Qual escolher? Galaxy Buds3 ou Galaxy Buds3 Pro?

Com o lançamento dos Galaxy Buds3 e os Galaxy Buds3 Pro, a Samsung elevou o nível de seus fones de ouvido sem fio, trazendo hardware aprimorado, sensores de comandos, áudio UHQ e tecnologias de cancelamento de ruído ativo (ANC) e passivo (PNC) melhoradas. Nesse review-comparativo, a gente te ajuda a decidir qual deles se adapta melhor às suas necessidades e estilo de vida:

Design e construção

Os Galaxy Buds3 e Galaxy Buds3 Pro são parecidos conceitualmente, mas contam com diferenças claras que mudam a forma de usá-los e também quais recursos estão disponíveis para cada um deles. Começando pelas similaridades, vamos ao o corpo dos fones. Ambos agora têm uma “perna” e não são mais uma bolinha que se encaixam em seu ouvido. Essa novidade de design permite novas interações no corpo do produto, como, por exemplo, deslizar para cima ou para baixo para aumentar e diminuir o volume.

Outra novidade aqui é que cada lado dos fones tem uma cor, sendo o lado direito na cor laranja e o lado esquerdo na cor azul. É apenas uma marquinha na parte inferior dos fones, mas é um toque interessante de design e me agradou bastante, principalmente na cor branca. Por falar em cores, ambos os modelos contam apenas com as cores Branco e Cinza. A variedade que tínhamos em modelos passados se foi, apesar de eu ter gostado bastante do visual daqui.

Colocando lado a lado, apesar de muito parecidos, temos diferenças claras entre cada um deles. No Galaxy Buds3, a área onde se conecta de fato com o seu ouvido não conta com uma borracha intra-auricular. Isso fez dele o menos invasivo, mas curiosamente o mais desconfortável após longos períodos de uso.

Por outro lado, no Galaxy Buds3 Pro temos o bom e velho modelo intra-auricular, com borrachas de 3 tamanhos diferentes e um isolamento de som muito mais profundo. A Samsung, no anúncio dos fones, disse ter analisado muitas orelhas para criar esses produtos. São realmente confortáveis, mas ainda não é o tipo de coisa que some no ouvido, pelo menos não para mim.

Quanto às pernas dos fones, há uma diferença estética entre eles também. Embora ambos contem com uma linha preta na parte externa do corpo, apenas o modelo Pro tem LEDs. E o que isso impacta no produto? Absolutamente nada! É uma função meramente estética, muito bonita, mas que não traz nenhuma funcionalidade extra para o produto. É o tipo de coisa que seria muito útil se marcasse de alguma forma o nível de bateria dos fones, ou se desse para colocar para piscar conforme a música.

Eu tenho um Galaxy Buds2 e uma coisa que gosto muito é a facilidade para guardar os fones na case. Nesse aspecto, os dois novos modelos pecam pra mim. Eles são praticamente idênticos nessa parte e apesar disso, não é possível usar a case um do outro, provavelmente pelas pequenas diferenças de tamanho.

Em modelos anteriores era possível guardar os fones sem muito segredo. Aqui me parece que ficou um pouco mais estreito na hora de colocá-los na case. É uma questão de costume, sim, mas é inegável que houve um leve retrocesso nesse quesito.

Case

O case também teve uma mudança notável nessa nova edição. Se antes eles tinham um design horizontal, agora são na vertical, acompanhando as novidades dos fones. Ficou tudo mais parecido com a concorrência, é verdade, mas temos algumas particularidades aqui também.

Por exemplo, a parte superior de ambos os modelos é transparente — em um tom mais escuro na versão cinza –, permitindo ver os fones mesmo com ela fechada. O logo da Samsung se mantém na parte superior, mas é quase invisível por estar na tampa transparente. Na parte inferior há uma porta USB-C para carregar o case e por fim, a maior novidade aqui, temos um botão, que serve para parear os fones com novos dispositivos.

Qualidade de áudio

Os Galaxy Buds3 e Galaxy Buds3 Pro contam com muitas semelhanças sonoras, então é possível passar despercebido pelas melhorias da versão Pro. Ambos trazem um som de alta qualidade, isso é, 24bit/96Khz, também conhecido como Áudio HiFi. Essa tecnologia de som só pode ser ativada em modelos mais recentes da linha S e Z, de 2023 em diante. Eu testei tudo em um Galaxy A54 e a qualidade sonora é impecável da mesma forma. Há um apelo comercial para ter os modelos mais recentes e usufruir do tal HiFi, mas calma que tem alguns “poréns” nisso tudo.

