Índice
Introdução
O Zenfone 4 é o atual smartphone top de linha da ASUS que, em sua quarta geração de smartphones tenta ganhar mais representatividade no mercado brasileiro.
Ouvindo o mercado e os consumidores, a ASUS trouxe uma série de mudanças. A mais notável são as duas câmeras na traseira, porém temos também um design mais refinado e elegante, um conjunto de hardware não tão poderoso mas eficiente e uma interface de usuário redesenhada. Será que deu certo? Acompanhe a nossa análise a seguir!
Design
O Zenfone 4 é um celular muito bonito! Ele é inteiramente construído em vidro e metal, que são materiais considerados premium. Suas laterais são de metal e a traseira é de vidro. A ASUS manteve os círculos concêntricos no vidro, que geram um efeito de luz muito bonito de se ver.
Outro ponto positivo do design é que as duas câmeras traseiras não são saltadas, ou seja, não existe aquele calombo, como vemos em muitos aparelhos da Motorola e até mesmo da Apple. O sensor de impressão digital, por sua vez, é localizado na frete, posição que, em minha opinião, é a melhor. Por fim, os botões capacitivos são retroiluminados, algo que eu sinto falta em celulares intermediários e que a ASUS colocou aqui.
Apesar da beleza e dos acertos, o Zenfone 4 ainda é um celular maior do que deveria. Suas dimensões são de 155.4 x 75.2 x 7.7 mm, o que o deixa maior que o Galaxy Note8, mesmo tendo uma tela menor. As bordas laterais estão menores, mas a superior e inferior ainda são grandes, o que acaba destoando um pouco do conjunto geral de design.
Por ter uma traseira de vidro, o Zenfone 4 é bem escorregadio. Apesar de sua pegada ser boa, se você colocá-lo em cima de uma superfície desnivelada, pode ter certeza que ele vai escorregar devagar até cair no chão, o que pode trincar partes da tela ou da traseira. Talvez já ciente disso, a ASUS incluiu uma capinha na caixa, que é de silicone transparente. Pode resolver o problema, mas tira um pouquinho da beleza do design, já que ela suja muito fácil.
Tela
A tela do Zenfone 4 é de 5,5 polegadas com resolução Full HD (1920 x 1080 pixels) e painel IPS LCD. Ou seja, temos aqui cores menos saturadas e mais próximas do real. Porém o smartphone tenta compensar isso com um forte brilho. Quando no máximo, é possível visualizar bem o que está na tela mesmo sob sol forte. Em ambientes fechados ou com luz artificial, sugiro diminuir o brilho para não prejudicar seus olhos.
No geral, a tela é satisfatória em todos os aspectos. O ângulo de visão é bem amplo, as cores não são muito saturadas e o preto, por se tratar de uma tela LCD, não é tão profundo quanto em telas AMOLED. Se você não se incomoda com isso, vai gostar da tela do Zenfone 4.
Desempenho
A versão que testamos do Zenfone 4 possui processador Snapdragon 660 e 6 GB de Memória RAM ou seja, é o modelo mais parrudo da empresa. A outra versão conta com o processador Snapdragon 630 e 4 Gb de RAM. Vamos falar um pouco sobre as diferenças entre eles.
O Snapdragon 630 é um processador feito para smartphones intermediários premium. Para os top de linha, a Qualcomm tem a linha 800. Assim, o Snapdragon 660 é como se fosse a fusão da linha 600 e 800. Trocando em miúdos: ele é tão potente quanto um Snapdragon 820 mas não gasta tanta energia, chegando a ser quase como um Snapdragon 625 no gerenciamento de energia.
Ou seja, o Zenfone 4 possui um desempenho excelente, digno dos top de linha do ano passado mas não bebe a sua bateria com canudinho. Portanto, pode esperar um desempenho bastante fluído, abertura de apps rápida e execução de jogos a contento.
A GPU é uma Adreno 512 que, apesar de rodar bem os jogos, nao é tão potente quanto à Adreno 530, presente em outros celulares top de linha. Em games mais pesados, é possível perceber um pouco de queda de FPS, mas apenas se você tiver um olhar muito atento. Para todas as demais atividades, o Zenfone 4 se sai extremamente bem.
Sistema operacional
O Zenfone 4 sai de fábrica com o Android 7.1.1 Nougat. Mas o destaque aqui foi a grande reformulação que a ASUS fez em sua interface de usuário, a ZenUI. Nas primeiras gerações do Zenfone, nós tínhamos uma interface poluída visualmente, cheia de apps inúteis e bastante pesada. Mas no Zenfone 4 isso mudou radicalmente.
