até hoje. E não é de surpreender que o mago das trilhas da série esteja esgotado depois de décadas mergulhado nas partituras, já que fica ainda mais claro o seu talento e dedicação quando se ouve suas músicas revividas aqui.

Onde e como comprar Final Fantasy VII Rebirth

O novo capítulo da reinvenção de Final Fantasy VII está disponível para compra tanto em versão digital quanto física. Guarde seus gil, porque você vai precisar gastar reais nessa brincadeira, R$349,99 para ser mais exato. A caixinha pode ser encontrada em lojas especializadas Brasil afora. 

Na PSN, a loja digital do PlayStation 5, é possível adquirir o jogo pelo mesmo valor, ou investir na versão de luxo, que inclui Rebirth e mais alguns mimos por R$449,50. Há também um pacote especial para quem não jogou o capítulo anterior que traz os dois jogos além das mesmas recompensas da versão de luxo, também por R$449,50.  

Afinal, Final Fantasy VII Rebirth vale a pena?

Se você chegou a este ponto do review sem saber a resposta dessa pergunta, volte para a primeira casa e comece de novo. Brincadeiras à parte, sim, Final Fantasy VII Rebirth vale muito a pena ser jogado, não só por quem já curtiu tanto a versão de 1997, mas também aqueles que só embarcaram no novo remake.

O jogo traz uma infinidade de melhorias que solucionam todas as questões que me incomodaram no capítulo anterior e garante dezenas de horas de diversão com personagens há muito adorados, com ainda mais história e desenvolvimento por trás deles, atividades com recompensas duradouras e, é claro, Queen’s Blood, onde você com certeza irá se perder por um bom tempo.

A única pergunta que fica é como a Square Enix irá se superar depois disso, em sua eventual continuação. Com Rebirth, ela elevou o padrão de qualidade e será interessante de que maneira irá tentar se superar. Mas isso vai ficar para uma próxima oportunidade. Até lá, tenho um encontro marcado com a galera lá em Gaia!

VEJA MAIS!

Revisão do texto feita por: Pedro Bomfim

Final Fantasy Rebirth

Final Fantasy Rebirth
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100/100
Total Score
  • Gráficos
    100/100 Excelente
    Final Fantasy Rebirth é um dos lançamentos mais bonitos desta geração, uma reimaginação maestral da versão original.
  • Som
    100/100 Excelente
    As composições de Uematsu voltam com força total com gravações belíssimas em orquestra que irão deixar os nostálgicos a chorar.
  • Jogabilidade
    100/100 Excelente
    Com muitas novidades não só no combate, o segundo capítulo do remake de Final Fantasy VII melhora ainda mais o que já foi muito bom no jogo anterior.
  • História
    100/100 Excelente
    Personagens icônicos ganharam ainda mais desenvolvimento e muitos outros são introduzidos à saga, nesta jornada épica pela estonteante Gaia!

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