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Após dez anos, a BioWare retorna ao universo de Dragon Age com The Veilguard, oferecendo aos jogadores uma história completamente nova. Esta aventura promete encantar os novos fãs, mas pode desagradar alguns veteranos da franquia. Quer saber mais sobre as novidades e os desafios deste título? Continue lendo o review que nós do Showmetech preparamos e descubra se Dragon Age: The Veilguard é o jogo ideal para você!
A história de Dragon Age: The Veilguard
Dragon Age: The Veilguard apresenta uma narrativa agradável que, embora não alcance o auge de títulos anteriores como Dragon Age: Origins e Mass Effect 2, ainda oferece uma história sólida com diversos momentos interessantes. A trama mantém o interesse do jogador com reviravoltas e desenvolvimento de personagens ao longo do jogo.
Nos primeiros estágios, o ritmo pode parecer um pouco irregular, sugerindo que a BioWare teve mais facilidade em desenvolver o meio e o desfecho da história. Essa desarmonia inicial dá a impressão de que o início do jogo não foi tão bem planejado, mas a narrativa se estabiliza conforme a experiência avança, proporcionando uma conclusão satisfatória.
Ligação com os jogos anteriores
O enredo de The Veilguard funciona como um soft reboot para a franquia, incorporando várias referências ao Dragon Age: Inquisition, mas deixando muita coisa dos outros jogos de fora. O protagonista do Inquisition faz uma aparição, e há menções a personagens de jogos anteriores, criando um sentimento de continuidade para os fãs.
No entanto, muitas das decisões dos três títulos anteriores não impactam a trama atual, o que pode ser frustrante para quem esperava maior integração. Essa abordagem facilita a entrada de novos jogadores, mas pode causar uma certa desconexão para os fãs de longa data, já que escolhas passadas não têm relevância significativa na história presente.
Personagens
Os personagens de The Veilguard são carismáticos e divertidos, com companions que interagem de maneira fiel com Rook, o protagonista. Cada personagem traz sua própria personalidade e contribui para a dinâmica do grupo, enriquecendo a experiência narrativa com diálogos interessantes e relacionamentos desenvolvidos.
Naturalmente, alguns companions se destacam mais que outros ao longo da história, mas o jogo consegue equilibrar bem a presença de todos em missões principais e secundárias. Essa diversidade permite ao jogador explorar diferentes interações e aprofundar-se nas histórias individuais de cada personagem, tornando a jornada mais envolvente e variada, principalmente porque algumas decisões a serem feitas impactam muito no destino e personalidade de alguns.
Jogabilidade
A jogabilidade de Dragon Age: The Veilguard continua a tradição da franquia de evoluir significativamente a cada título, garantindo que cada jogo ofereça uma experiência única. The Veilguard introduz novas mecânicas que permitem explorar a gameplay de maneiras inéditas, mantendo a série fresca e dinâmica. Essa abordagem pode desagradar fãs mais conservadores que preferem a consistência dos títulos anteriores.
Apesar das mudanças, o loop de gameplay permanece envolvente e divertido. Elementos essenciais, como a interação com personagens e o desenvolvimento de relacionamentos, continuam presentes, preservando o núcleo que define Dragon Age. No entanto, algumas alterações, como a simplificação das escolhas nas interações, podem diminuir a profundidade das decisões, mas não comprometem a essência da experiência narrativa.
Além disso, os companions agora atuam mais como suporte para Rook, sem pontos de vida próprios, o que altera a dinâmica da party. Eles atacam e utilizam habilidades quando comandados, reduzindo a complexidade estratégica, mas facilitando uma jogabilidade mais fluida e acessível. Essa mudança reflete a evolução da série em direção a um estilo mais orientado à ação, adaptando-se às expectativas dos jogadores modernos.
Novo combate
O sistema de combate de The Veilguard marca uma evolução significativa na série, adotando uma abordagem mais direta e focada em ação. As batalhas são rápidas e dinâmicas, exigindo reflexos ágeis e estratégias imediatas para superar os desafios. Essa mudança traz uma experiência mais envolvente e acelerada para os jogadores, que pode se encaixar muito bem para os novos jogadores da franquia.
Embora o combate seja visualmente impressionante e fluido, a transição de um CRPG (Computer Role-Playing Game), que é um subgênero de jogos de RPG focado em elementos táticos, exploração narrativa e gerenciamento de personagens, como era em Dragon Age: Origins, para um estilo mais orientado à ação resulta na perda de alguns desses elementos táticos tradicionais da franquia, que fizeram muitos fãs se apaixonarem. Os companions, por exemplo, perdem um pouco de peso na hora de montar uma composição, já que eles atuam mais como personagens secundários e não possuem a mesma profundidade de personalização do passado.