Dentre as principais mudanças, percebo um design da interface mais clean, com cores que fazem mais sentido e funções mais organizadas. Os recursos realmente úteis da ZenUI, como o bloqueio de apps por senha, gravação de ligações, gerenciador de arquivos, dentre outros, foram mantidos. Mas todos os outros bloatwares foram removidos. Por exemplo, a famigerada ZenCircle foi removida.
Isso resulta em um sistema operacional mais fluído e que ocupa menos espaço de armazenamento. Eu diria que esta mudança é a mais positiva do aparelho, mais até que as dupla de câmeras na traseira.
Câmeras
O nome do evento onde a ASUS apresentou os novos Zenfone é “We Love Photo”. Isso já mostra claramente o principal foco da empresa ao desenvolver estes aparelhos. Como já dissemos, na traseira ele tem duas câmeras. A principal tem 12 MP e uma lente com abertura de f/1.8. Já a segunda câmera possui uma lente grande angular de 8 MP com abertura de f/2.2.
Essa é uma combinação que eu, particularmente, gosto bastante. Em outros aparelhos com câmera dupla, a lente secundária serve para dar um zoom óptico de 2X. Porém, esse efeito pode muito bem ser reproduzido via software, por mais que haja um pouco de perca de qualidade. Porém, o efeito de uma grande angular não pode ser reproduzido via software.
A lente principal, de 12 MP, consegue fazer um trabalho excelente. Eu achei as cores bem próximas do real, o alcance dinâmico é muito bom e mesmo à noite o nível de ruído é baixo. É claro que ela não é perfeita. Luzes em geral, como postes e lâmpadas costumam estourar.
Entretanto, ele conta com um modo manual que dá ao usuário controle sobre o software da câmera. Podemos controlar ISO, balanço de branco, foco, velocidade do obturador, etc. Sabendo operar neste modo, é possível tirar fotos ainda melhores.
A lente secundária, entretanto, possui uma qualidade claramente inferior. Mesmo em ambientes bem iluminados, podemos perceber um grau de ruído que incomoda. A nitidez não é tão boa e o software aplica um filtro de sharpening que deixa as imagens com um tom não muito natural. A noite a situação piora muito e os granulados aparecem com vontade!
Falando agora da câmera frontal, que possui 8 MP, ela também faz um bom trabalho. As selfies ficam com um nível de detalhes muito bom e, pelo menos em minha experiência, não notei nada que me incomodasse muito. Ela também traz o Modo Retrato, ou seja, que desfoca o fundo da imagem.
Esse modo é aplicado via software, isso quer dizer que não há um sensor secundário para medir a profundidade. As primeiras fotos não ficam boas. O efeito fica muito artificial. Porém, com um pouco de prática, é possível tirar boas fotos nesse modo, sim. Basta ter paciência. Abaixo você pode ver uma galeria com algumas fotos (sem edição) tiradas pelo Zenfone 4:
Bateria
O Zenfone 4 possui uma bateria de 3.300 mAh. Lembra que eu falei que o processador Snapdragon 660 combina potência com bom gerenciamento de energia? Então, nesse ponto, o processador é de fundamental. Todos os dias em que usei o Zenfone 4 eu não consegui chegar ao fim do dia com a bateria zerada.
No primeiro dia que usei ele, tirei do carregador às 7 horas da manhã. Daí saí à tarde para uma sessão de fotos e fiquei a tarde inteira praticamente tirando fotos com ele, que é uma atividade que costuma drenar a bateria. A noite nem passei em casa e fui a um restaurante com os amigos. O celular só veio descarregar por completo por volta de 11 da noite.
Nos demais dias, eu chegava à noite com, no mínimo, 30% de bateria. Em outras palavras, mesmo que você use o seu smartphone de forma intensa, muito dificilmente você não conseguirá descarregá-lo por completo. Ponto muito positivo para a ASUS.
Conclusão
O Zenfone 4, portanto, se mostrou um smartphone bem vantajoso em vários sentidos. Ele entrega um desempenho excelente, que será suficiente para a maioria das pessoas, o conjunto de câmeras também não decepciona, a bateria dura o dia inteiro tranquilamente e o design é muito bonito.
É bem interessante ver como a ASUS melhorou a sua linha de smartphones. Nas duas primeiras gerações, por exemplo, a bateria acabava muito rapidamente. Até a terceira geração a interface era bem feia e pouco intuitiva, além de ser lotada de bloatwares.
É ótimo ver que a ASUS resolveu esses problemas e entregou um smartphone completo, capaz de agradar à maioria dos usuários.
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