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Todo ano, um novo CoD, e agora não foi diferente. Call of Duty: Black Ops 6 está entre nós, mas será que ele é bom? Traz novidades à franquia? Ou é só mais do mesmo, feito para ganhar mais dinheiro em cima dos fãs? Posso adiantar que o game é uma grata surpresa para mim e traz algumas novidades bem interessantes à franquia no geral. Quer saber todos os detalhes? Vem com a gente conferir o review completo!
Campanha
Muitas pessoas, eu incluso, não dão a devida atenção para o modo campanha dos Call of Duty, mas é um fato que muitas delas são excelentes e tem uma base de fãs bem grande as defendendo. Eu fui de coração aberto jogar o novo game e já sabia que ele teria uma temática de espionagem, visto que ele é continuação de Call of Duty Black Ops Cold War, game que trata sobre a Guerra Fria.
Contudo, eu também estava esperando um game que seria mais um genérico onde todas as missões eu andaria pra frente e teria uma trocação de tiro e só. É aí que a desenvolvedora Treyarch brilhou. São 11 missões no total e elas conseguem ser criativas de uma forma muito divertida. Temos puzzles, ação e até mesmo momentos de horror e psicodelia.
Por exemplo, em uma das missões, somos colocados em uma festa de Gala do Bill Clinton como um fotojornalista, para conseguir a retina de um dos senadores para ter acesso à base do lugar para resgatar Adler, um dos protagonistas. O game te solta no evento, te dá um mapa e permite que você faça a missão da forma que você quiser. Você pode roubar um cartão, subornar um funcionário ou até mesmo conseguir provas contra esse senador. Essa proposta se repete em outras missões e gera em nós, jogadores, um prazer maior em fazer aquelas missões.
Outro exemplo legal fica para uma missão no deserto onde precisamos ir até 3 locais para completar o objetivo, mas o game te dá um mapa bem grande e a possibilidade de explorar da forma que achar mais legal, para pegar suprimentos, dinheiro, colecionáveis e até mesmo vantagens daquela missão.
Contudo, as coisas que eu mais gostei envolvem o lobby do modo campanha. Os personagens principais são personagens exilados pela CIA e decidem investigar tudo por conta própria. Para isso, vão até uma antiga base da KBG na Bulgaria e lá se torna nossa safehouse. Nesse local, podemos explorar tudo como quisermos, conversar com outros personagens e também é onde escolhemos as missões e também fazemos upgrades, usando dinheiro adquirido nas missões.
O diferencial aqui é que essa casa esconde diversos segredos. Usando uma lanterna de luz negra, conseguimos explorar esses segredos. Nas paredes, vemos as notas de piano para abrir uma passagem secreta, ou então como voltar a energia do local pelo porão. É algo instigante de fazer e traz um pouco de história e também uma boa recompensa ao jogador.
Para fechar, vale comentar sobre as missões diferenciadas. Usando boas desculpas sobre um gás tóxico, por exemplo, Call of Duty Black Ops 6 aproveita disso para nos entregar uma missão de terror, usando elementos do modo zumbis, ao mesmo tempo que nos entrega pontos importantes da história do jogo. Não só isso, mas se aproveita dessa fase diferente para colocar mecânicas diferentes, como nos dar um gancho nos moldes do Batman para subir em locais mais altos e até mesmo finalizar inimigos, como em Doom.
Esse pretexto é mais tarde utilizado em outra missão para nos levar a outro tipo de mundo, além do de zumbis, que eu adorei também, mas aí eu vou deixar para você se surpreender sozinho.
Multiplayer
Como de praxe, um novo CoD também nos traz um novo multiplayer. São novas armas, novos perks e mapas, mas não dá para dizer que tivemos a maior mudança da franquia aqui. Se você já está acostumado com o multiplayer da franquia, provavelmente vai adorar esse, exceto por alguns elementos chatos, que podem ou não ser ajustados com o tempo.
Por exemplo, enquanto escrevo essa review, o respawn do game está completamente quebrado, tendo frequentemente inimigos nascendo atrás de você, em todos os mapas. Por falar em mapas, eles também são um problema. Diferente de outros títulos da franquia, esse jogo foi lançado apenas com mapas menores, ignorando praticamente os de tamanho médio e grande.
Sim, é legal demais jogar em Nuketown, por exemplo, mas se todos os mapas seguem a mesma filosofia o tempo todo, a chance do game se tornar cada vez mais enjoativo mais rápido só aumenta. Outro problema chato envolve os perks. Temos os já conhecidos de jogos anteriores, seja o Ghost para os campers, ou Scavenger para coletar munição dos inimigos, mas agora temos um em específico que literalmente marca todos os inimigos através da parede quando você morre. Considerando o tamanho dos mapas, isso se torna um item completamente roubado. Todo mundo tá usando, o que não faz dele menos quebrado.
