REVIEW: Elden Ring: Shadow of Erdtree é essencial para os fãs do jogo

Aclamado pelo público e críticas, Elden Ring já completou 2 anos de seu lançamento e todo o hype envolvendo a sua expansão não é algo de se passar despercebido. Apesar da fama de Dark Souls, Elden Ring foi o responsável por tirar a franquia do nicho dos jogadores mais hardcores de soulslike, atingindo a marca de 25 milhões de cópias vendidas e vencendo diversos prêmios, incluindo o “Game of the Year” na The Game Awards.

Agora, o jogo recebe uma nova expansão, mas será que o conteúdo adicionado nela faz jus a expectativa colocada pelos fãs? O Showmetech teve acesso ao game no PlayStation 5 e traz as principais informações sobre a aventura agora!

História

A parceria entre Hidetaka Miyazaki, diretor da FromSoftware, e George R. R. Martin, autor de Game of Thrones, resultou em uma narrativa extremamente rica e única. O mundo de Elden Ring é repleto de mitologia, lendas e segredos, atraindo jogadores que buscam uma experiência extremamente desafiadora e única. Felizmente, a jornada do Maculado, que dependendo do jogador pode levar mais de 100 horas, não chegou ao fim.

Shadow of the Erdtree se passa em uma região completamente nova, conhecida como Reino das Sombras. O reino pode ser acessado tocando o braço encontrado em um casulo no palácio de Mohgwyn. A DLC explora as origens misteriosas e a história que envolve a Erdtree e a Ordem Dourada, estabelecida pela rainha Marika, governante das Terras Intermédias.

Seguindo os passos de Miquella, irmão do chefe semideus Malenia, os jogadores vão descobrir os segredos deste mundo traiçoeiro, nascido da sedução e da traição. Os habitantes originais e exploradores anteriores desta terra misteriosa têm suas próprias histórias para contar, frequentemente com implicações significativas para o amplo cenário histórico nas Terras Intermediárias e além. Esta seção apresenta alguns dos personagens mais importantes que você encontrará enquanto segue o rastro de Miquella, incluindo onde encontrá-los e quais papéis especiais desempenham.

Jogabilidade

A expansão do jogo e, assim como o jogo base, Shadow of the Erdtree apresenta um novo e vasto mundo aberto, que é separado do mapa principal onde os jogadores podem explorar livremente, sem necessariamente seguir uma ordem. O jogo também traz até mais de 30 horas de gameplay se for realizar todas as atividades dentro da expansão, assim como novas armas, chefes, magias, cinzas da guerra, novos NPCs, missões e é claro, uma nova história cheia de enigmas para ser descoberta no melhor estilo “souls like”.

Ao interagir com o braço, você é transportado diretamente para o Reino das Sombras, em um local chamado “Planície do Cemitério”, onde já damos de cara com uma das paisagens mais bonitas do jogo. Também danos de cara com um novo inimigo de fogo, o grandioso Golem da Fornalha, que é recorrente no Reino das Sombras.

Assim como no jogo principal, o Reino das Sombras apresenta diversos tipos de biomas e regiões distintas, desde castelos, florestas, lagos, rios e até mesmo uma enorme montanha. Apesar do mapa ser menor que o jogo base, ainda temos um mapa bem competente para uma expansão, pegando mais ou menos o tamanho de Limgrave e Caelid, só que com um trunfo muito bacana na manga: verticalidade.

Devido ao estado do Reino das Sombras, durante sua jornada será necessário a busca pela “Benção da Umbrárvore”, que é responsável por fortalecer seu personagem no Reino das Sombras, e a “Bênção da Cinza Espiritual Reverenciada”, que fortalece as suas Cinzas de invocação. Ambas podem ser melhoradas no local da graça com os Fragmentos da Umbrárvore e Cinzas Espirituais Reverenciadas, que estão espalhadas e escondidas pelo reino.

Essa bênção aumenta tanto os valores da defesa do seu personagem quanto o seu poder de ataque. Isso resulta em você recebendo menos dano dos inimigos e causando mais dano com seus ataques. Aumentar o nível da Benção da Umbrárvore pode ser extremamente valioso se você estiver tendo dificuldades para derrotar um inimigo específico. Com isso deu para perceber que o uso das invocações não é opcional, mas sim parte fundamental do jogo, onde em certas partes jogar sem uma invocação te ajudando, lhe deixa em uma desvantagem colossal, não conseguindo nem mesmo utilizar uma poção para recuperar a vida.

Um ponto bem interessante que também recebeu melhorias foram as novas Lágrimas de Cristal para uso no frasco de Mistura de Elixir Magnífico. Elas podem ser encontradas já no início da expansão derrotando o Golem da Fornalha e podem ser extremamente úteis em sua jornada como, por exemplo, restaurar o seu HP ao derrotar um inimigo, ou até mesmo complementar a recuperação de Stamina.

As novas armas são divididas em 8 categorias que vão de frascos de perfumes, adagas arremessáveis, espadas grandes leves, garras, espadas invertidas, katana grande, artes marciais, entre outras. Junto com as armas temos também um novo conjunto de Cinzas da Guerra, as famosas habilidades das armas, que caso ela não for uma arma única, pode ser trocada tanto no ferreiro quanto em um sinal de graça.

Aqui vale destaque também para as novas armaduras, onde finalmente vamos ter uma armadura tão pesada e defensiva como a armadura do Agouro, o comedor de estrume, e também diversas outras armaduras medianas e leves, todas tendo seu visual único e lore específica, fazendo jus ao famoso meme na comunidade, o “Fashion Soul’s”.

