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Em tempos de gadgets de tamanhos (e cores) pouco discretos, um obstáculo a quem tem um perfil mais elegante é encontrar um produto que combine com o visual. O Atrio Paris tem de tudo para preencher esse espaço, sendo um smartwatch com uma série de funções inteligentes, abrigadas em uma tela de apenas 2 centímetros.
Mesmo compacto e refinado, ele vale realmente a pena? Descubra a seguir, em nossa detalhada review.
Visual e conectividade
A elegância do Atrio Paris é o que o torna um smartwatch diferente dos demais. Ele não é um gadget que vai chamar a atenção pelo tamanho, nem é um aparelho que transborda de funções (daquelas quais você não usaria nem metade). Pelo contrário: o Paris vai direto ao ponto na navegação, e isso também está refletido no design, que é bastante luxuoso. A pulseira metálica, que pode ser trocada, é complementada pelas formas geométricas do vidro que envolvem o visor, sendo a cereja do bolo no acabamento do produto.
O aplicativo que você precisa baixar para aproveitar todas as funções e configurações do relógio (já que não há configuração nenhuma nele próprio) é o SW Atrio, disponível para Android e iOS. O app tem interface carregada de informações, com menus e submenus ideais para quem quer acompanhar passos e perda de calorias diária, semanal e mensalmente. Donos de iPhone vão gostar de saber que o relógio também pode funcionar junto do app Apple Health; quem tem Android também consegue pareá-lo ao Google Fit.
O Atrio Paris é um modelo unissex, entretanto seu visual elegante e discreto, juntamente com seu tamanho, nos faz crer que foi pensado para agradar ao público feminino. Levando em conta que a campanha publicitária do relógio usa termos como “glamour”, creio que, independente da identificação de gênero do usuário, deve-se levar em consideração que este é um acessório delicado e refinado – uma concepção que já vem de fábrica.
Diferente do quadradinho minimalista, unissex e “toda ocasião” do Apple Watch ou do redondo, robusto e pouco discreto Huawei Watch GT 2, o Atrio Paris lembra uma joia. Sua pulseira metálica reforça bem essa ideia. Em contraste, temos o Londres, outro smartwatch da fabricante que tem mais algumas funções e adota um estilo mais “universal” – que combinaria tanto com visual esportivo como um look casual.
A simplicidade resume bem a eficácia da navegação pelas telas do Atrio Paris. Há uma única área sensível ao toque chamada “one touch“, logo abaixo da tela, indicada por uma forma hexagonal impressa debaixo do vidro. Lembrando smartbands populares, você dá um toque para avançar e mantém o dedo por alguns segundos para confirmar. O menu é cíclico, então as funções seguem uma ordem específica até voltarem novamente para a tela inicial. Ele também tem um único botão físico na lateral, que serve para voltar ao início ou, se já estiver, a tela escurece.
Sem exageros, é ótimo como o Paris vai direto ao ponto em suas funções. São medidores de passos, calorias perdidas, distância percorrida, ritmo cardíaco (atual), da qualidade do seu sono e também há quatro tipos de treino (corrida, caminhada, trilha e de bicicleta). Das funções de ligação direta com o celular, temos a leitura de mensagens/notificações e a função “procurar”, que envia um aviso sonoro ao smartphone (como se fosse uma ligação), no caso de você ter perdido.
Depois de poucos dias de uso, já é possível decorar a quantidade de toques na área touch para ir à cada função. As mais usadas aparecem primeiro na fila, enquanto outras como “temas” e “brilho” estão entre as últimas. Isso é um ponto positivo ao se pensar na utilidade dos itens de navegação. E enquanto ele peca de personalização dos treinos, que são limitados a somente os quatro tipos que citamos, a personalização de temas da tela principal é bastante justa.
Falando sobre brilho, a iluminação da tela é boa em diferentes ambientes, mas as cores acabam sendo opacas (no caso, do brilho branco em contraste ao fundo preto). A definição de imagem também não é das melhores, mesmo no papel de parede parisiense que é temático do produto.
O mais curioso é a existência de lembretes de “tomar água” e “se exercitar”, algo útil para manter a saúde em dia. Em tempos de convivência e trabalhos somente em casa, um lembrete assim é essencial. Uma pena é que há outro ponto negativo: estas e outras configurações só podem ser modificadas/criadas no aplicativo parceiro. Se você estiver usando o Apple Health ou com SW Atrio desinstalado, vai precisar baixar e abrir o app para ajustá-lo.