Sobre personalização, são diversos desafios para fazer e claro, muitas kills para deixar as armas douradas, platina e dark matter (verificar nome correto depois). Temos pinturas exclusivas para o modo zumbis também, instigando a galera a jogar todos os modos. Como recebi a versão Cofre para review, tenho todos os operadores disponíveis até o momento, então não sei dizer como funciona isso para a versão base do game.
O sistema de Prestígio também mudou em relação aos últimos títulos. Ele voltou a ser como antigamente. Ou seja, você joga até chegar no nível 55 e aí escolhe se quer ou não fazer Prestígio. Pra quem não sabe, ao fazer isso você começa do nível 1 de novo, mas com um novo emblema em volta do seu nome e com direito a escolher uma recompensa definitiva. É um jeito legal de manter o game ativo, mas lembre-se, você sempre vai ter de liberar armas e perks a cada novo Prestígio, mesmo que mantendo seus upgrades.
Vou entrar em mais detalhes no tópico de jogabilidade, mas a nova mecânica de movimentação é um grande diferencial para o multiplayer. Graças ao omnimovement, agora é possível correr e saltar em qualquer direção, além de termos mais mobilidade no chão também. Não é algo obrigatório para se dar bem no game, mas com certeza quem masterizar essa movimentação, vai ter vantagens, principalmente na implementação da mesma no Warzone.
Modo Zumbis
O famoso Modo Zumbis volta nesse game de certa forma revigorado. Em Cold War, optaram por inovar um pouco com modos em mundo aberto e que, apesar de não ser ruim, também não era tão divertido assim. Em Black Ops 6, voltamos para o estilo convencional de rounds, com dois mapas iniciais: Terminus e Liberty Falls.
Liberty Falls é o mapa de dia e Terminus o de noite. Ambos seguem a mesma filosofia. Você começa com uma pistola a sua escolha e alguns perks. Conforme você mata os zumbis, vai ganhando dinheiro para comprar outras armas, munição, vantagens-cola, potencializadores GoblleGums e muito mais. Conforme você passa os rounds, vai ficando mais difícil, exigindo não apenas habilidade, mas também que você saiba como melhorar suas armas e itens ao longo do processo.
Eu joguei os dois mapas e gostei de ambos. Eu particularmente prefiro esse modo nesse formato. Infelizmente não consegui testar com amigos, onde tudo fica ainda mais legal e de certa forma, mais fácil, mas os elementos de ir abrindo novas partes do cenário se mantém aqui e promete ser um excelente modo de jogo no longo prazo, ainda mais quando receber mais mapas e melhorias novas.
Jogabilidade e gráficos
Em termos gerais, a jogabilidade de Call of Duty Black Ops 6 não muda em relação a outros jogos da franquia. É um game de tiro em primeira pessoa e podemos fazer o que se espera de um game do gênero. Andamos, corremos, miramos e atiramos, além de poder interagir com o cenário, seja escalando paredes ou rastejando por baixo de lugares específicos.
O diferencial aqui fica para o já comentado Omnimovement, nova mecânica de movimentação do game. Em jogos anteriores, já tínhamos uma movimentação bem ágil e com a possibilidade de deslizar e até dar pulos, tipo “peixinho”, mas isso foi aprimorado aqui. Basicamente, o personagem consegue andar em qualquer direção agora, mas sobretudo, correr, deslizar e até dar peixinho para qualquer direção.
Mas não para por aí. No meio dos saltos, ao fazer os movimentos em locais mais altos, é possível girar no meio do movimento e já atirar nos inimigos, deixando tudo mais fluído no combate. Quando no chão, o personagem também não fica mais se rastejando todo travado, mas sim se adapta à direção, permitindo a mira em qualquer direção.
Embora não seja uma inovação na indústria, principalmente para quem já jogou Max Payne, por exemplo, e sabe como os saltos funcionam por lá, para o Black Ops 6 e a franquia Call of Duty no geral, é um recurso super bem-vindo e deve ser masterizado e muito na comunidade de Warzone, principalmente.
Quanto aos gráficos, eu joguei no PC em um Acer Nitro 5 com um Intel Core i5-11400H e placa de vídeo RTX 3050 com 4GB de vídeo e 16GB de memória RAM trabalhando em dual-channel. Joguei o game inteiro na resolução Full HD usando o DLSS da Nvidia no modo Qualidade e atingindo uma média de 90 quadros por segundo.
Pela configuração do meu notebook, considero um ótimo desempenho, principalmente para o multiplayer e zumbis, onde não atentamos tanto aos detalhes. Para a campanha, no entanto, em momentos mais tranquilos, foi visível a demora para renderizar detalhes nas paredes. Longe de estar feio ou embaçado, apenas parecia estar com poucos detalhes mesmo, ainda mais quando passava uma cena cinemática onde tudo é mais realista e notamos uma diferença mais brusca entre uma coisa e outra.