Chefes e Dificuldade

A dificuldade característica dos jogos da FromSoftware e presente em Elden Ring também dá as caras no Reino das Sombras, porém um pouco mais complexa. Assim como em toda boa expansão de Soul’s like, o jogo é repleto de armadilhas, com combates intensos e até às vezes extremamente desiguais se não for bem preparado. Devido à sua ótima verticalidade do novo mapa, caso o jogador não tome cuidado, é capaz de atrair atenção de dois ou mais grupos distintos de inimigos, tornando a jornada mais complexa do que deve ser.

Apesar de novos inimigos e chefões, a FromSoftware ainda cometeu o mesmo erro do jogo base no seu endgame, onde encontramos vários inimigos reciclados, inimigos “comuns” que são usados como chefes somente para preencher espaço e também alguns chefes da própria campanha base do jogo aparecendo novamente em algumas áreas, com até o mesmo moveset.

Apesar de cometer os mesmos erros, ainda temos batalhas memoráveis contra os novos chefes, onde iniciamos a expansão no level 180, já com uma build 100% finalizada e derrotamos o último chefe no level 210 e com a bênção da Umbrárvore no level 15. Mesmo com uma build fechada com equipamentos no nível máximo e buffs, alguns dos chefões foram ótimos desafios, principalmente o garoto propaganda da expansão, Messmer.

Trilha sonora

A trilha sonora da DLC de Elden Ring é uma verdadeira obra-prima, elevando a experiência de jogo a novos patamares. Composta por uma equipe talentosa da FromSoftware, a música não apenas complementa, mas também intensifica cada momento do jogo, desde as batalhas épicas até as explorações tranquilas pelo Reino das Sombras.

A trilha sonora se destaca pela sua capacidade de criar uma atmosfera imersiva e envolvente. Cada região, cada chefe e cada momento importante possuem suas próprias composições únicas, que capturam perfeitamente a essência e o tom do ambiente. A música de fundo, muitas vezes sutil e melancólica, prepara o terreno para momentos de introspecção e exploração, enquanto os temas de batalha são poderosos e intensos, refletindo a urgência e o perigo dos confrontos.

Em Shadow of the Erdtree, a evolução da trilha sonora em comparação com a versão base de Elden Ring é evidente. As novas composições utilizam uma combinação de orquestrações grandiosas e coros etéreos, criando uma sensação de epicidade e grandeza ainda maior. As melodias trágicas e assombrosas adicionam camadas de profundidade à narrativa, fazendo com que o jogador se sinta verdadeiramente parte do novo mundo.

As batalhas contra os chefes, em particular, são amplificadas pela música. Cada chefe tem um tema musical que não só destaca sua presença ameaçadora, mas também conta uma história própria. A música muda dinamicamente conforme a batalha progride, aumentando a tensão e o drama. Isso não só desafia o jogador a nível de gameplay, mas também o envolve emocionalmente, criando uma experiência memorável e gratificante.

Performance e gráficos

Elden Ring: Shadow of the Erdtree mantém a alta qualidade gráfica vista na versão de PS5 do jogo base, com biomas detalhados e visualmente impressionantes. Cada região do Reino das Sombras é cuidadosamente elaborada, oferecendo paisagens deslumbrantes e uma atmosfera imersiva que eleva a experiência de exploração.

No entanto, meus olhos notaram pequenos problemas de desempenho em algumas áreas e durante certas batalhas. Essas quedas de frames são similares às que já existiam no jogo original, não sendo algo que comprometa significativamente a jogabilidade, mas perceptíveis o suficiente para serem mencionadas. Em certas situações, a taxa de quadros pode cair, especialmente em momentos de alta intensidade ou mudanças bruscas de iluminação.

Apesar desses pequenos problemas, a performance geral de Shadow of the Erdtree no PS5 continua robusta. A maioria do tempo, o jogo se mantém estável, proporcionando uma experiência fluida e envolvente. A FromSoftware conseguiu preservar a beleza visual e a riqueza dos detalhes, garantindo que a expansão ofereça um mundo tecnicamente sólido e visualmente arrebatador para os jogadores explorarem.

Preço e disponibilidade

Elden Ring: Shadow of the Erdtree já está disponível para compra. A expansão pode ser adquirida para PC na Steam por R$ 154,90. Para os jogadores de PlayStation 5, a DLC está disponível na PSN por R$ 214,90. Os usuários de Xbox Series S|X podem adquirir a expansão por R$ 214,90.

Conclusão

Shadow of the Erdtree não foi feita para novos jogadores da série, principalmente pela recomendação da própria FromSoftware em se preparar para a expansão como um conteúdo endgame. Afinal, para acessar a nova expansão é necessário derrotar dois dos chefões mais emblemáticos do jogo, o grandioso general Radahn, O Conquistador das Estrelas, e Mohg, Lorde do Sangue.

Apesar de insistir em alguns erros que foram bastante criticados no jogo base, Shadow of the Erdtree é obrigatório para qualquer fã da franquia e do gênero Soul’s Like. Felizmente, o lendário Hidetaka Miyazaki conseguiu novamente superar sua criação, trazendo muito conteúdo e enormes melhorias para o jogo. Com toda certeza nas próximas semanas veremos o mesmo efeito “Malenia”, com pessoas abrindo discussão sobre chefes e suas dificuldades e também vamos ver novas lendas nascendo, como o curioso caso do “Let Me Solo Her”.

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Revisão do texto feita por: Pedro Bomfim