Consegui testar o áudio HiFi em um Galaxy S23 e sinceramente, essa função só gasta mais bateria e não traz uma melhoria sonora significativa. O modelo anterior, Galaxy Buds2 Pro já trazia áudio HiFi e por mais que agora tenhamos um upgrade nos Khz, na prática, não teremos uma mudança perceptíveis para um usuário comum, que valham a pena a perda de bateria.

Para os interessados no Galaxy Buds3 convencional, isso é realmente um upgrade legal comparado com o Galaxy Buds2, esse que realmente não tem nenhum diferencial sonoro. Além disso, do que testei em apps compatíveis (Amazon Music Unlimited, por exemplo), você precisa dos fones, do dispositivo e da faixa com tecnologia HiFi para usufruir de toda a glória sonora oferecida. O Spotify e o YouTube Music não oferecem o recurso, mas novamente, não perdi nada com a falta dele.

O que destaca o modelo mais caro, no entanto, é que ele traz um alto-falante bidirecional contra um unidirecional. Essa diferença faz com que o Galaxy Buds3 Pro entregue áudio em duas direções, ao invés de uma só, melhorando consideravelmente a qualidade sonora e também de recursos como o Cancelamento de Ruído Ativo.

Ambos trazem também o 360 Audio, a opção de som 3D da Samsung, que funciona bem em músicas, mas garante a real imersão em filmes, séries, vídeos e games. Nessa opção ainda é possível ativar o Monitoramento de cabeça, isso é, os sons ficam mais realistas e parece que estão vindo realmente daquela direção.

Outra mudança muito legal por aqui é que finalmente podemos configurar o equalizador como quisermos. Já temos alguns pré-configurados, mas você pode montar do jeito que você quiser, podendo criar uma experiência única nos fones. Isso sim vai fazer real diferença sonora, desde que você saiba configurar.

Cancelamento Ativo de Ruído (ANC)

Ambos os modelos trazem o já conhecido Cancelamento Ativo de Ruídos (ANC para os íntimos). Esse modo capta os sons externos e usando processamento dos fones, reverte as ondas sonoras, cancelando o barulho externo.

Nos Galaxy Buds3 Pro, o ANC traz três possibilidades. A primeira se chama Cancelamento de Ruído Ativo mesmo e permite você escolher o quanto você quer cancelar. Comparado ao meu Galaxy Buds2, ele é muito melhor e mais eficiente. O outro modo, que também já existia nos Galaxy Buds2 é o Som Ambiente. Com isso ativado, você consegue ouvir o mundo ao seu redor mesmo com os fones no ouvido. Por fim, temos o modo Adaptável. Esse último me deixou confuso a princípio, porque parecia apenas o Som Ambiente, mas com o tempo percebi que, como o nome sugere, ele se adapta ao ambiente que você está, usando Inteligência Artificial.

Por fim, esse modelo conta com a opção de mudar para o Som Ambiente automaticamente. O modo detecção de voz já existe desde os Galaxy Buds Pro e quando ativado, vai ativar o Som Ambiente quando você começar a falar. Apesar de legal, eu não gosto do recurso porque ele não é muito inteligente. Eu canto as músicas enquanto as ouço e ele fica ativando o Som Ambiente o tempo todo no processo.

Já o outro modo é o de Sirenes e aí sim temos novidades. Basicamente, os fones vão usar seus microfones para detectar sirenes por perto para ativar o modo de Som Ambiente para que você perceba que tem algo errado acontecendo por perto. Eu precisei simular o uso disso com um vídeo e até que funcionou. Em um uso real, não posso afirmar se é bom ou ruim, pois não tive nenhuma ocorrência onde o recurso precisou ser ativado.

Agora sobre os Galaxy Buds3, não tem muito o que falar. Eles trazem um modo de ANC bem convencional. Ou você ativa ou desativa. Sem personalizações ou ajustes. Embora eu veja isso como um retrocesso em relação aos Galaxy Buds2, entendo a ideia da Samsung de trazer o design sem borrachinhas para tentar atingir outro público.

Uso

Tanto os Galaxy Buds3, quanto os Galaxy Buds3 Pro, trazem uma experiência renovada para os acessórios da Samsung. Graças ao novo design, a forma de usá-los muda bastante por aqui. Se antes trabalhávamos com toques, agora temos os gestos usando as pernas dos fones.

Por exemplo, para pausar uma música, agora agarramos uma das pernas dos fones e fazemos o gesto de pinça. A lógica de antes de aplica ao novo formato, portanto se antes eram dois toques para avançar uma faixa, agora são dois gestos de pinça seguidos, ou então três para voltar a faixa. Gestos de segurar também seguem o mesmo padrão. Se antes nós apertávamos e segurávamos, agora fazemos o gesto de pinça e seguramos.

