REVIEW Atomic Heart, um jogo muito aquém das expectativas

O jogo Atomic Heart é um jogo de tiro em terceira pessoa desenvolvido pela Mundfish e publicado pela Focus Entertainment e 4Divinity. O jogo está disponível para Microsoft Windows, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X/S, sendo lançado dia 21 de fevereiro de 2023. O jogo Atomic Heart também está disponível na game pass. Confira a review de Atomic Heart a seguir!

A história de Atomic Heart

O jogo começa com uma premissa até que interessante, onde uma rebelião robô acontece, o que já nos foi avisado diversas vezes sobre inteligência artificial, fique longe. Mas, o ser humano nunca aprende! O jogo poderia facilmente ser algo parecido com Eu robô, estrelado pelo ilustre Will Smith, os inimigos têm até uma certa semelhança, mas, foi para um lado totalmente diferente no decorrer da gameplay.

Temos o protagonista e ele é um Major infiltrado que está ali para simplesmente parar quem está por trás da rebelião robô, mas não é só isso, o objetivo do mesmo, pode até parecer algo claro, parar quem estava por trás de tudo, mas isso não é muito bem explicado, as suas convicções são bem pouco exploradas e ele se torna um personagem bem genérico que só está ali por estar, e é aí que o problema da história do game começa, faltou profundidade, emoção e carisma do personagem principal.

O Major é um personagem sem personalidade alguma, só vemos ele reclamar e isso o torna um personagem difícil de se criar qualquer tipo de vínculo, uma coisa que hoje em dia nos jogos vem sendo muito bem explorada, mas, nesse aqui isso ficou muito de fora. Tornando a imersão no jogo quase que nula, e em tempos de tecnologia sempre se expandindo, deixar isso de fora é um tiro no pé.

Os cenários

Os cenários do jogo no prólogo estavam incríveis, ao entrar no game, você vê gráficos lindos, e é quase que impossível ficar de boca fechada com a qualidade gráfica no começo do jogo, mas, como tudo não são flores, toda essa “magia” é apagada depois desse primeiro cenário, o jogo se mostra bem aquém do que é mostrado tanto nos trailers, como no seu prólogo, o downgrade é absurdo, parece outro jogo, nos fazendo acreditar e experienciar cenários que se assemelham a geração passada!

Há um ponto positivo, é claro, existe uma “água” onde você consegue atravessar entre os cenários que foi uma ideia muito legal feita pelos desenvolvedores, nela você consegue fugir de inimigos e quase que ficar imune aos seus ataques, onde, isso é muito útil já que os inimigos são um pouco difíceis de se lidar!

Tirando isso temos mais problemas, as infinitas portas que TODAS elas precisam ser abertas com enigmas maçantes, que não havia necessidade alguma de estarem ali, a não ser para deixar o jogador mais tempo num cenário e isso deixa o game com um andar muito mais lento.

Jogatina de Atomic Heart

A pior parte do jogo Atomic Heart, com toda certeza, tentaram fazer algo parecido com o incrível Dying Light, mas, falharam miseravelmente, a jogabilidade é totalmente travada e muitas vezes não funciona, parece que o jogo só quer esquivar quando quer, o controle não parece ser do jogador. Os inimigos muitas das vezes parecem ter a vantagem e tem sempre os mesmos golpes, há um indicativo de que vão utilizar golpes fortes, e não se sabe por que, mas parecem certeiros a todo momento.

O jogo muitas vezes “obriga” você a se pendurar entre os escombros do cenário, uma ideia legal, mas, implementada de forma muito mal feita, é lento como nos movemos entre os canos e lugares que é possível se pendurar, e, além disso, os objetos que podemos nos pendurar não são muito bem destacados para facilitar a vida do jogador, o que nos faz perder um tempo precioso dentro da jogatina.

Armas e habilidades

Talvez aqui o jogo acertou, a quantidade de armas disponíveis na gameplay é algo legal e bem explorado, começamos com um machado, e para quem não viu nada do jogo antes de jogá-lo vai se surpreender com a variedade de armas disponíveis para o jogador. Coloco aqui a pistola elétrica como arma com uma maior incrível, pois ela é simples, fácil de usar e muito eficaz.

Temos desde armas melee(armas brancas, armas corpo a corpo) como também, armas de fogo, armas elétricas, e é possível fazer melhorias nessas armas facilitando e muito a gameplay.

Há também as habilidades do personagem que querendo ou não é uma árvore bem grande de opções para atribuir pontos, você pode, por exemplo, atravessar uma barreira de raios lasers e sair vivo da situação, entre outros.

Trilha sonora

A trilha sonora no game é fraca, e sem criatividade alguma! Tentaram enganar no começo com música clássica de qualidade, tocando autores geniais como Mozart, mas, isso não foi suficiente, a trilha original do jogo deixou muito a desejar, a mesma música para praticamente todos os inimigos comuns, e não foi passada aquela aflição, que se houvesse algum apocalipse, com toda certeza, sentiríamos.

Veredito de Atomic Heart

Atomic Heart foi uma surpresa, negativamente, é claro, o trailer nos passa uma vibe totalmente diferente do que é mostrado na prática. Faltou polimento, faltou diversidade de inimigos, faltaram cenários mais bonitos, faltou o parkour mais bem feito, uma trilha sonora mais imersiva, ou seja, o jogo não foi nada daquilo que me foi passado ao assistir o trailer.

A premissa do game era ótima, mas, deixou muito a desejar, tanto na história como também na jogatina, sendo as partes mais importantes de todo e qualquer jogo! Atomic Heart foi uma decepção, é até agora a maior de 2023.

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Revisado por Glauco Vital em 24/3/23.