O ponto mais legal, mesmo com um hardware intermediário, foi poder ver os detalhes nos personagens. Nessa parte, eles se mantém expressivos e com bastante detalhes no rosto e até nas roupas. A direção de arte do game ajuda e muito nessa parte, afinal vamos a uma variedade de locais diferentes, sejam eles abertos ou não, se destacando muito mais do que os polígonos que a placa de vídeo pode oferecer.
Requisitos recomendados
Como puderam ler, o game rodou bem no meu Acer Nitro 5 com uma configuração intermediária. De qualquer forma, segue todas as recomendações de hardware e software para que o game funcione perfeitamente no seu PC:
REQUISITOS MÍNIMOS | |
SISTEMA OPERACIONAL Windows 10 64 Bits (atualização mais recente) CPU: AMD Ryzen 5 1400 ou Intel Core i5-6600 RAM: 8 GB Placa de Vídeo: AMD Radeon RX 470 ou NVIDIA GeForce GTX 960 ou Intel Arc A580 | MEMÓRIA DE VÍDEO 2 GB ESPAÇO DE ARMAZENAMENTO requer SSD com 102 GB de espaço disponível no lançamento INTERNET Conexão à internet de banda larga |
ESPECIFICAÇÕES RECOMENDADAS | |
SISTEMA OPERACIONAL Windows 10 64 bits (atualização mais recente) ou Windows 11 64 bits (atualização mais recente) CPU AMD Ryzen 5 1600X ou Intel Core i7-6700K RAM 12 GB PLACA DE VÍDEO AMD Radeon RX 6600XT ou NVIDIA GeForce GTX 1080Ti / RTX 3060 | MEMÓRIA DE VÍDEO 8 GB ESPAÇO DE ARMAZENAMENTO requer SSD com 102 GB de espaço disponível no lançamento INTERNET Conexão à internet de banda larga |
ESPECIFICAÇÕES COMPETITIVAS / 4K ULTRA | |
SISTEMA OPERACIONAL Windows 10 64 bits (atualização mais recente) ou Windows 11 64 bits (atualização mais recente) CPU AMD Ryzen 7 2700X ou Intel Core i7-8700K RAM 16 GB PLACA DE VÍDEO AMD Radeon RX 6800XT ou NVIDIA GeForce RTX 3080 / RTX 4070 | MEMÓRIA DE VÍDEO 10 GB ESPAÇO DE ARMAZENAMENTO requer SSD com 102 GB de espaço disponível no lançamento INTERNET Conexão à internet de banda larga |
Preço e Disponibilidade
Call of Duty Black Ops 6 foi lançado mundialmente no dia 25 de outubro para PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series S | X. Esse jogo marca como o primeiro lançamento de Call of Duty lançado diretamente no Game Pass no Day One, devido a compra da Activision pela Microsoft.
O valor do game é de a partir de R$339,00, podendo chegar a R$479,00 na Versão Cofre, que traz diversas armas e operadores adicionais, passe de batalha com 20 níveis de avanço e 1100 CoD Points (moeda do jogo). É um conteúdo a mais para quem realmente joga muito o jogo e considerando o valor desses itens de forma separada, a diferença de valor até vale. Isso não significa que o preço praticado para esses jogos seja barato. Afinal de contas, dá quase 30% de um salário mínimo na versão base do game.
Conclusão
Call of Duty Black Ops 6 é bom? felizmente é um ótimo título da franquia CoD. A campanha traz uma história envolvente cheia de reviravoltas e muita criatividade, além de não deixar de fora os famosos modos Multiplayer e Zumbis.
Ainda acho que o Multiplayer precisa de um balanceamento e uma revisão no que vão fazer em mapas futuros, o que não tira o mérito de ser um game super divertido e que mais uma vez vai manter sua base de fãs ali, ainda mais agora que está disponível no Game Pass.
O modo Zumbis termina de complementar a experiência, inicialmente com apenas duas missões, mas que garantem a experiência clássica e gostosa de hordas, principalmente ao jogar com amigos. É um título obrigatório para quem é fã da franquia e para você que nunca jogou e tem um Xbox ou PC, pode testá-lo pelo serviço da Microsoft.
Essa foi nossa review do Call of Duty Black Ops 6. Mas e você, já está jogando o game? Comenta aqui embaixo o que está achando e o que deve melhorar. Confira também nossas outras matérias e reviews, como a do Galaxy Tab S10 Ultra
Veja também
Revisão do texto feita por: Daniel Coutinho em 13/11/2024
REVIEW: Call of Duty Black Ops 6
REVIEW: Call of Duty Black Ops 6-
Campanha10/10 Excelente
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Multiplayer7/10 Bom
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Zumbis9/10 Incrível
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Jogabilidade10/10 Excelente
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Gráficos8/10 Ótimo
Prós
- Campanha excelente
- Novas mecânicas deixam o game ainda mais fluído e frenético
- Zumbis em formato de rounds está ótimo
Contras
- Multiplayer desbalanceado e com mapas não tão bons
- Valor salgado
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