Essa mudança para o gesto de pinça exige um certo costume e às vezes parece não ser muito confortável, mas com o tempo senti que é melhor que o jeito anterior. Contudo, a mudança mais legal fica para o gesto de volume. Para tal, você só precisa segurar na perna dos fones com os dois dedos e deslizar para cima ou para baixo. É muito intuitivo e útil.

Quanto ao conforto deles, eu fui surpreendido, mas já adianto que é uma questão de gosto e também do tipo de orelha. A princípio gostei mais dos Galaxy Buds3 por serem menos invasivos e eles são realmente bastante confortáveis. A questão é que no longo prazo eles cansaram bastante meus ouvidos.

Já os Galaxy Buds3 Pro tiveram o efeito contrário. Foi esquisito no início e precisei passar por um período de adaptação, além de mudar as borrachas para o tamanho médio (estava com o tamanho grande). Com isso, no longo prazo, o modelo mais avançado ficou mais confortável e prazeroso de usar.

Eles se encaixam muito bem aos ouvidos e não precisei ficar mexendo o tempo todo para achar o jeito correto para colocá-los no lugar, além de não parecerem frouxos nos ouvidos. Isso significa que você, meu caro amigo metaleiro, pode curtir suas músicas tranquilamente sem medo dos fones voarem pra longe.

Eu sou um cara que adoro usar os fones enquanto deitado antes de pegar no sono. Testei os dois modelos nessas ocasiões também e mais uma vez o modelo mais poderoso teve a vantagem. Independente da posição, ele foi o que menos causou desconforto.

Conectividade

Quanto à parte de conectividade, ambos os modelos estão super atualizados, com Bluetooth 5.4. Em dispositivos Galaxy, a conexão vai ser instantânea, mesmo que você nunca tenha se conectado com eles. É algo que faz parte da experiência com ecossistemas, assim como a Apple faz.

A Samsung traz os seguintes codecs para os novos fones: SSC(Samsung Seamless Codec) HiFi, SSC UHQ (Proprietário Samsung) AAC, SBC. Eles podem variar de cada modelo e podem influenciar na qualidade sonora também.

Algo esquisito que aconteceu com ambos modelos foi eu guardar os fones no case, ele reconhecer os fones e na hora de usar novamente, apenas um dos fones terem carregado. Não sei até onde isso tem a ver com o novo formato dos fones e do case, mas não deixa de ser chato e aconteceu mais de uma vez. Em modelos anteriores, ao conectar no case, sempre foi certeza de carga, desde que houvesse bateria no mesmo.

Bateria

Os últimos modelos de Galaxy Buds mantiveram uma média de 6 a 7 horas de duração de bateria e aqui não é diferente. Os Galaxy Buds3 Pro conseguem atingir, de acordo com a Samsung, até 6 horas de uso com o ANC ligado. Você ganha cerca de 1 hora de uso se desativar o recurso. Na prática, o resultado foi realmente esse, conseguindo segurar com facilidade um período de trabalho contínuo de até 7 horas.

No meu uso, o volume ficou quase sempre na casa do 50 até 70% e com o Equalizador no modo Equilibrado ou Dinâmico. Além disso, usei o modo de áudio 360 em todo o uso. Mesmo assim, não senti nenhum impacto negativo na bateria, conseguindo facilmente ter boas horas de uso. Na verdade precisei forçar bastante o uso para finalmente atingir níveis super baixos de bateria dos fones.

Com o case, consegui ter cerca de 3 cargas até precisar colocá-lo na tomada, podendo chegar a um total de 30 horas de uso. Cada carga completa dos fones gasta cerca de 25% da carga completa do case. O número bate com o que a Samsung promete, garantindo 4 cargas completas.

E por falar em case, além do novo botão de pareamento, nos dois modelos é possível carregar sem fio, seja numa base ou por meio de outro smartphone com essa opção. Note que tudo que falei aqui sobre os Galaxy Buds3 Pro em bateria, se aplica também aos Buds3, seja na duração da bateria, até no uso das cases.

Apesar do modelo mais avançado oferecer recursos únicos de som, eles não ofereceram nem mais nem menos desempenho na bateria. Eu particularmente gostei do resultado de ambos nessa área e não acho que as pessoas usem os fones de forma seguida por muito mais que 6 ou 7 horas, de fato. Além disso, atingir 4 cargas com a case é um bom número, afinal são mudanças de volume, efeitos e outros fatores que podem impactar em conseguir atingir esse número.