Bateria
Você que está acostumado a usar um smartwatch, sabe que um ponto-chave é a duração da bateria. Se você já precisa carregar seu celular a cada um ou dois dias, não quer mais uma dor de cabeça como parte da sua rotina de uso de gadgets, certo? Pois talvez esse seja o principal ponto negativo do Paris. Na embalagem do produto, damos de cara com uma estimativa um pouco desanimadora: a bateria só duraria três dias. No manual, a história muda um pouco, com duração máxima de 20 dias. Ao testar, percebi que acabou sendo impossível a duração corresponder com este segundo cenário – e explico a seguir.
A variação entre estes extremos, dada pela própria fabricante, é explicada pelo fato de quanto tempo o relógio fica conectado com o celular. Com carregamento da bateria ao máximo (o que durou poucas horas) e o Bluetooth ligado, utilizei da manhã de um dia até a noite do dia seguinte, ou seja, mais ou menos 35-40 horas. Com o Bluetooth desligado, a bateria durou quatro vezes mais, em uso casual por quase uma semana. Assim, ele dura no máximo dois dias de uso intenso, ligado ao celular.
Então a graça é utilizá-lo como um relógio “offline” ao longo do dia e só contabilizar suas informações em sincronia com o celular pouco antes de dormir, por exemplo. Desse jeito, você ainda tem todos os status atualizados e não precisa depender da conexão e curta duração da bateria. Agora, se você adquiri-lo exclusivamente pela finalidade de mostrar notificações do smartphone, vai precisar lidar com a carga de dois dias.
Junto dele, há um carregador pouco usual, que funciona como um estojo que se fecha sobre o corpo do smartwatch. Como o aparelho não carrega sem fio, esse estojo possui bornes metálicos que fazem contato físico com o relógio para carga da bateria.
A ideia é boa, porém, o sistema é pouco prático se você pensar que deve abrir e fechar cada vez que precisar carregá-lo. A longo prazo, é como se você precisasse tirar e colocar a capinha do seu celular cada vez que o conectasse ao carregador. É um passo a mais que poderia ser resolvido com uma base plana e um sistema de ímã, por exemplo, que fosse o suficiente para manter o conector estável e sem “sambar” no contato. De forma econômica, outra solução seria uma espécie de pinça que segurasse-o na base, como fazem outras fabricantes de smartwatch. Infelizmente, a opção adotada pela Atrio é merecia um aperfeiçoamento.
Durabilidade
Só de sentir a leveza do produto já se suspeita de sua durabilidade. Afirmamos que essa é, felizmente, uma primeira impressão equivocada. Em nossos testes (100% home office) nas últimas duas semanas, não houve arranhão visível e nem manchas permanentes na tela. A pulseira também se mostrou resistente a poeira e arranhões. Até mesmo a marca “Atrio”, gravada na parte magnética, ainda se manteve nova em folha. Mesmo assim, o vidro é bem propício a manchas de dedos e poeira, que felizmente podem ser limpas.
Usar no dia-a-dia na rua pode ser um pouco diferente para colocá-lo à toda prova, mas creio que um arranhão acidental só acabaria acontecendo no caso de uma queda ou de um choque direto do relógio com outra superfície. Batidas leves e “raspões” só devem ter efeito a longo prazo. Mais um detalhe importante é que ele é à prova d’água com certificação IP67. Ou seja, ele pode ficar submerso em 1 metro de água por até meia hora. Você pode usar na piscina sem problemas, só é uma pena ele não vir com um rastreador de nado.
Conclusão sobre o Atrio Paris
Para quem nunca teve um smartwatch, o Atrio Paris é um bom começo. Quem já está acostumado a uma navegação de smartband (relógio esportivo inteligente) e quer trocar por algo mais refinado, pode se adaptar facilmente a ele. Utilizar somente em caminhadas e como forma de adereço para complementar o visual é a solução mais harmoniosa. Já quem espera que ele se torne um gadget companheiro que vai te deixar dependente das funções e medidores, mostrando notificação do celular e demais avisos, a bateria e o tamanho podem não ser tão práticos. Você pode encontrar o Atrio Paris a partir de R$ 474.
O Atrio Paris faz seu tipo de smartwatch? Conta para a gente nos comentários!
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Um relógio muito ruim, não funciona direito, não tem despertador, bem ruim mesmo
Dinheiro jogado fora
Estou decepcionada com a bateria. O relógio não aguenta mais que 15h ligado. Pela revisão vi que realmente não é boa a bateria, mas o meu acho que chega a ser muito fraca. Fico pensando se não está defeituoso.
Péssimo! Dinheiro jogado fora! No meu caso a bateria não dura nem 8h. Se fosse para ter durabilidade deixando ele desconectado, teria comprado um relógio comum! Péssimo negócio, não recomendo!
alguem me ajuda a formatar o relogio por favor