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Alguns smartphones realmente se destacam da multidão. De tempo em tempos, um modelo ou outro acabam surpreendendo, independentemente do segmento. Pode ser um componente só, como a tela, o sistema de som ou a configuração. Ou mesmo o custo-benefício, com um melhor posicionamento em relação aos concorrentes. Ou, quem sabe, o conjunto mais completo. O Alcatel Idol 4 tem um pouco de tudo isso, e vamos entender o motivo nas próximas linhas.
Construção e tela
Se tem um ponto que a Alcatel caprichou, é a construção. Em termos visuais, acreditamos que o Idol 4 tem um visual mais bem caprichado do que o Zenfone 3. A parte frontal e traseira são de vidro, com um detalhe importante: nada de câmera em alto relevo. Ponto que está ficando cada vez mais raro, por sinal.
As bordas são de metal e trazem um design diferenciado, antes discretas, com bordas com “diamond cut” e um bom acabamento, de uma forma geral. De fato, um aparelho extremamente bonito. Isso dentro do segmento intermediário.
- Peso: 135 gramas;
- Dimensões: 147 x 72,5 x 7,1 mm;
Uma nota importante, porém: ele parece um aparelho projetado para canhotos. O botão Power está do lado esquerdo e os controle de volume do lado direito. Um posicionamento mais apropriado para segurar com a mão esquerda. É possível usar o Boom Key, um botão programável, para ligar a tela, fazendo-o mais voltado para destros.
A tela tem 5,2 polegadas, resolução Full HD (1920 x 1080), tecnologia LTPS IPS. A qualidade? Fantástica, digna de um modelo avançado. Esse é um ponto que a Alcatel raramente decepciona. O Idol 3, por exemplo, trazia a tecnologia Technicolor, que nos surpreendeu na época. O Idol 4 mantém essa boa fama, melhorando ainda mais a qualidade da tela.
Configuração
O Idol 4 é um intermediário típico nesse quesito. Seu chip é o Snapdragon 617 octa-core dual-cluster com núcleos assíncronos. Os dois clusters são baseados no Cortex A53, mas contam com clocks diferentes (quatro núcleos de 1,2 GHz e outros quatro rodando a 1,5 GHz).
A Qualcomm segmenta seus produtos especialmente pela GPU. Esse é o quesito que “pega” aqui, já que a Adreno 405 é uma GPU até poderosa, mas não é capaz de rodar todos os apps e jogos no máximo. São 3 GB de memória RAM, garantindo que o Idol 4 funcionará um bom tempo sem apresentar lentidões, permitindo um bom multitarefa.
Na propaganda oficial, ele é vendido como um aparelho de 48 GB. Na prática, são 16 GB de memória interna, com um cartão micro SD de 32 GB pré-instalado. O Android 6.0 de fábrica, bastante limpo, mas com uma quantidade preocupante de jogos pré-instalados, interpreta ambos como se fossem um, mas isso não altera o fato de que é um aparelho de 16 GB. Está de acordo com o segmento, mas vale esse registro.
Câmera
Outro quesito que nos deixou positivamente surpresos foi a qualidade das câmeras. Naturalmente, não é um conjunto capaz de concorrer com tops de linha, mas dificilmente desagrada. A traseira tem 13 megapixels, abertura de f/2.0 e grava vídeos em 1080p@30fps. A qualidade é excelente com bos condições de iluminação, mas cai perceptivelmente em ambientes noturnos. É possível programar a Boom Key para funcionar como um disparador, ponto que gostamos.
A câmera frontal não deixa para menos. Tem 8 megapixels e funciona muito bem para selfies e live streamings, sendo uma excelente câmera para quem gosta de apps como o Snapchat ou o Periscope.
Vale uma menção para o excelente software de câmera. Lembra bastante o presente nos iPhones, de fato, mas é extremamente intuitivo, além de contar com controles manuais de ISO, balanço de branco, obturador e controle de foco.
Bateria
Aqui temos um ponto que esperávamos um pouco mais. A bateria de 2610 mAh nos fez acreditar que a autonomia seria maior, mas não foi o caso. Não é um problema da configuração, já que o Snapdragon 617 é até bastante econômico, apesar de ainda usar um processo de 28 nanômetros. Mas temos nossos palpites.
Para nós, o grande vilão de bateria do Idol 4 é a tela. Não pela resolução, mas pelo controle de brilho. Ele permanece alto mesmo no modo automático, e a tela é um dos principais sugadores de bateria. Talvez isso seja resolvido com uma possível atualização, e acreditamos que isso resultaria em algumas horas extras de carga. A bateria não é removível, e há carregamento rápido da geração anterior (QuickCharge 2.0).
Extras (muitos extras!)
A lista aqui é longa. O principal destaque do Idol 4, além de um grande diferencial, é o headset VR. Ele está incluso com o aparelho, sendo compatível somente com ele. Ele é extremamente confortável, com três tiras ajustáveis e uma espuma na região dos olhos. Rodamos alguns jogos mais básico e ele funcionou sem problemas, e foi certamente uma sacada muito boa por parte da Alcatel.
O segundo diferencial é o sistema de som. A Alcatel diz que ele tem 3,6 watts de potência, o que é muita coisa para um smartphone, capaz de produzir um áudio bastante alto. E de excelente qualidade, além de ser estéreo. Vale dizer que são duas caixas, só que há 4 saídas, duas para cada lado do aparelho por caixa. Sinceramente não lembramos de um aparelho que, isoladamente, tenha uma qualidade de som tão boa. Considerando somente o aparelho, claro, e não acessórios, como a caixa JBL do Moto Z Play.
Por falar em JBL, vamos ao fone de ouvido. Ponto herdado (e melhorado) do Idol 3, o modelo intra auricular incluso com o Idol 4 é um dos melhores disponíveis no mercado. Tem uma qualidade semelhante, às vezes melhor, do que os fones padrão de diversos modelos top de linha.
Quer mais extras? O Idol 4 vem também com duas películas de vidro para proteger a região frontal e traseira. Sim, e embalagem vem com um kit e tanto. Só faltou mesmo um bumper ou capa de proteção. Considerando a lista inclusa, parece pedir demais, sabemos. Mas vale o comentário.
Vamos aos extras “normais”. O Idol 4 vem com suporte a dois chips (4G LTE), o segundo compartilhado com o cartão micro SD (ou um, ou outro, Bluetooth 4.2 LE com A2DP, GPS com A-GPS (nada de GLONASS ou BeiDou), rádio FM. As cores disponíveis são: dourada (a que testamos), cinza escuro, “rose gold” e cinza metálico.
Conclusão
O Alcatel Idol 4 chegou com um preço sugerido de R$ 1599, mas pode ser encontrado por R$ 1199 em algumas lojas. Considerando o conjunto, seu custo-benefício é consideravelmente alto. Além de um aparelho excelente, vem com um kit difícil de bater, algo que nenhum concorrente oferece.
É um aparelho perfeito? Não. A autonomia de bateria poderia ser um pouco melhor e vir com QuickCharge 3.0. Essencialmente, é um modelo de 16 GB, mas vendido como 48 GB. Também sentimos falta do sensor de impressões digitais. Porém, considerando o conjunto, é difícil não gostar dele.
Em especial para quem estava buscando um aparelho com excelente qualidade de som (nas caixas de som e nos fones de ouvido) e um óculos de realidade virtual sem ter que assaltar um banco, o Idol 4 é uma das melhores opções que há por aí.
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