Em questão de carregamento, os fones precisam de apenas 5 minutos na case para terem boas horas de uso. Já a case em si, leva cerca de 1 hora e meia para chegar aos 100%. Assim como em modelos anteriores, ela tem um LED indicador. Quando está verde, está com 70% ou mais de bateria. Amarelo indica 30% ou mais e vermelho, com menos de 30%. Quando a bateria está fraca, o LED fica piscando em vermelho, implorando por uma tomada.

Galaxy AI

Aproveitando o gancho dos lançamentos de smartphones desse ano, a Samsung decidiu implementar recursos de IA nos fones também, mas não é bem assim. Os fones em si não contam com nenhum recurso por si só. Contudo, nos smartphones compatíveis com a função Intérprete, você vai poder usar os fones de forma direta para esse recurso, recebendo as traduções em tempo real direto nos fones.

É legal a integração, mas nesse caso entra muito mais como um bônus para quem tem um desses modelos do que um diferencial dos fones. Como já disse, usei os fones o tempo todo em um Galaxy A54 e todos os grandes destaques dele estão disponíveis para mim.

A falta do Intérprete não destrói minha experiência e além do mais, ao tentar usar o recurso em um Galaxy S23 com os fones conectados, tive zero indícios do sistema para que eu unisse o recurso aos fones. Dá pra ver que é uma função voltada muito mais para o marketing do produto do que uma utilidade de fato.

Consegui fazer alguns testes no Galaxy S23 também e, sinceramente, não houve diferenças na experiência. Nos modelos mais recentes que tenham o modo Intérprete, você vai poder usufruir desse recurso de IA diretamente dos fones. Eu tentei usá-lo no S23, mas não é como se a funcionalidade explodisse na tela do app Wearable. Ela continua sendo a função convencional do smartphone, mas agora pode ser conectada aos Buds3. Para quem tiver dúvida, eu também testei os fones em um Android não Samsung e a qualidade sonora se manteve excelente, inclusive com as funções de voz ativas.

Além disso, o recurso chegou também aos Galaxy Buds2 Pro, desde que você tenha o smartphone com a novidade, mais uma vez me questionando os valores e reais mudanças dos novos fones.

App Galaxy Wearable

Esse app é a alma dos dispositivos Galaxy, pois por eles é que conseguimos ativar, personalizar e verificar cada recurso deles. No caso dos Galaxy Buds3 Pro e Galaxy Buds3, temos diferenças bem claras. O app é o mesmo e se você estiver usando um smartphone Galaxy, tudo será instalado automaticamente ao parear os fones. Agora se estiver em outros Android, terá de fazer uma visita à Play Store. De qualquer forma, tudo está no mesmo app, mas em abas diferentes.

Começando pelo Buds3 Pro, a tela inicial já nos traz os principais destaques de áudio, ou seja, Modo ambiente, Som Adaptativo, Cancelamento Ativo de Ruído ou então Desligado onde nenhum desses fica ativo. Na parte de baixo, já é possível encontrar um menu de configuração rápida do que você ativar. Por exemplo, se estiver no Modo Ambiente, poderá definir o seu volume. O mesmo acontece com o ANC.

A próxima parte se chama Qualidade e efeitos sonoros. Dentro dela é onde podemos mexer nas configurações de Áudio 360, Equalizador, além de poder verificar se o encaixe dos Buds3 Pro está correto nos ouvidos. Essa é uma função exclusiva do modelo mais caro e aparenta ser algo relacionado às borrachinhas, uma vez que também está disponível no Galaxy Buds2 convencional.

Uma novidade desses dois modelos é finalmente termos comandos de voz para pausarmos uma música, ou então atender uma ligação. Eu consegui testar isso, mas fica o aviso que por enquanto só funciona em inglês ou coreano. É um recurso super legal e útil, mas que ainda carece de mais comandos. É possível fazer o básico do básico, mas nada de poder alternar entre os modos do fone, por exemplo, o que seria muito legal.

É possível usar a Bixby para mais funções de voz, mas além de ser lento, também é necessário chamar ela para cada uma das funções. Um aviso aqui é que para poder ativar isso eu precisei usar o app no PC, uma vez que pelo smartphone só tinha a opção de usar a Bixby disponível.

A próxima parte do app são os Controles dos fones de ouvido. É por aqui que definimos os gestos de cada um e se queremos que eles reajam aos gestos de fato. Por exemplo, em controles de mídia, ao ativá-lo, podemos juntar os dedos para reproduzir ou pausar a música. Fazendo isso 2x ou 3x, vai chamar a próxima música ou a anterior, respectivamente. E claro, a novidade, podemos deslizar para cima ou para baixo para controlar o volume.