Para os fãs que apreciam um combate mais estratégico, The Veilguard pode não satisfazer completamente suas expectativas. A simplificação das interações da party reduz a complexidade das batalhas, tornando-as mais acessíveis, mas menos profundas. No entanto, essa abordagem torna o combate mais ágil e adequado para uma audiência contemporânea que busca uma experiência mais direta e emocionante.
Performance e gráficos
Dragon Age: The Veilguard apresenta uma mudança radical no estilo visual, abandonando o realismo de Inquisition em favor de uma estética mais cartoon e estilizada. Essa transformação resultou em personagens bem animados e carismáticos, que trazem vida aos cenários detalhados e visualmente atraentes. A nova abordagem visual funcionou muito bem, proporcionando uma identidade única ao jogo, sendo talvez um dos pontos mais fortes dele como um todo.
A ambientação do jogo opta por ambientes mais fechados e densos em conteúdo, deixando de lado os mapas gigantes e semi-abertos. Isso torna a exploração mais agradável e equilibrada, evitando que o jogador se sinta sobrecarregado. Os cenários são cuidadosamente trabalhados, com paisagens memoráveis que enriquecem a experiência, tornando cada área distinta e visualmente impactante, cada uma com a própria paleta de cores e outras direções artísticas que as tornam únicas.
Em termos de performance, The Veilguard se destaca ao manter-se estável durante toda a gameplay, mesmo em cenas mais complexas com muitos elementos na tela. O jogo roda de forma fluida, graças a otimizações eficientes, permitindo que os jogadores desfrutem de uma experiência visualmente impressionante sem interrupções. Essa performance robusta contribui para uma imersão contínua e agradável ao explorar o rico mundo de Thedas.
Requisitos de Hardware
Requisitos | Mínimos | Recomendados |
Sistema Operacional | 64 bit Windows 10/11 | 64 bit Windows 10/11 |
Processador | Intel Core i5-8400 / AMD Ryzen 3 3300X* | Intel Core i9-9900K / AMD Ryzen 7 3700X* |
Memória | 16 GB de RAM | 16 GB de RAM |
Placa de Vídeo | NVIDIA GTX 970/1650 / AMD Radeon R9 290X | NVIDIA RTX 2070 / AMD Radeon RX 5700XT |
DirectX | Versão 12 | Versão 12 |
Armazenamento | 100 GB de espaço disponível | 100 GB de espaço disponível |
Outras Observações | SSD Preferred, HDD Supported;AMD AM4 CPUs on Windows 11 require AGESA V2 1.2.0.7 or newer | SSD Required;AMD AM4 CPUs on Windows 11 require AGESA V2 1.2.0.7 or n |
Preço e disponibilidade
Dragon Age: The Veilguard pode ser adquirido em mídia digital na Steam por R$ 249,00 e na PS Store ou Xbox por R$ 349,00. Além disso, você pode comprar também a mídia física do jogo para PlayStation 5 na Amazon por R$ 352,10.
Conclusão
Embora Dragon Age: The Veilguard apresente muitos aspectos satisfatórios, ele não consegue preservar totalmente o legado da franquia. O jogo introduz conteúdo e mecânicas novas, aprofunda relacionamentos com personagens e oferece uma gameplay focada em ação que pode atrair novos jogadores. No entanto, peca ao não manter alguns elementos que tornaram a série tão popular, resultando em personagens profundos como Varric ou Morrigan sendo retratados de forma superficial.
Além disso, muitos aspectos do jogo poderiam ser aprimorados se retornassem às raízes dos CRPGs. Apesar de ser uma tarefa desafiadora, títulos recentes como Baldur’s Gate 3 demonstram que é possível inovar sem perder a essência do gênero. Dragon Age ainda é uma franquia robusta que pode atrair a atenção dos jogadores, mas replicar o mesmo sucesso exige um equilíbrio cuidadoso entre inovação e tradição.
No entanto, nem tudo são falhas. Apesar de preferir uma abordagem diferente, não há como negar que The Veilguard possui várias qualidades que agradarão muitos jogadores. O combate é eficiente e a narrativa se desenvolve de forma interessante, embora a história demore algumas horas para se tornar realmente envolvente. Assim, Dragon Age: The Veilguard vale a pena ser jogado, tanto para novatos que buscam algo novo quanto para veteranos que encontrarão elementos suficientes para se satisfazerem com o resultado.
E você, o que achou do novo Dragon Age: The Veilguard? Conte para gente nos comentários!
Veja mais
Revisado por Tiago Rodrigues em 18/11/2014
Dragon Age: The Veilguard
Dragon Age: The VeilguardPrós
- Bonito visualmente
- Ótimo criador de personagens
- Mapas bem detalhados
Contras
- Combate diverte, mas foge do esperado
- História demora para engrenar
- Decisões não mudam o curso da história
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