É possível também definir o que vai acontecer quando mantemos os dedos juntos e seguramos por alguns segundos em cada um dos fones. Por padrão, isso é usado apenas para mudar os controle de ruído (ANC, Modo Ambiente), mas também podemos configurar para ativar a Bixby ou Spotify. Acho que essa parte poderia ser mais personalizável, deixando que o usuário conseguisse escolher mais funções e apps. Nessa página, você define também se quer que os gestos para atender e recusar chamadas funcionem ou não.

No modelo Pro, há ainda um botão para configurar as luzes dos fones. Não tem nada de inovador aqui, apenas a forma como as luzes se comportam. Como já disse anteriormente, esse é um recurso apenas estético, muito bonito, mas que não acrescenta nada de relevante aos fones.

Por fim, temos as Configurações de fones de ouvido. É aqui onde encontramos as funções mais interessantes deles. A primeira delas envolve os Controles de voz que já mencionei que precisei usar um PC para poder ativá-lo. Outra opção legal é a Detecção de fones, que deixa você pausar a música ao tirar um dos fones, ou então mudar a chamada para o telefone quando tira os dois.

Outras duas funções que merecem atenção aqui são a Ler em voz alta as notificações e Lembretes para alongar pescoço. O primeiro precisa da sua permissão, mas é bem útil por trazer o resumo das notificações diretamente nos fones. Já o segundo é bom para você fica muito tempo olhando pro celular ou pro PC e acaba inclinando a cabeça pra frente sem perceber. Os fones reconhecem o movimento e te manda um lembrete para fazer um alongamento.

O Labs conta apenas com o Modo de jogo, que diminui o delay dos fones para ter um game mais sincronizado. Por fim, o menu de Acessibilidade permite você controlar o balanço de som, isso é, definir mais volume para esquerda ou direita, além de controles de ruído com apenas um dos fones e até melhorias auditivas para o Som ambiente, te deixando escolher o nível de volume em cada lado e até mesmo aumentar o volume das vozes que estão na sua frente. Fazendo uma pequena alfinetada na concorrência aqui, esse tipo de acessibilidade já existe desde muitos Buds atrás, ainda melhor nessa versão.

Preço e disponibilidade

Os Galaxy Buds3 Pro e os Galaxy Buds3 chegaram ao Brasil em julho, com valores que se iniciam em R$ 1.100,00 na versão tradicional, e R$ 1.880,00 na versão Pro. Em comparação, o MotoBuds+, concorrente da Motorola com qualidade similar ao Pro, custa “apenas” R$ 784,00:

O que vem na caixa?

O kit dos fones de ouvido são bem simples. As caixas em si são bem bonitinhas, mudando apenas de cor, sendo o Galaxy Buds3 Pro na cor preta e o Galaxy Buds3 em branco. Ao abrir a caixa, já nos deparamos com o case e os fones envelopados em um papel manteiga. Como de praxe, escondida na parte de trás da tampa da caixa, temos um bloquinho com os manuais e o cabo. No modelo Pro, temos também as borrachinhas para que você consiga usá-los de acordo com seus ouvidos.

Conclusão

Os Galaxy Buds3 Pro trazem algumas boas melhorias sonoras desde a última versão, mas onde ele conseguiu me conquistar de verdade foi na mudança de usabilidade. Os gestos de pinça e deslizar no novo corpo dos fones é muito mais acertivo e funcional que os toques dos modelos anteriores.

E claro que se você já conhece os modelos Pro anteriores, vai gostar desse, pois são excelentes. O Cancelamento Ativo De Ruído (ANC) também merece muitos elogios, combinado com o cancelamento passivo (PNC), por conseguir isolar muito bem o som exterior, sem causar desconforto.

Quanto ao modelo convencional Buds3, seu som ganhou melhorias notáveis comparado ao Galaxy Buds2, mas perdeu algumas tecnologias, como o Som Ambiente e outras possibilidades só disponíveis em um fone intra-auricular.

Em resumo, se você quer ficar no ecossistema da Samsung e aproveitar as funções exclusivas, como o Galaxy AI, eles são a melhor opção. Os Buds3 Pro por trazerem um som levemente mais encorpado e potente e um cancelamento de ruído mais atrativo e os Buds3 por conseguir trazer alta qualidade sonora mesmo em um design não intra-auricular.

Mas também é bom ficar atento aos concorrentes, como o AirPods Pro 2 da Apple, WF-1000XM5 da Sony e, um dos nossos favoritos, o Moto Buds+. E, como em qualquer lançamento da Samsung, vale a pena esperar alguns meses, para pegar esses produtos em promoções e descontos mais vantajosos.

Especificações técnicas

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